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Resumo Abordagem Comunicativa

Por:   •  20/3/2021  •  Abstract  •  1.494 Palavras (6 Páginas)  •  248 Visualizações

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Após os vários fatores que levaram o declínio do Audiolingualismo, na Europa, os linguistas centralizaram seus estudos na semântica e sociolinguística, com ênfase na análise do discurso, sendo sua ênfase na língua enquanto uso, como um evento comunicativo, que servirão como premissas da próxima Abordagem que surgiram chamada de Abordagem Comunicativa, onde é um vasto conjunto de teorias, doutrinas sobre a natureza da língua e seu ensino e aprendizagem.

As principais características de uma Abordagem Comunicativa de Ensino de Línguas são:

Objetivos gerais - sugere um foco em todos os componentes (gramáticos, discursivos, funcionais,sociolinguísticos, e estratégicos) de competência comunicativa. ou seja, os objetivos devem se ligar entre os os aspectos organizacionais (gramáticos e discursivos) da língua com os aspectos pragmáticos (funcionais, sociolinguísticos, estratégicos).

Relação da forma e função - As técnicas da língua são projetadas para engajar os aprendizes ao uso pragmático,autêntico e funcional da língua para propósitos significativos. mesmo as formas organizacionais da língua não serem o foco principal, ainda são importantes componentes da língua que capacitam os aprendizes a alcançar esses propósitos.

Fluência e exatidão - Às vezes a fluência tem que assumir mais importância do que a exatidão a fim de manter os aprendizes engajados significativamente no uso da língua, outras vezes os alunos serão encorajados a prestar atenção na exatidão, cabendo ao professor a responsabilidade de oferecer retroalimentação corretiva apropriada nos erros dos aprendizes.

Foco nos contextos do mundo real - Os alunos em uma aula comunicativa basicamente têm que usar a língua, produtivamente e respectivamente, em contextos não ensaiados fora da sala de aula. As atividades de sala devem, portanto, equipar os alunos com habilidades necessárias para a comunicação nesses contextos cotidianos do dia-a-dia que ocorrem o tempo todo, de forma natural e inata.

Autonomia e envolvimento estratégico - São dadas aos alunos oportunidades para focalizar seus próprios processos de aprendizagem através do despertar de sua consciência de seus próprios estilos de aprendizagem (forças, fraquezas, preferências) e através do desenvolvimento de estratégias apropriadas de produção e compreensão, e com isso, desenvolver aprendizes autônomos capazes de continuar a aprender a língua além da sala de aula e do curso.

Papéis do professor - O Professor deixa de ser o maior conhecedor de todos e passa a se tornar um treinador empático que valoriza o desenvolvimento linguístico dos alunos, onde os mesmos são encorajados a construir significado através de interação linguística adequada com os outros alunos e com o professor.

Papéis dos alunos - Os alunos em uma aula na Abordagem Comunicativa são ativos e participantes em seu próprio processo de aprendizagem.

        A base teórica da Abordagem Comunicativa também é rica e eclética, sendo algumas características dessa visão teórica: - A língua é um sistema para a expressão do significado, - A função primária da língua é permitir interação e comunicação, - A estrutura da língua reflete seus usos funcionais e comunicativos, - As unidades primárias da língua não são meramente suas características gramaticais e estruturais, mas categorias de significados comunicativos e funcionais como exemplificado no discurso e a competência comunicativa vincula saber como se usa a língua para um âmbito de diferentes propósitos e funções como também das seguintes dimensões do conhecimento da língua. Essas dimensões do conhecimento da língua seriam a capacidade do comunicador de saber utilizar as línguas em variadas situações comunicativas, formais e informais, produzindo e compreendendo diferentes tipos de textos e discursos, mantendo a comunicação independente das limitações do conhecimento individual da língua.

A Abordagem Comunicativa realça fundamentalmente as propriedades comunicativas da língua, sendo as aulas caracterizadas pela autenticidade, simulação de situações reais e tarefas significativas. Hoje, ainda há uma continuação desses princípios da natureza social, cultural e pragmática da língua, utilizando-se da comunicação da vida real em sala de aula, com materiais autênticos que levem não a uma exatidão estrutural da língua alvo, mas a fluência linguística e proficiência comunicativa, ou seja, língua enquanto uso e não como um conjunto de regras.

        A Abordagem Comunicativa também parte do princípio de uma teoria funcional da língua, que coloque a língua como um meio de comunicação. O objetivo do ensino de línguas seria então desenvolver o que Hymes chama de competência comunicativa. Há, portanto, uma diferenciação da visão da gramática gerativo-transformacional de Chomsky que colocava como objetivo do ensino de línguas desenvolver-se uma competência linguística. enquanto Chomsky acreditava que o foco do ensino de línguas era capacitar os aprendizes a produzir sentenças gramaticalmente corretas em uma língua, a teoria de competência comunicativa de Hymes implica em uma visão bem mais compreensiva de competência linguística. Na visão de Hymes, a competência comunicativa é utilizada pelo aprendiz com respeito a: Se (e a qual grau) algo é formalmente possível, Se (e a qual grau) algo é praticável em virtude do meio de implementação disponível, Se (e a qual grau) algo é apropriado (adequado, feliz, bem sucedido) em relação ao contexto no qual é usado e avaliado e Se (e a qual grau) algo é de fato feito, realmente desempenhado e o que sua realização acarreta.

Uma das principais tendências dessa abordagem, é que, para desenvolver competência comunicativa, os alunos devem estar envolvidos em atividades comunicativas focalizadas no sentido. Por isso, as atividades de sala na AC envolvem os alunos em comunicação real, para desenvolver o uso da língua, através de encenações e simulações, sempre enfatizando as funções comunicativas a serem desenvolvidas, e para que essas atividades fossem realmente comunicativas, elas deveriam focalizar o sentido do que estavam dizendo ou escrevendo ao invés de estruturas linguísticas. Em sala de aula que segue-se uma Abordagem Comunicativa de ensino de línguas, além dos fatores gramaticais e discursivos, são levados em consideração a natureza social, cultural e pragmática da língua, que Diferentemente dos métodos anteriores, que procuravam produzir precisão, exatidão, na aprendizagem da L2, no ensino comunicativo procura-se a comunicação da vida real em sala de aula, preparando os alunos para ter desempenho linguístico lá fora, no mundo real, onde foi um dos principais problemas enfrentados pelos Métodos e Abordagens anteriores onde os alunos não tinham prática e acabavam esquecendo como se comunicar, ou nem mesmo teriam aprendido o mesmo.

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