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Macunaíma- Resenha crítica

Por:   •  30/3/2017  •  Resenha  •  550 Palavras (3 Páginas)  •  12.072 Visualizações

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Macunaíma- Resenha crítica

A obra Macunaíma é apresentada pelo autor Mario de Andrade e foi publicada em 1928. Mario reelabora literariamente temas de mitologia indígena e visões folclóricas da Amazônia e do resto do país, fundando uma nova linguagem literária no Brasil. Inspirado em autores como Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Anita Malfatti, o autor foca em suas obras o nacionalismo, expressionismo e futurismo, o que a obra de Macunaíma aborda bastante. Essas características estão também presentes no tempo literário em que o autor se encontra, ou seja, o modernismo, onde ele utiliza bastante do antropofagismo, outra característica forte de Oswald de Andrade.

A história aborda Macunaíma como um jovem que de início é feio, e que desde criança é muito levado, preguiçoso e que adora luxurias. Mora com seus dois irmãos, sua mãe e a esposa de um dos seus irmãos com quem o esperto possui encontros amorosos, chamado por eles de “brincadeira”; todos moram no seio da floresta Amazônica, cercada de mistérios. Em uma de suas brincadeiras amorosas, Macunaíma se transforma em um lindo príncipe que logo após passando por uma fonte mágica o torna assim para o resto da vida.

Após a morte de sua mãe, Macunaíma parte em viagem com seus irmãos em busca de aventuras, e é aí que conhece Ci, uma guerreira da cidade com quem de início eles lutam, porém Macunaíma se apaixona e vai viver com a mesma, ela, apaixonada lhe dá uma pedra, o Muiraquitã, que promete muita sorte por toda a vida e logo em seguida Ci e o filho recém-nascido de Macunaíma morrem no meio das guerras em que sua mulher está e viram estrelas.

Triste, Macunaíma resolve voltar para a vida de apaixonado por mulheres, continua preguiçoso e cheio de artimanhas para ganhar o que quer. Não trabalha, e por isso vive de falcatruas. Logo, Macunaíma perde a pedra preciosa para Piaimã comedor de gente e a partir disso começa sua luta e viagens constantes para recuperar sua pedra. De forma engraçada e cheia de suas artimanhas, Macunaíma recupera a pedra e volta para sua terra em busca de tranquilidade já sozinho, sem seus irmãos nem nenhuma de suas paixões pois todos o deixaram por sua preguiça e egoísmo atrás da pedra.

Ao final, Macunaíma é seduzido e devorado pela sereia Iara e vira juntamente com Ci e seu filho uma estrela a mais no céu.

Com características surreais e nacionalistas, Macunaíma nada mais é do que um retrato do povo brasileiro, sem um caráter definido, que gosta do jeito mais fácil de resolver as coisas e com tudo do seu jeito, mesmo que para isso custe a felicidade alheia. E ao mesmo tempo resgata a garra, o prazer pela natureza, a vivacidade e alegria que possui o povo da pátria.

 Portanto, Mário de Andrade consome aquilo que há de melhor na arte estrangeira, dá origem ao antropofagismo em sua obra de forma singela porém marcante, destacando o melhor das duas artes, a brasileira e a europeia. O tom bem humorado e a inventividade narrativa e linguística fazem de Macunaíma uma das obras modernistas brasileiras mais afinadas com a literatura de vanguarda no mundo, na sua época. Nesse romance encontram-se dadaísmo, futurismo, expressionismo e surrealismo aplicados a um vasto conhecimento das raízes da cultura brasileira.

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