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O CONTEXTO HISTÓRICO POÉTICO

Por:   •  4/9/2019  •  Resenha  •  1.029 Palavras (5 Páginas)  •  121 Visualizações

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CONTEXTO HISTÓRICO POÉTICO

RESUMO: Nessa analise mostrarei partes históricas de como eram vistas as crianças em cada época. Mostrarei também a diferença do poema de 1904 para os da década de 60, quando foi iniciada a construção de poemas infantis priorizando as crianças.

UNITERMOS: Poemas. Crianças. Cecília Meireles

Mesmo antes da revolução industrial existiam crianças, mas eram vistas como adulto em miniatura, tendo quase as mesmas obrigações. Não sabia-se nada sobre a infância.

O sentimento de infância passou a ser analisada nos séculos XV, XVI e XVII quando foi visto conceitos do que é a “infância”, por meio da história e da arte. Esses aspectos mostraram a importância da criança dentro do meio social, contudo necessitava de uma atenção diferenciada.

Somente na primeira metade do século XIX, foram feitas as primeiras adequações: como a criação de escolas não monástica para as crianças burguesas, habilitando adultos dirigentes. A escola destinada para atender famílias carentes, para dessa forma possuir mão de obra barata. E para sanar o problema dos filhos não desejados houve a expansão dos orfanatos.

Depois dessas construções de instituições foram feitos os primeiros poemas destinados para pessoas com pouca idade. Porém os poemas eram escritos: “[...] com tom moralizante – ignorando a psicologia infantil que tem especial apreço pelo lúdico, pela fantasia”. (AMARILHA, p.129, 1999). Os poemas serviam de exortação, repreensão e ensinamento, tinham como compromisso a pedagogia de modelar a criança, acreditavam na persuasão que poderiam adquirir.

No poema Ave-Maria de Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac, publicado no ano de 1904, mostra a importância de se passar uma mensagem no poema sem se preocupar com a parte da diversão, o parnasianismo também destacava “[...] virtudes nos adultos e defeitos na criança”. (AMARILHA, p.133, 1999), como veremos a seguir:

AVE-MARIA

Meu filho! Termina o dia

A primeira estrela brilha...

Procura a tua cartilha

E reza a Ave-Maria

O gado volta aos currais...

O sino canta na igreja...

Pede a Deus que te proteja

E que dê a vida a teus pais!

Ave-Maria! ... ajoelhado,

Pede a Deus que, generoso,

Te faça justo e bondoso,

Filho bom e homem honrado;

Que teus pais conservem aqui,

Para que possas, um dia,

Pagar-lhes em alegria

O que sofreram por ti.

Reza a procura o teu leito

Para adormecer contente;

Dormirás tranquilamente,

Se disseres satisfeito:

- Hoje, pratiquei o bem;

Não tive um dia vazio,

Trabalhei, não fui vadio

E não fiz mal a ninguém.

“A imagem ou conceito de criança veiculada nesse texto (além da pobreza vocabular e de recursos estilísticos, reconhecendo-se assim a incapacidade intelectual do leitor).”. (AMARILHA, p.133, 1999). Dando ordens para ser seguida, como Procura a tua cartilha/ E reza a Ave-Maria, o poema segue nesse estilo de escrita, sendo uma pessoa adulta mandando enquanto a criança obedece sem questionar. A criança nessa já era vista como leitora e ouvinte, mas não tinha o direito de falar.

O poeta busca por meio do poema passar critérios voltado para a religião e a moral formando um indivíduo generoso, bom e honrado. Contudo para construir esses valores os pais sofriam pelos filhos. O poema também é utilizado para ensinar que deve se fazer o bem e não praticar o mal, trabalhar em vez de ficar brincando, repreendendo a criança a não ter um dia vazio para que não se torne um vadio.

Falaremos a seguir das diferenças que ocorreram nos poemas para crianças. E uns dos primeiros poetas brasileiros que buscaram essas mudanças foram: “[...] Cecília Meireles e Vinicíus de Morais – parecem ter varrido do horizonte qualquer compromisso antigo com a pedagogia de valores tradicionais.”. (LAYOLO e ZILBERMAN, p.146, 1991).

Essa transição didática dentro do poema infantil teve algumas alterações nos anos 60. Quando Cecília Meireles inovou a importância das crianças, utilizando a poesia não só como serventia de ensinar e dar trabalhos, mas também, para alegrar as crianças, priorizando mais a estética do que a mensagem.

Utilizando formas livre “[...] potencializa ao máximo aliterações, onomatopéias, rimas internas [...] a linguagem se configura uma massa sonora a ser explorado.” (LAYOLO e ZILBERMAN, p.150, 1991).

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