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A Desenvolvimento de personalidade dos 6 aos 12 anos

Por:   •  8/2/2018  •  Dissertação  •  911 Palavras (4 Páginas)  •  447 Visualizações

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Desenvolvimento da Personalidade dos 6 aos 12 anos

Descrições clássicas

À turbulência dos conflitos psíquicos vividos na fase fálica segue-se um longo período de tranquilidade e consolidação, conhecido pelo nome de período de latência, que constitui algo como a ponte que une a sexualidade pré-genital infantil à sexualidade genital, que surge na puberdade.

O período de latência se caracteriza por uma dessexualização das relações e dos sentimentos, por um predomínio da ternura sobre a sexualidade, por uma grande redução dos desejos hostis e das pulsões agressivas.

Esse período tem origem sobre a base do declive da conflitividade edípica, correspondendo a uma intensificação do recalque e um desenvolvimento da sublimação.

As relações dos meninos e meninas com seus genitores evoluem, nessa fase, para um nível realista de dependência, nas áreas nas quais esta ainda é necessária, e de independência, naquelas em que a criança pode se permitir relações igualitárias. Outros adultos diferentes dos pais adquirem um papel significativo e, sobretudo, ganham uma enorme importância os companheiros ou iguais , com os iguais a criança se identifica ou se opõe, une-se ou se torna inimiga, mas sobretudo, se compara.

Enquanto os anos pré-escolares são de uma acentuada orientação centrípeta para a construção do eu, os anos que vão do início da escolaridade obrigatória à chegada da puberdade são de nítida orientação centrífuga, de construção da realidade exterior, por meio do conhecimento.

As diferentes descrições coincidem, pois descrevem esses anos como de remanso na construção da personalidade, que não cessa nesta etapa, mas parece organizar-se de maneira menos agitada do que nos anos anteriores.

Conhecimento de si mesmo

- Desenvolvimento do autoconceito

Em torno dos 6-8 anos, as crianças começam a se descrever como pessoas com pensamentos, desejos e sentimentos diferentes dos demais, embora essas características diferenciadoras não sejam vistas, porque ocorrem “por dentro”.

O eu é agora descrito mais em termos internos e psicológicos do que com base em atributos externos e físicos.

O autoconceito das crianças caracteriza-se por ser cada vez menos global e mais diferenciado e articulado. As expressões do tipo “eu vou na escola” dão lugar a autodescrição do tipo “ sou bom em Matemática e História e regular em Linguagem.

Aos 6-7 anos, a aquisição do pensamento lógico produz alterações qualitativas, no conhecimento que a criança tem de si mesma.

Finalmente, a possibilidade de refletir a respeito dos próprios pensamentos e sentimentos, que aparece na adolescência, representa a capacidade definitiva e necessária para enriquecer o conhecimento do próprio eu.

- Estabilidade e mudança do autoconceito

È certo que o autoconceito é fruto da comparação social e que o conceito que uma criança desenvolve de si mesma é influenciada decisivamente pelas interações que estabelece, desde pequena, com as pessoas que a rodeiam, primeiro em seu ambiente familiar e, depois , no escolar.

- A auto-estima: evolução e determinantes

A auto-estima se refere ao aspecto avaliativo e julgador do conhecimento que têm de si mesmas as crianças.

Parece que existe certa estabilidade na auto-estima durante a infância, pelo menos em vários anos consecutivos. A maioria dos estudos coincide em assinalar uma queda da auto-estima ao redor dos 12-13 anos, coincidindo com o começo da puberdade e a transição da escola elementar para a secundária. A partir desta idade, parece observar-se um aumento

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