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Resenha do Livro Macunaíma

Por:   •  5/3/2021  •  Resenha  •  514 Palavras (3 Páginas)  •  296 Visualizações

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Macunaíma

O livro “Macunaíma”, de 1928, é uma obra que faz parte da primeira fase modernista, trazendo o ideal heroico em sua trama. O autor, Mário de Andrade, utiliza expressões e histórias do folclore brasileiro, intercalando com expressões modernas e até mesmo estrangeiras. Vários elementos nacionais são abordados em uma narrativa que traz a história de Macunaíma, um herói sem caráter.

Filho de Uraricoera e irmão de Maanape e Jiquê, Macunaíma nasceu um menino muito preguiçoso e peralta. Em sua infância, pregou diversas travessuras no povo de sua tribo. Quando se tornou adulto, apaixonou-se por Ci (Mãe do Mato) e com ela teve um filho que veio a falecer ainda bebê. Ci fica desolada com a morte de seu filho, sobe aos céus e vira uma estrela. Macunaíma fica arrasado por perder Ci, tendo como única lembrança de sua amada o muiraquitã, um amuleto em formato de jacaré. Porém ele o perde. Quando Macunaíma descobre que o amuleto está em São Paulo com um homem chamado Venceslau Pietro Pietra, que viria a ser o gigante Paiamã comedor de gente, ele parte em viagem para São Paulo com seus dois irmãos. É importante ressaltar que na viagem, os três passam por diversas situações que deixam evidenciadas referências ao folclore brasileiro, como expressões, animais típicos e até mesmo deuses indígenas. Essa utilização do folclore para explicar certos acontecimentos, deixa a obra mais interessante e enriquecedora.

Quando Macunaíma e seus irmãos chegam em São Paulo, eles passam por um momento de espanto, para eles tudo ali era novo. Os irmãos tiveram que se adaptar aquele modo de viver. O autor consegue trazer essa adaptação de uma forma muito clara, trazendo reflexões do Macunaíma que levam o leitor a pensar como ele e entender todo aquele espanto frente a uma cidade moderna, com máquinas para todos os lados que são movidas pelo dinheiro.

Depois que Macunaíma e seus irmãos se acomodaram em uma pensão, houveram diversas tentativas de recuperar o amuleto de Venceslau. Em uma delas o herói mata Paiamã o comedor de gente e finalmente consegue o muiraquitã de volta. Após a sua conquista, os três irmãos decidem voltar para a sua tribo, localizada na Amazônia. Chegando lá, Macunaíma vive mais algumas aventuras repletas de lendas, mitos e representações da fauna e flora do Brasil. A genialidade dessa obra foi conseguir unir todos esses elementos nacionais em uma narrativa coerente e

estimulante. Em meio a tantas aventuras, acidentalmente ele perde novamente o amuleto. Decepcionado, Macunaíma sobe aos céus, tornando-se uma estrela chamada Ursa Maior.

A linguagem da obra pode vir a ser um pouco complicada, por apresentar termos específicos dos indígenas e palavras que já caíram em desuso. Porém, isso não atrapalha a compreensão da história, muito pelo contrário, traz expressões e lendas interessantíssimas do nosso folclore que muitas vezes são esquecidas. Segundo a antropóloga Deborah Goldemberg, Macunaíma “sempre encantou porque ele é ao mesmo tempo deslumbrante e triste, como o nosso país”. Portanto, não há razão para deixar de ler uma obra tão rica em cultura brasileira como essa, que ainda traz situações e mitos que nos fazer refletir a nossa contemporaneidade.

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