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Resenha Crítica Livro Arquitetos de Ideias

Por:   •  8/7/2019  •  Resenha  •  3.387 Palavras (14 Páginas)  •  245 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMPUS PORTO ALEGRE

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS GERENCIAIS

JULIANO FERNANDES PACHECO

RESENHA CRÍTICA

Porto Alegre

2018

TRATTNER, Ernest R; Arquitetos de Ideias: A História das Grandes Teorias da Humanidade. 4. ed. Porto Alegre, Editora Globo, 1956. 357 p.

INTRODUÇÃO

Dentre bilhões de seres humanos que habitaram a face da Terra, poucos tiveram a incrível sabedoria e ousadia de questionar as verdades, até então, absolutas e, a partir de suas faculdades intelectuais admiráveis, propor quebras de paradigmas que transformaram o mundo em que vivemos. Nesta obra, o autor se propõe a apresentar-nos a vida e obra de quinze grandes teoristas que desafiaram a lógica e escreveram seus nomes na história da humanidade, cada qual com suas características peculiares de personalidade e inerentes à época em que viveram, mas há um ponto em comum entre eles: todas as teses surgiram precedidas de exaustivas experimentações, buscando relações entre as mais diversas hipóteses para desenvolver uma teoria legítima e irrefutável.

Ernest Robert Trattner nasceu em 4 de novembro de 1898 na cidade de Denver, nos Estados Unidos e faleceu no ano de 1923. Arquitetos de Ideias: A História das Grandes Teorias da Humanidade é um livro de filosofia lançado em 1942, no idioma original do autor, e em 1957 a obra foi traduzida para a língua portuguesa pela Editora Globo, incluindo-o na coleção Tapete Mágico.

O escritor narra as trajetórias dos pensadores dedicando-se a expor o contexto histórico em que eles estão inseridos, tanto questões relativas à sociedade quanto a crenças religiosas da época em que viveram. Ernest R. Trattner preocupa-se em retratar, além do pensamento filosófico, onde nasceram, como iniciaram sua vida científica, que profissões exerciam, como desenvolveram as suas conclusões a respeito das teses estudadas, que tipos de adversidade receberam após a divulgação de seus trabalhos e também como acolheram a morte. Constata-se também que o autor efetua uma descrição a respeito da constituição física de cada um dos teoristas, incluindo seus retratos no capítulo correspondente.

O primeiro capítulo é constituído por uma breve introdução sobre a obra, explicitando o conteúdo do livro. No segundo capítulo, é revelado em detalhes como Nicolau Copérnico, um astrônomo polonês, desenvolveu a sua Teoria Heliocentrista, que colocou o Sol como centro do Sistema Solar, contrariando a vigente Teoria Geocêntrica. O próximo capítulo descreve como James Hutton, nascido na Escócia, ficou conhecido como pai da Geologia moderna por desmistificar o surgimento dos planetas, interpretando as rochas através de sua cronologia. No quarto capítulo, Ernest Trattner narra a história do britânico John Dalton, revolucionou a história da Química, baseando-se na Teoria Atômica, ou seja, a matéria é constituída por pequenas partículas: os átomos. Outro teorista que revolucionou os estudos da Química foi Antoine Lavoisier e sua magnífica história é relatada no capítulo posterior. O químico francês elaborou a Teoria do Fogo, ou seja, ele observou que o oxigênio, em contato com uma substância inflamável, produz a combustão. Além disso, Lavoisier também promulgou a Lei da Conservação da Matéria. O sexto capítulo é dedicado ao físico Benjamin Thompson, criador da Teoria da Termodinâmica. No capítulo de número 7, é apresentada a Teoria da Luz, concebida pelo físico holandês Christiaan Huygens. Huygens elucidou os fenômenos inerentes a propagação da luz, como refração e reflexão. O economista britânico Thomas Malthus proclamou a Teoria da População, que enumera procedimentos que visam o controle do aumento populacional. A história de sua vida é contada no capítulo 9.

O capítulo posterior apresenta a Teoria da Célula, do fisiologista alemão Thedor Schwann, declara que todos organismos são constituídos em última análise por uma estrutura unitária: a célula. No capítulo 10 é exposta uma das Teorias que mais revolucionaram o pensamento ciêntifico: A Teoria da Evolução, desenvolvida pelo naturalista britânico Charles Darwin. O capítulo 11, apresenta-nos a Teoria da Interpretação Econômica da História, obra do sociólogo inglês Karl Marx. O princípio idealizado por Marx é essencialmente uma crítica radical às sociedades capitalistas. Nos próximos dois capítulos são reveladas as histórias de outros dois grandes filósofos: Louis Pasteur e Sigmund Freud, respectivamente. O primeiro, um cientista francês, desenvolveu a Teoria Microbiológica da Doença, descobrindo a causa de muitas pestes da época, além de estabelecer métodos preventivos através de vacinas. O segundo, Sigmund Freud, um neurologista tcheco que fundou as bases da psicanálise publicando a Teoria da Mente que apura alguns enigmas da mente humana. A Teoria da Origem da Terra, obra do americano Thomas Chamberlain, é narrada no capítulo 14. O capítulo 15 relata a Teoria do Homem, de Franz Boas, chamado pai da antropologia, que desmistifica os conceitos da época de superioridade de raças e culturas. O capítulo final apresenta a Teoria da Relatividade, de Albert Einsten, consistindo esta um conjunto de hipóteses que unifica a gravidade em termos de espaço-tempo.

Nesta resenha, vamos nos deter a detalhar o capítulo dedicado à vida e obra do astrônomo polonês Nicolau Copérnico.

RESUMO DA OBRA

O autor inicia o capítulo discorrendo sobre um grande filósofo e estudioso de astronomia e geógrafo chamado Cláudio Ptolomeu que nasceu em Alexandria. Ptolomeu escreveu O Almagesto (PTOLOMEU, 151), um dos textos científicos mais influentes de todos tempos sendo aceito enquanto suas ideias de mostravam eficazes. A Teoria Ptolomaica resistiu por quase mil anos, sendo posta à prova somente a partir do Século XVI.

Ernest Trattner descreve a Teoria Ptolomaica da seguinte forma: “Segundo esta teoria, a terra é o centro fixo do universo; o sol e a lua, as estrelas e os planetas limitam-se a girar em torno dela, em vinte e quatro horas” (TRATTNER, 1957, p. 18).

É importante salientar das limitações científicas da época. Ptolomeu viveu no século II, não haviam telescópios ou outros tipos de equipamentos que poderiam comprovar sua tese. A sua teoria foi fundamentada com base tão somente em suas reflexões a respeito dos temas.

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