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Resenha Crítica Sobre "Ensaio Sobre A Cegueira"

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Por:   •  18/5/2014  •  615 Palavras (3 Páginas)  •  805 Visualizações

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Resenha crítica sobre “Ensaio Sobre a Cegueira”

José Saramago nasceu nasceu na aldeia de Azinhaga, província do Ribatejo, no dia 16 de Novembro, embora o registo oficial apresente o dia 18 como o do seu nascimento. Filho de agricultores, ele foi serralheiro, desenhistas, funcionário público, tradutor, teatrólogo, jornalista, dramaturgo, romancista e poeta português. Saramago, foi membro do Partido Comunista Português e foi director-adjunto do Diário de Notícias. Também foi um dos fundadores da Frente Nacional para a Defesa da Cultura (FNDC). Em 1998, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. As principais obras desse renomado autor são “Levantado do Chão” (1980); “Memorial do Convento” (1982) ; “O Ano da Morte de Ricardo Reis” (1984); “História do Cerco de Lisboa” (1989); “O Evangelho segundo Jesus Cristo” (1991); “Ensaio Sobre A Cegueira” (1995); “As Intermitências da Morte” (2005); “Poesia Completa” (2005).

José Saramago foi conhecido por utilizar um estilo oral, coevo dos contos de tradição oral populares em que a vivacidade da comunicação é mais importante do que a correção ortográfica de uma linguagem escrita. Todas as características de uma linguagem oral, predominantemente usada na oratória, na dialética, na retórica e que servem sobremaneira o seu estilo interventivo e persuasivo estão presentes. Assim, utiliza frases e períodos compridos, usando a pontuação de uma maneira não convencional; os diálogos dos personagens são inseridos nos próprios parágrafos que os antecedem, de forma que não existem travessões nos seus livros. Este tipo de marcação das falas propicia uma forte sensação de fluxo de consciência, a ponto do leitor chegar a confundir-se se um certo diálogo foi real ou apenas um pensamento. Muitas das suas frases ocupam mais de uma página, usando vírgulas onde a maioria dos escritores usaria pontos finais. Em "Ensaio Sobre a Cegueira" a escrita pauta-se por uma descrição fluida, onde o discurso direto se mistura com o indireto, sendo normal a ausência de recursos típicos do discurso direto (parágrafo, travessão, aspas), apresentando o discurso direto entre vírgulas e começando por maiúsculas, para o leitor fazer a distinção entre este e o restante tipo de discurso. Este tipo de escrita foi desenvolvido ao longo dos livros que Saramago escreveu e é uma das suas (senão a maior) características inconfundíveis.

O filme “Ensaio Sobre a Cegueira” é uma crítica à sociedade da informação. Podemos ver que desde o primeiro instante, os valores éticos entram em questão, fazendo nos questionarmos o que é válido ou não durante cada acontecimento, se o homem está seguindo seus valores sociais ou não. Pois em um mundo em que todos pensam apenas em si mesmo, nos tornamos cada vez menos capazes de ver os outros. E mesmo quando queremos, somos bombardeados por tantas informações que acabamos “cegos”. Talvez seja até por isso que a cegueira seja branca, pois o branco é justamente o excesso de informações.

Portanto, podemos chegar a conclusão de que o filme não se desenvolve em torno da descoberta da causa ou cura da repentina cegueira, mas sim em mostrar a degradação social e a perca de toda a sua civilização perante este problema. No filme os valores morais que devem ser seguidos

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