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A Formação Docente

Por:   •  10/2/2019  •  Artigo  •  6.491 Palavras (26 Páginas)  •  88 Visualizações

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RESUMO

RESUMO

O presente trabalho propõe um exercício de reflexão sobre a formação docente e suas ações, analisando a pertinência entre o que se fala e o que se faz na escola de educação básica.  Neste sentido, esta reflexão problematiza os conhecimentos necessários ao educador ao longo de seu exercício profissional sob o crivo crítico e reflexivo como uma reivindicação necessário de um novo arranjo social que demanda mudanças. O artigo está baseado nas concepções de autores como Freire (2006), Mizukami (1986) entre outros, sobre a ação pedagógica desse profissional e sua importância no ensino-aprendizagem. A ação interventiva do professor no cotidiano escolar solicita olhares pontuais sobre o desenvolvimento do conhecimento e produção humana e da capacidade do homem em situar-se como ator social no mundo contemporâneo marcado por tensões.  

Palavras-Chave: escola, educação, formação de professor, educador reflexivo.

ABSTRACT

This paper proposes a reflection on teacher training and their actions, analyzing the relevance between what is said and what is done in the primary education system. In this sense, this reflection discusses the necessary knowledge to educators throughout their professional practice under scrutiny as a critical and reflexive claim required a new social arrangement that requires changes. The article is based on the ideas of authors such as Freire (2006), Mizukami (1986) among others, on this professional pedagogical action and its importance in teaching and learning. The intervening in the daily school teacher calls spot looks on knowledge development and production of human and man's ability to position itself as a social actor in the contemporary world marked by tensions.

Keywords: school education, teacher training, reflective educator.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho propõe um exercício de reflexão sobre a formação docente e suas ações, analisando a pertinência entre o que se fala e o que se faz na escola de educação básica.  Neste sentido, esta reflexão problematiza os conhecimentos necessários ao educador ao longo de seu exercício profissional sob o crivo crítico e reflexivo como uma reivindicação necessário de um novo arranjo social que demanda mudanças.

Certamente é necessário um esforço coletivo para superar os entraves que dificultam a construção do ensino de qualidade que contemporaneamente se discute e se deseja. Neste caso, as mobilizações que primam, dentre outros pontos, por uma formação docente comprometida com a transformação social devem, necessariamente, explicitar o perfil e conhecimentos desejáveis deste profissional para uma intervenção conscientizada na realidade escolar, no processo de formação continuada do educador e na problematização dos fins educacionais.

  Esta reflexão sobre a totalidade do trabalho docente na educação básica que recebe os profissionais formados em distintas instituições de ensino superior perpassa a  lógica do saber  instrumental e indo além considerado que se este saber/fazer for tomado   soladamente como objeto central e neutro no processo de vida escolar (ensino-aprendizagem), ocultará dimensões  que concorrerão para a manutenção de uma escola reprodutivista e  acrítica,  formando professores em cursos de licenciaturas que reafirmem o seu ideário, discursando sobre a realidade vivida e ao mesmo tempo negando-a na materialização de intervenções descontextualizadas.

Neste caso, há que se considerar a dimensão política desta formação,  isto é, é necessário posicionamento de professores sobre a leitura da realidade de sua própria formação, da situação da escola pública e dos encaminhamentos que devem surgir a partir da reflexão deste seu novo olhar. Paulo Freire, Moacir Gadotti e Demerval Saviani em suas distintas obras denunciam a expropriação do caráter social da educação por ideologias de sentido restrito e apontam para a formação da concepção de educação.

 Os autores tem esta concepção  como um ato político e transformador da realidade social e dos homens como atores conscientes de sua importância sócio histórica, consequentemente, com um caráter que mobiliza e faz acontecer, justamente por sua própria solicitação que defende a participação como o principal elemento  de intervenção democrática sobre o contexto social.

Para Lima (2000) a reflexão deve existir de forma  coerente e concreta  a partir de uma dimensão formativa, devendo o educador, alunos e pares aprofundarem “o apreender a aprender”  para benefício do próprio homem e ir além.

1- BREVE RELATO SOBRE A EDUCAÇÃO NO BRASIL

Segundo um conceito genérico a palavra educação compreende qualquer procedimento que vise formar, instruir ou ensinar um ser. Um conceito de educação é sempre resultado de uma ampla reflexão sobre o homem, a sociedade e a natureza em geral. Pensar sobre educação implica sempre em considerar esses aspectos: o que é da ordem humana, do social, do transcendental.

De acordo com a visão de Freire (1970) educar é lidar com a integralidade do ser humano, despertando-o para uma elevação espiritual com o objetivo de torná-lo sensível ao mundo e aos seus semelhantes.

   No Brasil, a educação seguiu por caminhos tortuosos: no início, era reservada a uma elite dominante e totalmente exploradora, voltada para estratificação e dominação social. Esteve arraigada por diversos séculos em nossa sociedade a concepção de dominação cultural de que o ensino era apenas para alguns, sendo a classe dominante a detentora dos meios de conhecimento e ensino.

Com o passar do tempo, a sociedade foi buscando maneiras de reforçar laços, promover a coesão e garantir a integração de todos indivíduos no corpo social.

Essa busca por meios de integração social levou os modelos educacionais a se dividirem em três modalidades: a escola tradicional, fundada na relação ensino e aprendizagem e na relação professor e aluno; a escola nova, que entende como fundamental a necessidade de aprender a aprender e na função de acompanhar o desenvolvimento individual do estudante por parte do professor, e por último aparece a concepção técnica que se funda no fazer e elimina totalmente a relação professor e aluno.

Mortatti (2004) diz que a escola consolidou-se como lugar necessariamente institucionalizado para o preparo de novas gerações, com vistas a atender os ideais do Estado, pautados pela necessidade de uma nova ordem política e social; e a universalização da escola assumiu importante papel como instrumento de modernização e progresso do Estado e como principal propulsora do esclarecimento das massas iletradas.

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