A DIDÁTICA

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FACULDADE INTEGRADA BRASIL AMAZÔNIA
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS

ADILSON MARCELINO MACHADO DOS SANTOS

BELÉM – PA
2019

ADILSON MARCELINO MACHADO DOS SANTOS

A DIDÁTICA.

Resumo/Resenha de alguns textos discutidos no livro ‘A didática’ de Jaime Cordeiro, apresentado à disciplina Didática, como requisito parcial de avaliação referente ao NPC I.

Professora:

BELÉM – PA
2019

Sobre o autor: Jaime Francisco Parreira Cordeiro é professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, possui mestrado e doutorado em Educação. Seus principais temas abordados são: didática, educação, história da educação e imprensa pedagógica. Atualmente, faz pesquisas e publicações na área da didática e estudos sobre as relações entre educação e mídia-imprensa.

Relação Pedagógica: a didática em ação.

De maneira introdutória, na tentativa de caracterizar e avaliar o ofício educacional, a primeira coisa que salta aos olhos é a percepção de que ele é um tipo de ação que se exerce na comparência de outros e em serventia desses mesmos que, em nosso caso, são os alunos.

Nesse aspecto, se faz necessário, de imediato, reconhecer o fato de que o trabalho pedagógico/educacional é uma atividade necessariamente interativa e relacional, se realizando com base em um conjunto de interações pessoais entre docente e discentes. Ademais, a própria escola, como instituição, deve ser entendida como um campo de relações humanas, onde deve-se priorizar a troca de saberes que, se bem exercida, acontece de maneira mútua e natural. Para tal, é imprescindível o empenho do docente em conhecer os alunos e a escola em geral, com um olhar voltado ao conhecimento cultural que fomenta aquele meio; que se concentre na sala de aula e na aula que ali se ministra, para que consiga transpassar o máximo de informações possíveis e, ao mesmo tempo, para que adquira experiencia com a docência em si, criando assim uma relação pedagógica.

Consecutivamente, já no seu primeiro contato com a docência, qualquer professor vê o quanto o dever pedagógico é fundamentalmente relacional ou interacional, pois trata-se de um ofício que depende bastante do engajamento e da colaboração ativa dos alunos para, de fato, ser efetivado, o que só pode ser obtido decorrente a um conjunto de interações pessoais que são geridas pelo docente, mas nas quais os educandos têm papel e peso até mais determinantes que o próprio educador. 

A relação pedagógica tem um propósito próprio e definido: ela se estrutura para assegurar o acesso a um corpo de saberes. Nesse sentido, ela é uma relação transitória: ao se esgotar no cumprimento de sua finalidade, ela tende a se tornar prescindível e, no entanto, ela deve ser construída e moldada com tal objetivo. A relação pedagógica, diferentemente de outras relações humanas, não tem a finalidade de se perpetuar; muito pelo contrário, ela é um tipo de acordo temporário, o qual se desgasta no exercício do seu objetivo. As tentativas de tornar a relação pedagógica mais perdurável tendem a reproduzir ou a reforçar os elos de dependência, como diversas vezes se percebe até mesmo em níveis de ensino avançados, como na pós-graduação e por diante, o que acaba desvirtuando a ideia da relação pedagógica em si, devendo-se, então, evitar esse tipo de deturpação dentro do ambiente escolar/acadêmico.

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