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Português do Brasil: a variação que vemos e a variação que esquecemos de ver

Por:   •  23/2/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.975 Palavras (16 Páginas)  •  1.441 Visualizações

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Resumo: “Português do Brasil: a variação que vemos e a variação que esquecemos de ver” (Roberto Ilari e Renato Basso)

Resumo: “Português do Brasil: a variação que vemos e a variação que esquecemos de ver” (Roberto Ilari e Renato Basso)

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SALVADOR-BA

2015

SUMÁRIO[pic 3]

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................3

EIXO DIACRÔNICO.................................................................................................................4

EIXO DIATÓPICO.....................................................................................................................5

EIXO DIASTRÁTICO...............................................................................................................9

EIXO DIAMÉSICO..................................................................................................................11

CONCLUSÃO..........................................................................................................................13

REFERÊNCIAS........................................................................................................................14

INTRODUÇÃO

A língua, de acordo com a leitura do capítulo“Português do Brasil: a variação que vemos e a variação que esquecemos de ver”,de Rodolfo Ilari e Renato Basso, é denotada como paradoxo, uma vez que ela reveste tanto a diversidade quanto a unidade. Isso porque a língua em seu estado natural está sujeita a constantes variações, pois o seu desenvolvimento está ligado as diversas diretrizes socioeconômicas, a tornando um instrumento particular de cada cultura, aderindo assim as peculiaridades encontradas na formação cultural brasileira que a torna diversificada, pois segundo Ângelo Renan A. Caputo, especialista em linguística textual, “qualquer comunidade formada por indivíduos socialmente organizados dispõem de recursos e métodos para os processos comunicativos que lhes são próprios”. A língua como unidade, porém, requer a convergência do uso visando a homogeneização de uma dita forma dominante da língua, que se enquadra dentro das gramáticas, definida por Dante Lucchesi em “Fora de Órbita” como sendo a forma correta de língua, utilizada pelos grandes autores, o que atribui a ela um imenso prestígio social.

EIXO DIACRÔNICO

Variação diacrônica é aquela que se dá através do tempo e são as pessoas do mesmo grupo social ou da mesma região mudando a maneira de falar com o decorrer dos anos. Todas as línguas estão sujeitas a essa variação. A língua tem história externa e interna, a história externa é a evolução ao longo do tempo em suas funções sociais e em relações com determinada comunidade linguística. Já a história interna são as mudanças que ocorrem na gramática, como, fonologia, morfologia, sintaxe e léxico.

A variação diacrônica é às vezes percebida comparando gerações. Como por exemplo, conhecimento das gírias que mesmo sendo antiga é compreensível. Entretanto, determinadas gírias antigas, só as pessoas da época que sabem o significado. Além disso, embora, seja mais comum encontrar inovações na gíria e no léxico, pode ser encontrada também no domínio gramatical e em outras variedades da fala e da escrita.

Um caso particular da variação diacrônica e a gramaticalização uma palavra passa a ser usada como um vocábulo gramatical, um exemplo citado no texto é o pronome você, essa palavra remota Vossa Mercê, via Vosmecê, na origem era uma expressão de tratamento como Vossa Majestade ou Vossa Excelência, hoje é um pronome pessoal. Caso oposto a gramaticalização é a lexicalização processo, pelo qual, um sintagma se lexicaliza, transformando-se em unidade lexical.

Torna-se evidente, que para a língua não existe delimitações, não é algo definido e sim uma realidade dinâmica, que pode ser modificada a qualquer momento. A língua falada hoje possuem características de épocas diferentes. Alguns escritores optaram por seguir a língua antiga, como Euclides da Cunha e Alberto de Oliveira, suas obras são inspiradas em autores portugueses que haviam vividos alguns séculos antes.

EIXO DIATÓPICO

O estudo da variação diatópica de uma língua trata das alterações que uma mesma língua está sujeita a depender da localidade em que é falada, sendo levado em conta o seu falar em diferentes países e as particularidades dentro de um mesmo país em regiões diferentes deste. Se interpretarmos a etimologia da palavra, nós veremos que os radicais dia e topos são de origem grega, o primeiro significa “através de” e o segundo é “lugar”.

Analisando as variações diatópicas da língua portuguesa, a primeira comparação que inevitavelmente fazemos é entre as diferentes variedades do português falado na Europa, na África, na América Latina e na Ásia. Isso ocorre devido motivos políticos e históricos de tentarmos estabelecer comparações entre a antiga metrópole, Portugal, e as suas antigas colônias, como o Brasil; é inegável a herança portuguesa em outros países e no Brasil, não apenas no contexto linguístico. As questões levantadas com esses estudos são se Portugal e as antigas colônias falam a mesma língua, o realce as diferenças em nome dos nacionalismos oriundos do processo de descolonização, a necessidade de valorizar as raízes portuguesas para diferenciar-se de países vizinhos.

As diferenças entre o português do Brasil e o português europeu são muitas. Essas singularidades existentes hoje no português brasileiro em comparação ao europeu, e que servem para diferenciá-las, podem ser explicadas pelo processo histórico de formação do país, e da língua aqui falada, tendo influência não apenas do europeu, mas dos índios e africanos, diferentemente do português europeu.

As diferenças se encontram nas pronuncias distintas para mesmas palavras de uma forma geral, talvez sendo essa a mais clara e que sirva para distinguir facilmente um falante brasileiro de um falante europeu; a sintaxe quanto ao uso dos pronomes clíticos, sendo que no Brasil quase não é usado e quando usado pode ocorrer em primeira posição, coisa que um falante do português europeu não faria; as numerosas diferenças vocabulares em várias classes morfossintáticas; no português brasileiro há o uso de empréstimo de origem norte-americana para descrever coisas, enquanto que no português europeu eles usam palavras criadas no interior da própria língua; dentre outras diferenças.

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