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A AVALIAÇÃO NO COTIDIANO ESCOLAR

Por:   •  25/4/2019  •  Resenha  •  2.081 Palavras (9 Páginas)  •  182 Visualizações

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A AVALIAÇÃO NO COTIDIANO ESCOLAR REFLETE SOBRE: AVALIAÇÃO E FRACASSO ESCOLAR

O artigo discute as relações entre a consolidação de um sistema nacional de avaliação, baseado em exames estandardizados, e a produção de qualidade em uma escola pública marcada por tensões, conflitos, destituída de percepção e projeto únicos. Questiona a uniformização estimulada pelos padrões homogêneos de avaliação como procedimento capaz de reverter a produção do fracasso escolar. Os resultados da avaliação continuam expondo uma escola que fracassa e impõem à necessidade de se indagar o que é educação, quais são suas bases e finalidades, o que transmite e como transmite; exigem profunda reflexão sobre o que está historicamente negado e silenciado e que precisa ser recuperado e incorporado à dinâmica pedagógica.

No texto questiona a necessidade de discutir a avaliação, porque, após tantas discussões, este continua sendo um tema relevante. Para a autora a discussão contínua, como parte de um processo mais amplo de discussão do fracasso escolar, dos mecanismos que possibilitam a reversão desse quadro com a construção do sucesso escolar do público estudantil, principalmente as de classe social baixa. Para a autora a reflexão sobre a avaliação só toma folego se estiver atravessada pela reflexão sobre a produção do fracasso /sucesso escolar no processo de inclusão/exclusão social. A avaliação é um dos processos fundamentais de todo o processo educativo, então, considerar-se, mesmo nas práticas cotidianas, de educação informal, tem-se um conjunto de procedimentos de avaliação dessas práticas, desses processos, dos seus efeitos. As práticas mais normais, também, a avaliação vai acompanhando e vai produzindo alguns procedimentos, alguns instrumentos, alguns processos mais formais, sempre no sentido de estar acompanhando o processo educativo e poder verificar os seus efeitos, sobretudo nos educandos e no processo educativo como um todo. A avaliação é um dos eixos centrais da educação, porque através dela que se pode ir equilibrando esse processo, tendo algumas contribuições durante o próprio processo e não apenas após o seu efeito já estabelecido, já visualizado, enfim, pode-se ir regulando as próprias práticas pedagógicas.

O fracasso escolar no Brasil tem nome e endereço, sabemos bem onde tem está o maior número de crianças que fracassam. Nós temos um índice de fracasso escolar que se mantem permanente há décadas, mudam os indicadores mexendo pra lá ou pra cá, mesmo assim continuamos com um índice grande de fracasso escolar no país. Um dos fatores que leva ao fracasso é a questão socioeconômica, e também a questão cultural. Na medida em que o fracasso escolar esta circunscrito as classes populares temos a grande diferença cultural que chega a escola, o projeto escolar monocultural, só que temos uma polo cultural nas classes brasileira. Quando chega a escola tem a marca da diferença cultural e isto vai produzir um confronto muito além.

A educação tem vivido grandes problemas, e um desses é não ter uma educação de qualidade nas escolas publicas para todos, sendo crescente sua abertura aos grupos de pessoas que vivem em situação de miserabilidade, sem nenhuma condição de vida. E com isto não há um resultado eficaz de uma educação que deveria ser oferecida para a sociedade de maneira digna e de qualidade.

E com as classes populares à escola não ocorre com ordem e tranquilidade, como talvez desejássemos. Diante deste quadro caótico, tratamos de buscar os modelos de que dispomos, mirando firmemente a nossa ideia consolidada de escola. Mais uma vez caos, desordem, ruído; os melhores esforços parecem em vão; os resultados da avaliação colocam diante de nossos olhos estudantes que não aprendem e professores (as) que não ensinam. Encontramo-nos com histórias de fracasso e com o desejo não realizado de viver com êxito as experiências escolares cotidianas, em meio a frágeis momentos em que o sucesso se evidencia. Com isto temos visto o fracasso na questão de ensino e aprendizado nas escolas.

A avaliação não é responsável nem pelo fracasso escolar, nem pela exclusão social e, portanto, não é apenas mudando os procedimentos de avaliação que se vai produzir sucesso escolar e inclusão social. No entanto, as práticas de avaliação, como as demais práticas pedagógicas, ao direcionar-se a questão para a avaliação, as práticas de avaliação estão marcadas por essa dinâmica social de inclusão e exclusão e por esta tensão social, que é uma tensão de inclusão/exclusão dos sujeitos na própria dinâmica social. Estão marcadas também por essa tensão escolar, que vai se dando nesse diálogo entre o sucesso e o fracasso. Dessa forma, volta-se na avaliação classificatória, quando se produz uma avaliação que tem por princípio a produção de uma hierarquia que classifica e seleciona. Para que classificar e selecionar? Para incluir os melhores classificados e excluir os piores classificados? Se existe preocupação efetivamente com uma educação de qualidade para todos, o princípio não pode ser esse. Então, precisam-se produzir outras modalidades de avaliação, que tenham como ponto de partida a certeza de que todos aprendam, todos têm direito a uma escola de qualidade, cabe a nós, enquanto escola e sociedade, criar condições para uma escola de qualidade para todos. Aí a avaliação é um procedimento importantíssimo pela sua dimensão reflexiva, pela sua possibilidade de projetar possibilidades e reflexões, e por esta perspectiva que ela traz, de poder regular os processos pedagógicos, mas não no sentido de promover a seleção, mas regular os processos pedagógicos no sentido de proporcionar, favorecer a inclusão de todos.

A reflexão sobre a avaliação só toma fôlego se estiver atravessada pela reflexão sobre a produção do fracasso/sucesso escolar no processo de inclusão/exclusão social. A avaliação é um dos processos fundamentais de todo o processo educativo, então, considerar-se, mesmo nas práticas cotidianas, de educação informal, tem-se um conjunto de procedimentos de avaliação dessas práticas, desses processos, dos seus efeitos. Nas práticas mais formais, também, a avaliação vai acompanhando e vai produzindo alguns procedimentos, alguns instrumentos, alguns processos mais formais, sempre no sentido de estarem acompanhando o processo educativo e poder verificar os seus efeitos, sobretudo nos educandos e no processo educativo como um todo. Portanto a avaliação é um dos eixos centrais da educação, porque através dela é que se pode ir equilibrando esse processo, tendo algumas contribuições durante o próprio processo e não apenas após o seu efeito já estabelecido, já visualizado, enfim, a pode-se

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