Revisitando a História da Educação e projetando Perspectivas futuras.

Universidade Estácio de Sá

História da Educação (CEL1334)

Professor: Marília Ferranti Marques Scorzoni

Revisitando a História da Educação e projetando Perspectivas futuras.

Aluno: Lívia Nunes de Melo

Matricula: 201903105188

Data:18/11/2019

No Brasil o sistema educacional publico não é uma referência de ensino. E no decorrer da história tem se tomado várias medidas para melhorar no geral a educação como um todo, a mais recente delas é a BNCC, onde o governo tem esperança de melhorar e unificar o ensino em todo país. Mas será que essa medida realmente vai funcionar como se espera, ou será apenas mais uma diretriz que será burlada e maquiada na realidade escolar?

O pedagogo, como profissional de ensino, surgiu na Grécia com os escravos responsáveis pela educação das crianças. Destinando assim a educação a alguém além da família. Neste período também surgiram grandes filósofos que mudaram a educação para sempre.

Em seguida na idade média, a patrística contribuiu com conhecimento educacional, científico e filosófico, mas misturava religião com educação e a autoridade ficava nas mãos dos padres. A escolástica veio para tentar conciliar a fé e a razão, trazendo muitas contribuições.

Com o renascimento começaram a nascer instituições desvinculadas da igreja, o que levou ao Humanismo renascentista. Com a reforma protestante, Lutero trouxe as escolas cristãs com uma atenção especial destinada as crianças. A igreja católica então criou a contrarreforma e a companhia de Jesus que se espalhou levando ensino secular e religioso por toda Europa, Ásia e América, e mais tarde esses padres vieram a liderar a revolução científica.

Comenius trouxe a arte de ensinar: a didática, ele acreditava no ensino fácil para todos, e sobre tudo que a infância seria a melhor época para ensinar o ser humano, por ser mais maleável e aberto ao conhecimento do que em adultos.

No Brasil, os Jesuítas levaram a educação juntamente com a evangelização aos índios e filhos de portugueses, contribuíram com a construção de muitos colégios. Mas devido sua expulsão do Brasil, a educação fica emperrada por um longo período, e posteriormente se tornou obrigação do estado e se voltou aos interesses econômicos.

Surgiram muitos pedagogos, biólogos, filósofos que dedicaram a vida a pesquisa e estudo da educação, trazendo muitas contribuições para o ensino no mundo inteiro, como John Dewey que defendeu o ensino de teoria e prática integrados a vida social do cidadão. Antônio Gramsci que trouxe a pedagogia crítica e a instrução popular, para que o povo conquistasse a cidadania através da escola. Montessori destacou a importância da liberdade, da atividade e do estímulo para o desenvolvimento físico e mental das crianças. Piaget foi um dos pensadores mais importantes do século xx, investigou e fundou a epistemologia genética, formulou os quatro estágios do desenvolvimento humano. Vygotsky foi pioneiro no conceito de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida, um de seus conceitos mais importantes é o da Zona de Desenvolvimento proximal. Carl Rogers desenvolveu a teoria que compreende o ensino como facilitação da aprendizagem, cabendo ao professor a função de estimular o aprendizado. Skinner foi o propositor do behaviorismo radical, buscando entender o comportamento em função das inter-relações entre a filogenética, o ambiente, e a história de vida do indivíduo.

Com a proclamação da república brasileira, instaurou no Brasil a república presidencialista como forma de governo no país influenciada pelo Positivismo. Benjamin Constant promove algumas reformas: ensino leigo e livre em todos os graus; processo educativo sob modelo seriado, ampliação do currículo das escolas; inclusão de disciplinas científicas no ensino acadêmico.

Augusto Comte trouxe o positivismo, que influenciou muito o Brasil com o objetivo de acelerar o progresso que foi atrasado pelo império.

Anísio Teixeira trouxe para o país a Escola Nova que idealizou e influenciou a educação no país. Com o otimismo pedagógico alguns educadores criam o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova.

Em 1948 é feito o primeiro projeto de Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Paulo Freire prega a adequação do processo educativo ás características do meio no qual se está inserido. A LDB é publicada em 1961 e um grande movimento favorável a educação popular deu início a algumas mudanças: a alfabetização de jovens adultos, ao ensino técnico-profissionalizante, que passou a ter equivalência ao curso secundário. A lei trouxe algumas inovações como, mais autonomia aos órgãos estaduais, diminuindo a centralização do poder do MEC; formação do professor para o ensino médio nos cursos de nível superior; previu a educação como direito de todos. Com o golpe militar as escolas passam a ensinar “Educação moral e cívica”. As tendências pedagógicas implantadas são pautadas no tecnicismo, no neopositivismo, e no modelo behaviorista.

A Constituição de 1988 define que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família. Garantindo a igualdade de acesso e permanência a escola, a liberdade de ensinar e aprender, a gratuidade nas escolas públicas, a valorização dos profissionais de educação.

A LDB foi sancionada em 1996, baseada no princípio do direito universal a educação para todos, trouxe diversas mudanças em relação as leis anteriores como: criação do Plano Nacional de Educação. Também trouxe a ideia de desenvolvimento de habilidades e competências.