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O DESENVOLVIMENTO DA AULA

Por:   •  31/3/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.664 Palavras (7 Páginas)  •  177 Visualizações

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PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

 (ESTÁGIO SUPERVISIONADO)

PLANO DE AULA

Estagiário Daiane Eloisa dos Santos e Geovana Lourenço de Carvalho

Instituição Centro de Letras Comunicação e Artes – UENP/CJ

Disciplina Prática de Ensino de Língua Portuguesa II                

Professor Regente Ana Paula Belomo Castanho

Série, Turma e Turno 1º ano do Ensino Médio                     Nº de alunos 40  C/H 7h/a

Local e data Jacarezinho 27/06/2011               

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Arcadismo do Brasil

OBJETIVOS GERAIS

(O que é esperado da aula de maneira geral)

 Espera-se que o aluno compreenda as características, o contexto histórico e as principais obras do Arcadismo, relacionando-os com imagens e músicas contemporâneas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Leiam e analisem um poema árcade
  • Interpretem músicas e fotos que se relacionam com o Arcadismo
  • Participem das discussões acerca da análise de poemas

DESENVOLVIMENTO DA AULA

Procedimentos didáticos

A aula terá início com o estudo de um texto expositivo acerca do Arcadismo. O texto será lido em voz alta pelos alunos com a orientação do professor e a medida que a leitura discorre o professor tira as dúvidas e explica mais detalhadamente o conteúdo.

Arcadismo no Brasil

No século XVIII, a literatura se modificou depois de algumas revoluções entre o progresso e a inteligência, e o conservadorismo e monarquia tradicional.

O iluminismo apoiou a burguesia, que venceu a mentalidade barroca católica e jesuítica, as quais eram pessimistas e anti-progressistas. A literatura passou então ser mais nítida, útil e racional, o que se parecia respectivamente com a lógica, a técnica e as leis da natureza. Surgiram academias com programas definidos e as poesias voltaram a ter regras aristotélicas, imitavam o mundo da natureza que possuía o justo, o bom e o racional. Começaram a apresentar composições que estimulavam o trabalho e a natureza.

Então, observamos a volta do bucolismo, pastorismo, o idílio amoroso e a cenografia das cabras e sanfonas no mundo agrário. O Arcadismo tem um estilo em honra à Arcádia, que é uma região pastoral da Grécia antiga. A poesia voltou a ser clássica, onde seus principais temas eram o “fugere urbem” (fugir do mundo urbano), “inutilia truncat” (evitar o supérfluo), “áurea mediocritas” (meio termo é de ouro) e o “locus amoenus” (lugar prazeroso).

O Arcadismo no Brasil foi primeiro que teve um esforço conjunto para a criação de uma literatura nacional, mas ainda possuía uma produção poética parecida com a feita na Europa. Fundaram-se várias sociedades literárias: a “Academia Brasílica dos Esquecidos” (Salvador, 1724), “Academia dos Felizes” (Rio de Janeiro, 1736), “Academia dos Seletos” (Rio de Janeiro, 1752), “Academia dos Renascidos” (Salvador, 1759), e “Academia dos Felizes” (São Paulo, 1770)

O convencionalismo amoroso árcade: nos poemas árcade, o poeta não fala dos seus próprios sentimentos. Ele sempre dá voz a um pastor, que cpnfessa seu amor a uma pastora e a convida para aproveitarem a vida em meio à natureza. Tem-se, porem, a impressão de que se trata sempre do mesmo homem e da mesma mulher. Não há variações emocionais de um poema para o outro. Isso ocorre devido ao convencionalismo amoroso, isto é, os poetas não estavam preocupados em expressar seus reais sentimentos, mas em seguir o modelo da poesia clássica. O distanciamento amoroso que havia entre Petrarca e Laura, ou entre Camões e sua amada continua a existir entre poeta árcade Cláudio Manuel da Costa e sua Nise, entre Tomás Antônio Gonzaga e sua Marília.

1.1Arcadismo na colônia: entre o local e o universal

Os escritores brasileiros do século XVII comportavam-se em relação ao Arcadismo importado de Portugal de modo peculiar. Por um lado, procuravam obedecer aos princípios estabelecidos pelas academias literárias portuguesas ou se inspiravam em certos escritores clássicos consagrados, como Camões, Petrarca e Horácio, ao universalidade, tentavam eliminar vestígios pessoais e locais.

Por outro lado, porem, acabaram por apresentar em suas obras aspectos diferentes dos prescritos pelo modelo importado. A natureza, pó exemplo, aparece na poesia de Cláudio Manuel da Costa como mais bruta e selvagem do que na poesia européia; o mito do “homem natural” culminou, entre nós, na figura do índio, presente nas obras de Basílio de Gama e Santa Rita Durão; a expressão dos sentimentos, em Tomás Antonio  Gonzaga e Silva Alvarenga, é mais espontânea e menos convencional. Esses aspectos característicos da poesia árcade nacional foram mais tarde recuperados e aprofundados pelo Romantismo, movimento que buscou definir uma identidade nacional em nossa literatura.

Alem dessa espécie de adaptação do modelo europeu a peculiaridades locais, não se pode esquecer a forte influencia barroca exercida no Brasil ainda durante o século XVIII. Muitas das igrejas de Ouro Preto, por exemplo, só tiveram sua construção concluída quando o Arcadismo já vigorava na literatura.

Entre os autores árcades brasileiros destacam-se:

  • Na lírica: Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antonio Gonzaga e Silva Alvarenga
  • Na épica: Basílio da Gama, Santa Rita Durão e Cláudio Manuel da Costa
  • Na sátira: Tomás Antonio Gonzaga
  • Na encomiástica: Silva Alvarenga e Alvarenga Peixoto.

A poesia laudatória ou encomiástica, gênero poético destinado à exaltação de alguém, foi muito praticada no século XVIII e serviu de veiculo de ideias políticas relacionadas ou Iluminismo.

A primeira obra árcade publicada no Brasil é Obras poéticas, de Cláudio Manuel da Costa, em 1768.

           As principais obras dos autores do Arcadismo brasileiro foram: Tomás Antônio Gonzaga com a obra Marília de Dirceu, 1792, e Cartas Chilenas, 1863; Cláudio Manuel da Costa com Culto Métrico, 1749, Munúsculo Métrico,1751, Epicédio, 1753, Obras (sonetos, epicédios, romances, éclogas, epístolas, liras), 1768, O Parnaso Obsequioso, 1768, Vila Rica, 1773, Poesias Manuscritas, 1779; e Frei José de Santa Rita Durão com Pro anmia studiorum instauratione oratio, 1778 e Caramuru, 1781.

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