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A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Por:   •  12/6/2022  •  Artigo  •  2.250 Palavras (9 Páginas)  •  120 Visualizações

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Artigo Científico

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

INTELLECTUAL DEFICIENCY IN INCLUSIVE EDUCATION


RESUMO

O presente artigo tem como finalidadeenfatizar estratégias a serem aplicadas aos portadores de deficiência intelectual que apresenta mais dificuldades para que a criança interprete conteúdos abstratos. Isso requer estratégias diferenciadas e individualizadas por parte do professor, que diversifica os modos de exposição nas aulas, relacionando os conteúdos curriculares a situações do dia-a-dia, e mostra modelos concretos para explanarconceitos mais complexos. Contudo, para os especialistas, o professor é suscetível de identificar rapidamente o que o aluno não é capaz de fazer. Assim, o melhor caminho para se trabalhar é identificando as competências e habilidades que a criança tem, além de sugerir atividades paralelas com conteúdos mais simples ou distintos, não diferencia uma situação de inclusão. Logo, énecessário redimensionar o conteúdo no que diz respeito às formas de exposição, tornar flexível o tempo para a efetivação das atividades e usar procedimentos diversificados como o auxilio dos colegas de sala, o que também colabora para a inclusão e para a socialização do aluno. Em sala, também é importante a mediação do adulto no que se refere à organização da rotina. Falar para o aluno com deficiência intelectual, primeiramente, o que será necessário e imprescindível para desempenhar determinada tarefa e quais etapas devem ser seguidas é essencial.



Palavras-chave: Educação Inclusiva, Competências e Habilidades, Deficiência Intelectual.

ABSTRACT

The purpose of this article is to emphasize strategies to be applied to those with intellectual disabilities that present more difficulties for the child to interpret abstract contents. This requires differentiated and individualized strategies on the part of the teacher, which diversifies the modes of exposition in class, relating the curricular contents to day-to-day situations, and shows concrete models to explain more complex concepts. However, for the experts, the teacher is able to quickly identify what the student is not able to do. Thus, the best way to work is to identify the skills and abilities that the child has, in addition to suggesting parallel activities with simpler or distinct contents, does not differentiate an inclusion situation. Therefore, it is necessary to resize the contents with regard to the forms of exposure, to make flexible the time for the accomplishment of the activities and to use diverse procedures like the help of the classmates, which also collaborates for the inclusion and for the socialization of the student. In the classroom, it is also important to mediate the adult regarding the organization of the routine. Speaking to the student with intellectual disability firstly, what will be necessary and essential to perform a certain task and which steps should be followed is essential.

Keywords: Inclusive Education, Skills and Abilities, Intellectual Disability.




1. INTRODUÇÃO

Compreende-se que a Educação Inclusiva é um processo educacional em curso, conceito contemporâneo que apareceu a partir dos anos 90, uma vez que até os anos 60, as pessoas com deficiências eram segregadas, recusadas, perseguidas, excluída da sociedade e desprovidas de atendimento e ou acolhimento educacional. Neste período a igreja passou a tratar os deficientes de uma maneira caridosa, segregando as pessoas com necessidades especiais, com um olhar clínico e buscavam tratar os portadores de deficiências por meio da medicina.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi o primeiro documento que passou a garantir às pessoas com deficiências o direito de cidadania e de educação, no entanto, ainda nos anos 80 as pessoas deficientes recebiam educação especial, geridas por instituições filantrópicas e religiosas, segregativas e sem a participação e conhecimento do governo. É nesta fase que muitos teóricos denominam de Educação Especial, pois foi quando no Brasil que surgiram as inúmeras instituições chamadas de escolas especiais, centros de reabilitação e oficinas protegidas, vinculadas ao método de acolhimento e atendimento clínico.

Embora o paradigma da educação especial em alguns países, inclusive no Brasil tenha sido rescindido a partir da Conferência Mundial da Educação para Todos, sucedida em 1990, na cidade Tailandesa, Jomtiem, em 1990, neste período principia a fase que alguns estudiosos classificam como Educação Integrada, uma vez que este novo sistema educacional de integração escolar passa a incluir os deficientes no sistema regular de ensino, porém, adequando-se ao sistema de forma unificada e não inclusiva. Assim sendo, a Educação Inclusiva teve seu marco histórico a partir da Declaração de Salamanca, redigida e registrada na Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: acesso e qualidade, concretizada no ano de 1984 pela UNESCO, em Salamanca, na Espanha; o Brasil também participou e firmou o acordo de implantar um novo sistema educacional de escola para todos, com diversidade, acessibilidade e qualidade.

Dentre as diferentes deficiências distinguidas e reconhecidas mundialmente, este artigo tem como tópico de estudo a Deficiência Intelectual (DI), conceito recente, denominado pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 2004) em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), anulando as classificações de leve, moderada e grave, passando a distingui-la por funcionamento intelectual significativamente inferior à média, integrado por limitações adaptativas em pelo menos duas áreas de habilidades: comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde, segurança, uso de recursos comunitários, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho. Percebe-se que tudo isso denota que a pessoa com Deficiência Intelectual tem dificuldade para aprender, compreender, e desempenhar atividades comuns às outras pessoas, sendo, portanto, um dos maiores desafios da Educação Inclusiva, incumbindo ao professor a responsabilidade de inquirir estratégias de adaptação e adequação à inclusão desses alunos na educação regular.

2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA DEFICÊNCIA INTELECTUAL

A Deficiência Mental é considerada segundo resultados quase consecutivamente uma deformação no desempenho cerebral provocada por fatores genéticos, distúrbios e convulsões na gestação, problema no parto ou na vida após o nascimento e pode ser leve, moderada, grave ou profunda, o individuo tem dificuldade para aprender, entender e desempenhar as atividades do dia a dia, além disso, a pessoa tem comportamentos como quem tem menos idade, ou seja, há um retrocesso com lentidão para se desenvolver e se interagir no meio em que vive, ainda, há um comportamento cognitivo que sucede antes dos 18 anos e isso prejudica suas habilidades adaptativas.

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