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RESENHA CRÍTICA DO FILME “FALE COM ELA”

Por:   •  15/12/2022  •  Resenha  •  551 Palavras (3 Páginas)  •  83 Visualizações

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MARCUS ALESSANDRO DA SILVA CRUZ

RESENHA CRÍTICA DO FILME “FALE COM ELA”

SALVADOR

2022

MARCUS ALESSANDRO DA SILVA CRUZ

RESENHA CRÍTICA DO FILME “FALE COM ELA”

[pic 1]

SALVADOR

2022

O filme “Fale com ela” (2002), dirigido por Pedro Almodóvar, traz em sua trajetória cinematográfica dois arcos principais que se cruzam e desenrolam a trama. O primeiro é formado por Benigno Martin (Javier Cámara), um enfermeiro que tem como paciente principal e a quem demonstra certa “devoção” a ex-bailarina Alicia Roncero (Leonor Watling) que após um acidente de carro fica em estado de coma. O outro arco é o que trás a relação da toureira Lydia González (Rosario Flores) com o jornalista Marco Zuluaga (Darío Grandinetti).

Benigno morava em frente a academia de ballet da professora Katerina Bilova (Geraldine Chaplin) e observava, com certa frequência, Alicia ensaiar da janela de sua casa. Benigno e Alicia se falaram somente uma vez antes do acidente da bailarina, onde foi o suficiente para Benigno se apaixonar perdidamente por ela, o fazendo investir em tentativas de fazer parte da vida de Alicia, que após ao acidente, acaba sendo internada no hospital onde Benigno trabalha, o fazendo manter uma relação de fé e amor com a bailarina, durante quatro anos.

As histórias das personagens são cruzadas quando Lydia é procurada por Marco para uma entrevista e os dois acabam construindo um relacionamento amoroso, porém Lydia sofre um acidente em uma de suas performances como toureira e acaba sofrendo um trauma no lóbulo pré-frontal, o que a deixa em coma, que é um caso parecido com a bailarina Katerina, que por coincidência acabam tendo seus quartos frente a frente.

 O destaque dessa obra vai com certeza para seu diretor e roteirista e diretor, Pedro Almodóvar, que recebeu duas indicações ao Oscar nas categorias de “Melhor diretor” e “Melhor roteiro”, vencendo esta última. “Fale com ela” é uma peça surrealista marcada pelas temáticas de amor, obsessão e esperança que são encorpadas através dos personagens tão bem cuidados por Pedro. Almodóvar, conhecido por sua não-linearidade, mantém uma de suas marcas aqui também, pois usa da mesma para trazer o público para a história dos quatro personagens principais, que causa a sensação constante de coincidências a partir dos encontro (des)premeditados entre Lydia, Marco, Katerina e Benigno.

O tempo todo a trama do filme dá ao público o que ele quer, para que possa ser retirado como artefato emocional na hora certa, por exemplo, talvez Benigno não fosse visto como inofensivo se fosse mostrado seu caráter de perseguidor, ou que não fosse cativante a postura de Lydia se fosse antes revelado seu plano para Marco antes de seu fatídico acidente. A maestria com que Pedro Almodóvar cria esses dispositivos de enredo são sutís e ao mesmo tempo impactantes

“Fale com ela” acaba por ser um modelo do que se fazer para conquistar o público, onde Almodóvar dá uma aula de como apresentar personagens fortes dentro de uma narrativa um tanto curiosa de intrigante, onde podemos nos entreter pela história, amar, odiar, rejeitar e acolher todos os personagens principais.

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