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O AVANÇO DA TECNOLOGIA NA INDÚSTRIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Por:   •  10/8/2019  •  Artigo  •  3.361 Palavras (14 Páginas)  •  251 Visualizações

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O AVANÇO DA TECNOLOGIA NA INDÚSTRIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS

RESUMO

A cada grande inovação gerada pela automação no processo produtivo, há, também uma depreciação da referente produção quando empenhado pela mão de obra humana. As máquinas estão rumo ao monopólio da produção relativa ao setor secundário, o industrial, destruindo, neste processo, postos de trabalhos outrora ocupados por pessoas que ofertavam sua força de trabalho. O presente trabalho traça, através da análise acurada do desenvolvimento histórico da tecnologia empregada na indústria, as consequências econômicas, jurídicas e sociais advindas deste fenômeno evolutivo nos métodos de produção.

Palavras-chave: Métodos de produção. Revolução Tecnológica. Tecnologia. Mão de Obra. Desemprego estrutural.

INTRODUÇÃO

Após a segunda guerra mundial, o acontecimento da “Terceira Revolução Industrial” ou “Revolução Tecnológica” impulsionou o processo de mecanização da mão de obra. Novas fontes energéticas como o petróleo e a energia elétrica revolucionaram as formas de utilização do trabalho humano.

Tais transformações tecnológicas impactaram o mercado de trabalho em seus mais diversos segmentos, gerando consequências como a obsolência de determinadas ocupações mais primárias, concomitante à criação de outras novas. Entretanto, os altos níveis de formação e qualificação exigidos para estas ocupações não condizem com aqueles de outrora, dificultando a reinserção do desempregado no mercado de trabalho.

Sabe-se da existência de diversas causas que culminam no aumento das taxas de desemprego, desde crises econômicas até a fluidez do empregado entre uma e outra ocupação. Todavia, destacar-se-á aqui aquela em que as inovações tecnológicas são direta ou indiretamente causadoras do desemprego, uma vez que, havendo progresso tecnológico, há aumento de produção, mas diminuição da importância quantitativa e qualitativa da mão de obra, gerando com isso um cenário de desequilíbrio econômico.

Verificada a redução do emprego na indústria nas últimas décadas, devido às inovações tecnológicas, acirramento da concorrência e consequente estagnação da demanda, imperiosa se faz uma análise sobre as consequências do avanço tecnológico no mercado de trabalho, bem como um posicionamento e conclusão acerca de benefícios e prejuízos ocasionados, principalmente, por uma substituição da mão de obra humana pela automação de máquinas.

Este artigo tem por propósito promover a discussão sobre o conflito entre o progresso tecnológico e as relações de emprego, através da análise do contexto histórico das inovações tecnológicas e suas consequências, além das principais teorias atinentes ao objeto do presente estudo, a ser desenvolvida, precipuamente, mediante pesquisa bibliográfica.

EVOLUÇÃO DOS MÉTODOS PRODUTIVOS

Historicamente, o desenvolvimento tecnológico na indústria trouxe, concomitantemente à evolução dos meios de produção, a redução da importância da mão de obra humana, desde o século XVIII com a Primeira Revolução Industrial até a atualidade, num movimento crescente e contínuo.  

Conforme pontua SILVA (2005, p. 227), o desenvolvimento dos meios de comunicação, os novos tipos de materiais desenvolvidos para os setores de produção e a crescente automação foram essenciais para a evolução da atividade econômica. Num contraponto, o desemprego tecnológico ou estrutural, assim chamado aquele que substitui a mão de obra humana pela mecanização, automação ou informatização do processo produtivo, ocorre com maior incidência a cada revolução industrial.

Métodos de produção como o Taylorismo, Fordismo e Toyotismo, aprimorados ao longo das revoluções na indústria, surgiram para acelerar o processo de produção e reduzir seu custo, métodos estes que priorizam a mecanização dos processos e da mão de obra para impulsionar a produção, como pode-se perceber numa breve análise de cada um deles.

O Taylorismo, termo referente ao seu idealizador Frederick Taylor (1856-1915), pioneiro ao desenvolver um modelo de administração no qual a empresa é considerada sob o olhar científico.

Tal ideia de modelo produtivo consiste em um processo mecânico no qual o operário era instruído a repetir padrões extremamente rigorosos de tempo e movimento, quase como uma máquina. Os operários não possuíam nenhuma autonomia e seguiam as ordens de seus superiores à risca, o que gerava forte resistência e insatisfação.

É pertinente ressaltar que o Taylorismo não é um modelo produtivo, mas sim uma análise teórica de organização do trabalho e de administração baseada em cinco princípios, quais sejam: 1) substituição de métodos baseados na experiência por metodologias cientificamente testadas; 2) seleção e treinamento rigoroso dos trabalhadores, de modo a descobrir suas melhores competências, as quais devem ser continuamente aperfeiçoadas; 3) supervisão contínua do trabalho; 4) execução disciplinada das tarefas, de modo a evitar desperdícios; 5) Fracionamento do trabalho na linha de montagem para singularizar as funções produtivas de cada trabalhador, diminuindo assim sua autonomia.

Destarte, o empresário poderia reduzir os custos e maximizar os lucros, em conformidade com a teoria organizacional de Taylor, segundo o qual:

“[...] o objetivo mais importante do trabalhador e da administração deve ser a formação e o aperfeiçoamento do pessoal da empresa, de modo que os homens possam executar em ritmo mais rápido e com maior eficiência os tipos mais elevados de trabalho, de acordo com suas aptidões naturais. ” (TAYLOR, 1990, p. 26).

                                                                                                                                   

Empresários de todos os segmentos industriais levaram tais ideias às suas fábricas e tornaram a produção mais eficiente com a especialização do trabalho, todavia, merece destaque o expoente Henry Ford (1863-1947), criador do sistema Ford de produção automobilística, em sua fábrica, a “Ford Motor Company”.

O Fordismo aperfeiçoou os preceitos de Frederick Taylor sobre o conceito de linha de montagem. Enquanto o Taylorismo buscava aumentar a produtividade do trabalhador, através da racionalização dos movimentos e do controle da produção ignorando aspectos tecnológicos, o fornecimento de insumos ou a chegada do produto ao mercado, o Fordismo incluiu a verticalização, pela qual controlava desde as fontes das matérias-primas, até a produção das peças e distribuição de seus veículos.

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