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Pesquisas Qualitativas

Por:   •  10/11/2015  •  Resenha  •  1.295 Palavras (6 Páginas)  •  242 Visualizações

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 Pesquisas Qualitativas em Educação 

 

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

 

       Pesquisas qualitativas são pesquisas exploratórias que estimulam os entrevistados a pensarem livremente sobre um objeto ou conceito, explorando o conhecimento dos mesmos. Sendo útil para aperfeiçoamento de novas ideias, ela é atualmente muito utilizada na educação e na psicologia. 
       No entanto, este tipo de método recebe muitas criticas, pois, enquanto no método quantitativo tem-se dados, números, que são coisas mais exatas, nas quais se baseiam; no método qualitativo é diferente, pois se baseia na observação, na interpretação. Muitos críticos dizem que numa pesquisa qualitativa, ela teria seus resultados modificados caso tivesse outro pesquisador fazendo a mesma interpretação. Outros falam da falta de rigorosidade nas investigações como contribuição para o empobrecimento da educação. Um deles foi Alves-Mazzotti (1991, p. 54),dizendo "que muitos estudos ditos qualitativos não passam de relatos impressionistas e superficiais que pouco contribuem para a construção do conhecimento e/ou a mudança de práticas correntes". 

      Dessa forma, abordaremos algumas questões sobre o aumento das pesquisas qualitativas no campo da educação, e ainda, o significado de "recuo da teoria" e suas consequências e por fim, as maiores diferenças entre o senso comum e a racionalidade comunicativa.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Pesquisas Qualitativas na Educação


       As abordagens quantitativas procuram seguir com rigor um plano previamente estabelecido, que busca enumerar ou medir eventos, empregando instrumentos estatísticos para análise de dados, sendo considerado um método escondido atrás de meios matemáticos. 
       Mas este procedimento era insuficiente para traduzir e expressar o sentido dos fenômenos do mundo social, então, surgem as abordagens qualitativas, que, de acordo com Cândida Moraes (1997), contribuíram para o novo paradigma da educação.
       Porém, diversos autores da área, consideram que as pesquisas qualitativas estão distantes da legitimidade na qual é exigida de uma pesquisa acadêmica, e que falta um necessário aprofundamento teórico. Segundo Alves-Mazzotti (1991,p.61),  a rigorosidade das pesquisas dependemda credibilidade, transferibilidade, consistência e confirmabilidade.

       Para Devechi-Trevisan(2010), as pesquisas qualitativas surgem como forma de evitar o tecnicismo e o reducionismo lógico-formal nas investigações educacionais em favor da subjetividade, que seria o diferencial deste método. Ainda, segundo eles, uma pesquisa qualitativa em educação não pode ser dependente das inspirações intuitivase espontâneas, mas necessariamente apreender uma concepção teórica que ofereça visão de conhecimento, de história,de homem e de mundo. Procuraram mostrar, também, que os problemas originados da falta de rigorosidade das pesquisas desenvolvidas na educação estão na apropriação descuidada dessas abordagens, e não, à contrário do que se pensa, nas abordagens qualitativas. 

2.2 Recuo da Teoria

       

     Moraes (2001) considera que a educação vive um momento de "recuo da teoria".Segundo ela, o embate teórico, tem sido "gradativamente suprimida ou relegada a segundo plano nas pesquisas educacionais, com implicações que podem repercutir, a curto e médio prazo, na própria produção do conhecimento da área"(2001, p. 15). E o fim da teoria acompanhada de uma utopia praticista, da promessa de uma utopia educacional alimentada por um indigesto pragmatismo, fato esse, que se observa no discurso oficial das pedagogias das competências. Esse processo traz implicações, éticas, políticas e epistemológicas, tanto na análise das bases teóricas da formação de docentes no Brasil, como na literatura consultada. 

       O pós-modernismo e o neoliberalismo incidem na organização do historico escolar introduzindo a morte da ciência, da razão e do sujeito histórico. Tomam o relativismo como padrão de verdade dispersando o sujeito coletivo, o que "(...) impede a constituição de laços de solidariedade para além de resistências locais e, assim, mina ações coletivas amplas. A dispersão de pessoas em comunidades e grupos de interesse arrefece o poder de pressão e deixa o Estado capitalista numa posição confortável (...)" (DELLA FONTE, 2003, p. 5). 

       A escola tradicional, a educação formal, as antigas referências educacionais tornam-se obsoletas. É preciso, agora, elaborar uma nova pedagogia, um projeto educativo de outra natureza. Não basta apenas educar, é preciso assegurar o desenvolvimento de "competências" (Transferable Skills). Existem níveis mais altos e mais baixos de aprendizagem, alguns com "competências" desenvolvidas a ponto de serem inseridos fácil no mercado de trabalho e outros com grandes dificuldades inserção. 

       Sendo assim, a educação tornou se mercadoria após o gerenciamento das praticas educacionais formando a força de trabalho com as "competências" necessárias que atendem ao mercado de trabalho.  
       A nova escola não adere o conhecimento cientifico, ela passou a implementar o conhecimento espontâneo extraído do cotidiano com utilidade social imediata. Passando a ser importante dominar o método do pensar e não o patrimônio cultural e científico acumulado pela humanidade.

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