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A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA

Por:   •  17/7/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.315 Palavras (6 Páginas)  •  306 Visualizações

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Introdução

Mesmo com todas as transformações sofridas no decorrer da história, a escola ainda representa a Instituição que a humanidade elegeu para socializar o saber sistematizado. Isso nos faz afirmar que a mesma é o lugar onde é difundido o conhecimento que a sociedade estima necessário transmitir às novas gerações.

Sabemos que existem dentro de cada organização classes sociais em posições elevadas, que criam e impõem um tipo de educação que visa a atender interesses particulares e reforçar, cada vez mais, o poder dos privilegiados. Nesse sentido, as escolas transformaram-se nas instituições que mais têm colaborado para a efetivação desses objetivos, visto que sempre estiveram sobre o controle do estado.

Mesmo com as modificações conferidas na estrutura do ensino brasileiro no decorrer dos anos, nenhuma delas instituiu um sistema educacional onde todos tivessem os mesmos direitos, onde a intenção principal seria a concepção do homem com plena autoridade dos próprios meios de libertação; um homem erudito, livre, inteligente e crítico, que não se deixa manipular e que pode influenciar o estilo de vida e o futuro do país. (TURIBIO, 2015)

Sabe-se que só existem três maneiras de se transformar uma sociedade: guerra, revolução e educação. Dentre as três, a Educação é a mais viável, a mais passiva, porém a que os efeitos só se tornam visíveis em longo prazo.

A educação deveria servir como mecanismo de libertação do homem. Esse, por meio da educação formal, deveria colaborar para o desenvolvimento do país e, acima de tudo, usufruir dos resultados. Porém, tem-se uma educação que serve como veículo de transmissão das ideias da classe dominante, cujo papel é muito importante na perpetuação das condições sociais já existentes.

Nesse sentido, começaremos discutindo a concepção e a função da educação como uma construção histórica.

Nas comunidades primitivas, os fins da educação derivam da estrutura homogênea do ambiente social, identificam-se como os interesses comuns do grupo, e se realizam igualitariamente em todos os seus membros, de modo espontâneo e integral: espontâneo na medida em que não existe nenhuma instituição destinada a inculcá-los, integral no sentido que cada membro da tribo incorporava mais ou menos bem tudo o que na referida comunidade era possível receber e elaborar (PONCE, 1994, p. 21).

Função Social da Escola

Possivelmente ninguém tem dúvida de que precisamos melhorar a educação nosso país, e isso se inicia pela escola pública, pela valorização dos profissionais que nela trabalham, com aquisição de materiais didáticos, merenda de qualidade, redução de jornada de trabalho dos profissionais que nela atuam e muitas outras ações necessárias.

Esse é um fato provavelmente inegável, entretanto, a forma como fazê-lo se torna a grande problemática em questão. Pois quais serão as atuais e grandes manifestações responsáveis pelas medidas a serem tomadas? Há centenas de discussões propícias.

Qualquer pessoa, ligada nas questões sociais do país, está apta a afirmar isso, pois consegue visualizar necessidades urgentes de mudanças, e mudanças radicais para as nossas escolas. Pois, a escola que temos hoje, não satisfaz os anseios da população que necessita dessas instituições, que na prática deveria preconizar uma educação fundamentada numa perspectiva crítica que conceba o homem na sua totalidade, enquanto ser constituído pelo biológico, material, afetivo, estético e lúdico.

No entanto, esse quadro é pouco visto por nossos representantes, como é citado Bueno (2001) quando se posiciona criticamente em relação a escola que temos hoje:

a deterioração das condições gerais de vida, em nosso país, tem trazido consequências graves para a escola, em especial para a escola fundamental localizada nas zonas periféricas dos grandes conglomerados urbanos, que é afetada pela violência do seu entorno social, pelo tráfico e consumo de drogas, pela elevação dos índices de criminalidade etc.

E comenta ainda que:

a escola possui um espaço de autonomia que lhe permite, dentro de limites, se constituir em frente de resistência aos processos de seletividade e de exclusão oriundos das políticas educacionais, que parecem privilegiar muito pouco a elevação da qualidade de ensino para todos.

Nesse sentido, é preciso que considerar que o projeto de educação a ser desenvolvido nas nossas escolas tem que estar pautado na realidade, visando a sua transformação, pois se compreende que a realidade não é algo pronto e acabado e este projeto tem que levar em consideração os sujeitos envolvidos no processo educativo: alunos, pais, professores, gestores, coordenadores e a comunidade em geral e o caso das escolas da região do baixo amazonas, no oeste do Pará.

Fazendo uma análise dos últimos resultados do IDEB 2011 percebemos que o Pará ainda está muito abaixo da média nacional como vemos no quadro abaixo:

Nível Nota do Pará Nota Região Norte Nota do Brasil

Séries iniciais do Ensino Fundamental 4,2 4,2 5,0

Séries finais do ensino fundamental 3,7 3,8 4,1

Ensino Médio 2,8 3,2 3,7

Fonte: http://educacao.uol.com.br/noticias/2012/08/14/consulte-a-nota-do-ideb-do-seu-estado-e-saiba-se-ele-atingiu-a-meta-proposta-pelo-mec.htm

Isso só leva a concluir que muito ainda se precisa fazer para se conseguir alcançar a escola sonhada por todos, uma escola onde não somente sejam repassados conteúdos, mais uma escola onde as questões da comunidade, da

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