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Teoria da literatura

Por:   •  4/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.466 Palavras (14 Páginas)  •  298 Visualizações

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                                    Os lusíadas

Trecho de Os Lusíadas comentado:


“Cessem do sábio Grego e do Troiano

As navegações grandes que fizeram;

Cale-se de Alexandre e de Trajano

 A fama das vitórias que tiveram;

Que eu canto o peito ilustre Lusitano,

 A quem Netuno e Marte obedeceram.

Cesse tudo o que a musa antiga canta,

Que outro valor mais alto se alevanta.“

Luís de Camões. In João A. das Neves e Douglas Tufano (org.). Luís de Camões: lírica, épica, teatro, cartas. São Paulo, Moderna, 1991.·.


Camões se refere a ícones históricos como Alexandre Magno e seres mitológicos como Marte o deus da guerra e Netuno deus dos mares. O trecho cita as navegações, que para a época era um avanço já que os portugueses provaram pela própria experiência que era possível navegar pelo Atlântico e que nele não existiam monstros. Camões cita as
musas, que eram deusas gregas que protegiam as artes e esse é um exemplo de uma marcante característica do Classicismo, pois os renascentistas usavam muito da mitologia pagã para expressar sentimentos e buscar inspiração.



Trecho de Caramuru comentado

Vi, não sei será? Impulso imaginário,

Um globo de diamante claro e imenso;

E nos seus fundos figurar-se vário

Um país opulento, rico e extenso:

E aplicando o cuidado necessário,

Em nada do meu próprio a diferença;

Era o áureo Brasil tão vasto e fundo,

Que parecia no diamante um mundo.

(Durão, 2003, p. 182).


Nesse trecho o autor exalta a natureza, chegando a questionar-se se aquela visão é realmente real. A escrita apresenta um colorido paradisíaco enfatizando o espírito observador do autor. Caramuru tem características que remontam a epopeia clássica, já que nele prevalece o maravilhoso, a pomposidade.


Comentário geral:


Tanto em Os Lusíadas como em Caramuru a figura do herói é bem forte. O povo português é o grande herói em os Lusíadas e Vasco da Gama é quem representa todo esse povo. Em Caramuru o herói também está em evidência e é retratado pelo Diogo Álvares Correia, náufrago português. As grandes navegações à descoberta de novos mundos são importantes para desenrolar das duas histórias. Nas duas obras a cultura greco-romana é o ponto de referência. Para reforçar cito mais esse trecho de Caramuru:

“Barbárie foi (se crê) da antiga idade

A própria prole devorar nascida;

Desde que essa cruel voracidade

Fora ao velho Saturno atribuído:

Fingimento por fim, mas é em verdade,

Invenção do diabólico homicida,

Que uns cá se matam, e outros lá se comem:

Tanto aborrece aquela fúria ao homem. ”

Saturno é o deus do tempo e segundo a mitologia ele devorava seus filhos evitando que algum deles se tornasse deus dos deuses. Essa é uma alusão que o
 autor de Caramuru faz a antropofagia indígena.

                              Quem casa, Quer Casa.

Martins pena.

        Fabiana era mãe de Olaia e Sabino, que haviam se casado com Eduardo e Paulina, que também eram irmãos. Primeiro Sabino, que era gago, se casou com Paulina e vieram morar na casa de Fabiana e Nicolau, afinal ele era filho deles. No decorrer do tempo, Paulina sempre trazia o irmão, Eduardo, para “sua” casa e não demorou muito para que ele se interessasse por Olaia, e vice-versa. Os dois vieram a casar e acabaram por morar na casa de Fabiana, que lhes ofereceu casa e comida, pois o moço havia dito que não se casaria com sua filha porque não tinha meios de sustentá-la.

 Não precisou muito tempo até que a convivência ali se tornasse um inferno. Nicolau, o patriarca, só se interessava por seguir procissões religiosas e se mostrar como um religioso de maior fé. Fabiana e Paulina não paravam de brigar e gritar uma com a outra, pois as duas queriam mandar na casa. E ainda tinha Olaia que por qualquer coisa chorava e ia ter com a mãe. Havia Eduardo que, desde que fora à orquestra e viu a rabeca (violino), decidiu que era nascido pra música, comprou o instrumento e tocava o dia todo. E Sabino que por ser gago tinha que falar cantando.

 Em meio a toda confusão da casa, Fabiana falou com o filho para que desse jeito na esposa que não a respeitava, falou à filha que mandasse o marido parar com aquele som infernal, mas a menina não conseguia. E quando procurava seu marido, Nicolau, para que ele, como chefe da casa, sossegasse o genro e a nora, mas só o encontrava atrasado para suas passeatas religiosas.

 A ação seguinte de Fabiana foi escrever a Anselmo, o pai de Paulina e Eduardo, para que ele viesse e levasse os filhos, senão ela os colocaria na porta da rua. Enquanto isso, Sabino falou à mulher. Paulina veio pedir desculpas à sogra, mas na verdade não era isso que pretendia, começou a falar que a respeitaria, afinal era a mais velha e logo as duas brigavam, uma chamando a outra de velha e a outra chamando a primeira de desavergonhada. Eduardo e Paulina também conversavam em como aquela casa era o inferno, ainda mais com a sogra que tinham.

 Foi assim que Eduardo, nervoso porque Olaia se demorou a “vim a música”, apertou seu braço e ela foi falar à mãe chorando. E essa, quando veio tirar satisfações, segurou a roupa do genro que bateu na mão dela com o arco da rabeca.

 Em seguida Fabiana falou com Sabino. Disse que Eduardo havia batido nela e na irmã e que ele tinha de tomar-lhe as dores. Sabino, que já queria isso há tempos, foi ter com o cunhado e os dois acabaram em luta no chão. Logo ali Fabiana e Olaia começaram a brigar e quando Nicolau chegou, com dois meninos vestido de anjinhos, acabou atracando-se com Fabiana também.

 Nessas circunstâncias chegou Anselmo, e a ele todos começaram a despejar reclamações. Sendo não aguentar a sogra, o genro, a nora, o sogro, o cunhado e a cunhada. Sabiamente Anselmo tinha alugado uma casa para Eduardo ir com sua mulher e outra para Paulina e seu marido, bastou isso para que um oferecesse ao outro as suas casas à disposição e dizer como esperavam uma visita. Lembrando todos no final que quem casa quer casa!

Comentário:

   Quem casa quer casa é mais uma peça humorística de Martins Pena, dentro das características da obra do autor. Baseia-se num ditado popular famoso e tem um único ato.

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