Avanços, obstáculos e superação de obstáculos no ensino de português no Brasil nos últimos 10 anos

FCV – FACULDADE CIDADE VERDE

Disciplina: Língua e Cultura Inglesa

Curso: Segunda Licenciatura em Letras (Português – Inglês)

Aluno(a): Anna Clara Viana de Oliveira

Data: 04/09/2018

LÍNGUA E CULTURA INGLESA

        Eventos históricos, como a emigração dos peregrinos para as Américas, o degredo de prisioneiros britânicos para a Austrália e a expansão do império britânico, iniciaram a disseminação da língua inglesa para os territórios que a Grã-Bretanha reivindicou como sendo seus, no auge de um Império no qual o sol nunca se punha. Entretanto, podemos considerar como relativamente recente a influência do Inglês como língua internacional, mais especificamente após o final da Segunda Guerra Mundial foi quando o idioma se estendeu à maioria das outras partes do mundo. Os países que o utilizam como primeira língua, especialmente os desenvolvidos e ao Norte, são comumente acusados ​​de hegemonia e imperialismo linguístico.

        A língua(gem), além de recurso de (inter)ação no mundo é também recurso cultural que acaba por refletir os valores da sociedade na qual evoluiu. As línguas se desenvolvem ao longo do tempo para expressar mais adequadamente as mudanças de valores, crenças e ideologias pelas quais passa a comunidade que a utiliza.

        Neste sentido, hodiernamente um dos principais papéis a que se presta a língua inglesa diz respeito a ideia de desenvolvimento social por meio da modernização e inclusão global. Indiscutivelmente a linguagem da ciência e da tecnologia é o inglês e este fenômeno pode ser parcialmente explicado pelo fato de que as nações que desenvolveram tais tecnologias foram justamente aquelas que tinham como língua materna o inglês. O idioma parece dar conta de suportar um grande espectro de funções e frequentemente falantes não-nativos do inglês são obrigados a aprender e utilizar da língua para obter, utilizar e desenvolver tais tecnologias em campos fundamentais como serviços, indústria, infraestrutura, medicina, engenharia entre outros.

        Vários outros domínios também estão intimamente relacionados ao uso da língua inglesa como o de diversão e trabalho como, por exemplo, na mídia internacional de notícias e entretenimento, cultura jovem, internet, negócios e comércio (principalmente internacional). A busca por estudos e capacitações no exterior vem crescendo exponencialmente e, no campo educacional, a língua inglesa se torna a língua meio pelo qual a/o discente irá não só se comunicar, mas também desenvolver seu objeto de estudo. A eficiência da educação superior está diretamente ligada a ter o idioma inglês como seu meio de instrução em universidades e institutos de estudos superiores por três motivos principais quais sejam: acessar fontes científicas confiáveis em seu campo de estudo, aumentar as oportunidades ligadas a carreira profissional e inserção no mercado de trabalho, e aprimorar a capacidade de se comunicar em um mundo cada dia mais globalizado.

        O papel do idioma na vida cultural global tampouco pode ser desprezado: muito da riqueza literária, cinematográfica, poética e musical está intimamente relacionado a artistas que desenvolveram seus trabalhos utilizando-se da língua inglesa para dar vida a sua imaginação e criatividade.

        Estudiosas/os receiam que a influência da língua inglesa ultrapasse as barreiras linguísticas e encontre potencial para anular valores locais das sociedades que a utilizam. Muito embora isso nem sempre signifique que sempre o façam, ou até mesmo que esta modificação é necessariamente danosa a essa sociedade ou cultura. É cabível que alguns valores das nações que possuem o Inglês como língua materna venham até mesmo a reforçar ideários locais em sociedades judaico-cristãs, capitalistas ou democráticas. Isto significa que a agência humana é capaz de moldar um idioma de forma a melhor atender às suas necessidades em diferentes circunstâncias, ou seja, as pessoas são capazes de usar diferentes idiomas de forma eclética e flexível. Isto vai além da aculturação e demonstra que os falantes são capazes de alternar entre línguas (e consequentemente, sistemas de valores) de forma a utilizar recursos adicionais utilizados quando necessários. Pode-se afirmar que o futuro da língua inglesa está seguro numa era de consolidação de vários aspectos da vida nos quais nos utilizamos desse idioma que fez possível se comunicar globalmente como nenhum outro na história da humanidade.