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REVISITANDO A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E PROJETANDO PERSPECTIVAS FUTURAS

Por:   •  15/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.571 Palavras (7 Páginas)  •  241 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

LICENCIATURA EM PORTUGUÊS

DISCIPLINA: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

PROFESSOR: CARLOS ROMA VIEIRA DA FONSECA

REVISITANDO A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E PROJETANDO PERSPECTIVAS FUTURAS

ALUNO AUTOR DA ATIVIDADE: MARCOS VINÍCIUS S. BARBOSA

201908553561

O mundo está em constante transformação. As mudanças que ocorrem no mundo são adaptações de cada período da História vivido em determinado recorte do tempo. A História da Educação se relaciona diretamente com essas transformações no mundo e adaptações ao tempo. Compreender todas as relações de mudanças da educação em conformidade com o período de tempo relacionado é mais que apenas aprender sobre História, é responder questões fundamentais para descobrirmos os rumos que a educação tomou para chegar aos dias atuais e, além disso, é buscar através da história, ferramentas que nos levem a pensar como quais os melhores caminhos a seguir para que a educação continue a se adaptar à História no futuro a curto, médio e longo prazo.

A busca pelo processo de educação ideal se faz presente e tem papel fundamental desde a Antiguidade, numa época em que os principais pensadores desenvolviam seus métodos e teorias sobre ensino e conhecimento, atenienses e espartanos apresentavam dois modelos de educação diferentes, nos quais, o modelo ateniense tinha no conhecimento a ferramenta para educar e preparar os futuros cidadãos para a política, enfatizando a retórica e a oratória para que os debates políticos fossem vencidos através da argumentação, concretizou-se então uma educação integral, que fosse capaz de alinhar mente e corpo. Em contrapartida, o modelo espartano de educação era rígido, autoritário, estimulava a competitividade, o alto desempenho, preparando futuros soldados, uma vez que Esparta era reconhecida pelo seu poder político-militar, os alunos tinham uma prática educacional que visava desenvolver as habilidades físicas para a formação do guerreiro: força, bravura, obediência, que eram virtudes para a guerra.

Durante a Idade Média, a educação, fundamenta na ideia de que o homem é apenas uma criatura divina que deveria se preocupar apenas em salvar sua aula, depara-se com um processo educacional rígido, formal, voltado apenas aos dogmas conservadores da igreja, estreitamente ligado ao Teocentrismo pregado pelo clero e que só veio a ser refutado com o Renascimento, que propunha uma mudança de pensamento na qual o “novo homem” poderia buscar as explicações necessárias a qualquer questão através da racionalidade, não somente pela fé, reforçando a ideia de Antropocentrismo: o homem como centro das ações. Com a Reforma Protestante proposta por Lutero, a Igreja Católica, devido à crise causada pela Reforma, aliados a alguns conflitos já existentes, se vê obrigada a criar ações que ampliassem o seu poder através das fronteiras, caso da Companhia de Jesus, que chegou ao Brasil com a missão de catequizar os índios e difundir o cristianismo.

No Brasil, já durante a Idade Moderna, os Jesuítas prosperaram sua missão de catequização e evangelização, conquistando inclusive autonomia do poder do Estado e da Igreja, causando incômodo pela liderança exercida, fatos que, aliados ao estabelecimento da política absolutista na Europa, causam a expulsão dos Jesuítas do Brasil e o desmantelamento da Companhia de Jesus.  A expulsão trouxe prejuízos e fez com que a educação do Brasil ficasse em segundo plano, uma vez que ideia central de Marquês de Pombal era formar uma elite econômica voltada para o comércio, que o levou a criar a Escola de Comércio e Escola Náutica, além disso, destruiu a estrutura deixada pelo sistema único de educação dos Jesuítas e decretou a suspensão das escolas jesuíticas de Portugal e de todas as colônias.

Os movimentos revolucionários marcaram a história de grande parte do mundo. O Iluminismo, a Revolução Francesa, a Revolução Industrial, trazem ao final da Idade Moderna uma nova organização econômica para a sociedade e deixam consequências para a educação. As correntes de pensamento do Marxismo e Positivismo nortearam as teorias da Educação do denominado “Século da Pedagogia”, que buscava um sistema educacional que se adaptasse de forma crítica às demandas da sociedade nessa época, merecendo figuras de destaque, pensadores como Pestalozzi, Fichte e Frobel, que deixaram seu legado para a História da Educação com suas teorias.

No Brasil, por volta dos anos de 1850, temos os últimos anos do Brasil Império, que vivia uma transição para o Brasil República, com essa transição, a educação no país sofre algumas mudanças, baseadas nas ideias positivistas, como ensino primário obrigatório, três graus de divisão da escola primária (elementar, médio e superior) etc. Já proclamada a República,  em 1889, houve, no anos seguinte, um crescimento  considerável das escolas privadas elementares e profissionais no país, bem como uma reforma de Instrução Pública, proposta por Benjamin Constant, influenciada pelo Positivismo.

Já em 1924, A Associação Brasileira de Educação, fundada por Heitor Lira, promoveu grandes debates acerca da Educação e no decorrer dos anos 20, alguns estados realizaram reformas em seus “sistemas de ensino”, que em sua maior parte foi influenciada pelos ideais da Escola Nova, trazida por Anísio Teixeira que acompanhava as ideias do seu professor John Dewey. Nos anos de 1930, a chamada Revolução de 1930 levou Getúlio Vargas ao poder e proporcionou um período de mudanças à Educação com a criação do Ministério da Educação e a elaboração do capítulo da Constituição de 1934.

Nos anos de 1960 foi criada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a primeira a abranger todos os níveis de educação do país. Houve também um grande movimento favorável à educação popular.

A partir de 1964, após o “golpe civil militar” a reorganização da educação escolarizada foi juma das primeiras medidas de controle do novo governo. O sistema de ensino foi conduzido por padrões que levaram ao caos cultural. Surgem novas disciplinas nos currículos, fechamento de faculdades e universidades e em 1968 foi criado o MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização. Em 1988, a Constituição estabelece a Educação como direito de todos e dever do Estado e da família. Com a promulgação da Constituição a LDB anterior, de 1961 foi considerada obsoleta, mas apenas em 1996 o debate sobre a nova lei foi concluído. Sancionada por Fernando Henrique Cardoso e o então ministro da educação, Paulo Renato, em 1996, a LDB atual é baseada no princípio universal de Educação para todos e trouxe diversas mudanças em relação às leis anteriores.

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