TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A AVALIAÇÃO NO COTIDIANO ESCOLAR

Por:   •  2/10/2016  •  Artigo  •  3.068 Palavras (13 Páginas)  •  459 Visualizações

Página 1 de 13

A AVALIAÇÃO NO COTIDIANO ESCOLAR[pic 1]

Aluna: Claudete Goulart

RESUMO

“Avaliação” é um tema pertinente nas atuais discussões pedagógicas e um dos mais polêmicos nas escolas, pois é um ato extremamente complexo, cujo enfoque deve estar não apenas nos resultados, mas também no processo. A presente pesquisa aborda a temática da avaliação sob o enfoque da avaliação emancipatória e transformadora, com vistas a uma mudança significativa na prática educativa. Ao analisar a prática de avaliação no contexto escolar, suas dificuldades e conflitos, observa-se uma crescente busca pela mudança, pelo crescimento, buscando instrumentos de construção do conhecimento e qualificação das práticas escolares, que transformem a avaliação em uma forma de inclusão social. A era em que vivemos exige uma ressignificação das práticas educativas, voltando-se à formação e educação de novos sujeitos, pois o sentido maior da avaliação é avaliar para que os alunos aprendam mais e melhor. Quando falamos em novos sujeitos, os queremos críticos, conscientes, participativos e autônomos significando que devemos realizar a avaliação segundo uma proposta emancipatória e transformadora.

Palavras-chave: Avaliação. Alunos. Rendimento Escolar.

1 INTRODUÇÃO

Esta pesquisa foi idealizada e desenvolvida com o objetivo de ampliar e refletir conhecimentos referentes à avaliação no cotidiano escolar, analisando sua prática e a necessidade da sua reconstrução no processo ensino-aprendizagem, pois avaliar é um ao extremamente complexo, cujo enfoque deveria estar não apenas nos resultados, mas também no processo. Afinal, avaliar para quê? Qual o sentido da avaliação na escola, (re) produzir conhecimento ou gerar ignorância?

Trata-se de um tema polêmico e crônico na educação. Na escola, quase sempre é utilizada como uma formalidade, cujo objetivo único é a promoção ou retenção do aluno.

O professor que convive humanamente com seus alunos não precisa desse recurso para avaliar a evolução de cada um em vez das provas, são trabalhos, cadernos, a produção escrita, a expressão de suas idéias e pensamentos, a força de vontade e o cumprimento dos deveres que indicam o desempenho individual.

Este estudo pretende ampliar conhecimentos referentes à avaliação, analisando sua prática e a necessidade de reconstrução do processo, oferecendo subsídios teóricos que contribuam para uma prática pedagógica comprometida com a inclusão, com a pluralidade, com o respeito às diferenças e com a construção coletiva.

Valendo-se de referencial bibliográfico e das experiências, o presente trabalho apresenta uma análise da avaliação escolar que é parte integrante e fundamental no processo educativo, entendendo que a escola é um espaço caracterizado pela multiplicidade, onde experiências, realidades, objetivos de vida, relações sociais, estruturas de poder, tradições históricas e vivências culturais diversas se plasmam nos diversos discursos que se cruzam em seu cotidiano, pondo em diálogo conhecimentos produzidos a partir de várias perspectivas.

Nesta visão de escola, a avaliação deveria ser a síntese do conhecimento atingido durante o processo ensino-aprendizagem com o acompanhamento do professor, de forma coerente com os objetivos e desejos dos alunos e professores, priorizando a identificação dos problemas, dos avanços e verificando as possibilidades de redimensionamento e continuidade do processo educativo, pois a mesma exige co-participação, comprometimento, auto-avaliação de todos que vivem esse processo, análise crítica das ações: que facilitam e orientam o re-planejamento, a elaboração de projetos coletivos, aprimorando as relações escolares. Ela não se justifica na educação para punir e selecionar.

Segundo Vasconcellos (1998, p.20), “uma prática bastante interessante é o professor interagir com o trabalho dos alunos até que chegue a um nível satisfatório; assim, passa-se de juiz da santa inquisição para interlocutor atento e qualificado”.

Salienta-se nesta pesquisa também, a avaliação frente a nova LDB, pois surge um novo olhar sobre a avaliação que deve ser calcada nos objetivos e não em notas. O enfoque da avaliação emancipatória como sendo um possível caminho para mudar as práticas de avaliação que se cristalizaram ao longo de muitos anos, assim como a responsabilidade e compromisso de todos, frente à transformação da realidade existente a respeito da avaliação.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 AVALIAÇÃO ESCOLAR

A escola é um espaço caracterizado pela multiplicidade, experiências, realidades, cosmovisões, objetivos de vida, relações sociais, estruturas de poder, tradições históricas e vivências culturais diversas se plasmam nos diversos discursos que se cruzam em seu cotidiano, pondo em diálogo conhecimentos produzidos a partir de várias perspectivas, e é neste local onde ocorre a avaliação escolar.

Quando se pensa a avaliação escolar, as primeiras idéias que surgem são: avaliação do aluno (realizada pelo professor), notas, aprovação e reprovação, sucesso e fracasso, prêmio e castigo. Mas, sempre do aluno. Será o aluno o único sujeito que merece ser avaliado na escola? Será que na escola é só ele quem deve aprender? Ora, o aluno, sim, aprender, pois é um personagem muito importante, senão o mais importante no contexto escolar.  Freqüentemente a avaliação feita pelo professor se fundamenta na fragmentação do processo ensino aprendizagem e na classificação das respostas de seus alunos, a partir de um padrão predeterminado, relacionando a diferença ao erro e a semelhança ao acerto. Seleção, classificação e hierarquia de saberes e de pessoas, marcas de um processo que faz das relações dialógicas, relações antagônicas. Processo que gera práticas que dificultam a expressão dos múltiplossaberes, negando a diversidade e contribuindo para o silenciamento dos alunos e alunas.

A prática escolar usualmente denominada de avaliação é constituída muito mais de provas e exames do que de avaliação. Esta pratica de provas/exames, tem origem na escola moderna a partir dos séculos XVI e XVII, excluindo parte dos alunos porque baseia-se no julgamento, enquanto a avaliação pode incluí-los devido ao fato de proceder por diagnóstico e assim incluir o educando no curso da aprendizagem satisfatória, que integre todas as experiências de vida.

Enquanto as finalidades e funções das provas e exames são compatíveis com a sociedade burguesa, as da avaliação as questionam, por isso, torna-se difícil realizar a avaliação na integridade de seu conceito, no exercício de atividades educacionais. Luckesi (1991, p.171)

...

Baixar como (para membros premium)  txt (20.7 Kb)   pdf (168.3 Kb)   docx (17 Kb)  
Continuar por mais 12 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com