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A História da Minha Alfabetização

Por:   •  13/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.779 Palavras (8 Páginas)  •  853 Visualizações

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INSTITUTO DE TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO DE GOIÁS

NÚBIA GOMES VIEIRA

História da Minha Alfabetização

        

                                                HIDROLÂNDIA,

                                      JULHO DE 2016.

INSTITUTO DE TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO DE GOIÁS

NÚBIA GOMES VIEIRA

História da Minha Alfabetização

Memorial apresentado ao Curso de Pedagogia do Instituto De Tecnologia e Educação de Goiás - ITEG, como um dos pré-requisitos para Avaliação da disciplina de Alfabetização e Letramento.

SUMÁRIO

1 – Apresentação...........................................................................................03

2 – História do processo de Alfabetização.....................................................05

3 – Minhas expectativas com o curso de pedagogia......................................07

4 – Conclusão................................................................................................08

5 – Referências Bibliográficas........................................................................09


1 – APRESENTAÇÃO

         Elaborar um memorial descritivo é reconstituir a própria existência. Essa não é uma tarefa fácil, pois, o memorial é um retrato crítico do indivíduo visto por múltiplas facetas através dos tempos, o qual possibilita inferências de suas capacidades.

As concepções acerca do processo de alfabetização vêm sendo construídas ao longo do tempo com base nas pesquisas desenvolvidas por estudiosos e pesquisadores da área que vem se dedicando em busca de um conceito mais amplo de alfabetização. Nesse processo construtivo, podemos perceber avanços significativos tanto no que diz respeito ao conceito como também às práticas de ensino de alfabetização. Os avanços no conceito de alfabetização e a introdução do conceito de letramento nas práticas alfabetizadoras como dois conceitos específicos, mas estabelecendo uma relação de indissociabilidade entre ambas as concepções é consequência.

O processo de alfabetização de crianças visto com base no seu conceito restrito, compreendido como o ensino-aprendizagem do código alfabético que habilita a criança a estabelecer as relações entre as letras e os sons, quer dizer, a ler e a escrever, não dá conta de atender às necessidades da escola e às demandas sócias comunicativas da sociedade da comunicação e da informação caracterizadas como uma sociedade letrada em que a criança está inserida.

Conhecer as letras e os sons dessas é um pressuposto indispensável para o processo de aprendizagem da leitura e da escrita, mas, além disso, é fundamental também buscar sentido, significado e compreender o que está escrito, contemplando, desse modo, as duas facetas da aprendizagem: a alfabetização e o letramento.

Os processos de alfabetizar e letrar são interligados, mesclam-se e, frequentemente, confundem-se, porém é importante ter claro que são processos específicos nos quais cada um estabelece suas funções no processo de aprendizagem já que alfabetizar, de acordo com Soares (2012, p.16)“[...] é um processo de representação de fonemas em grafemas, e vice-versa, mas é também um processo de compreensão/expressão de significados por meio do código escrito. [...]”.Já letrar tem a função de inserir e familiarizar a criança com as diversas práticas e usos sociais da leitura e da escrita que se concretizam através da apropriação e uso dessas dentro da sociedade, compreendendo quais as funções da língua escrita, para que serve, que utilidade possui em sua vida, onde e porque usá-la, etc., tornando a escrita como parte da própria vida, como forma de expressão e de comunicação.

Kleiman (2012) vem ressaltar o impacto social da escrita, diferenciado dos estudos sobre alfabetização, cujas competências para o uso e a prática da escrita são individuais. Para a autora, o letramento vai além da alfabetização, por estar relacionado não somente às práticas individuais do processo de aquisição de códigos, mas como uma prática social promovida pela escola e também por outras agências como a família, a igreja, a sociedade, etc.

2 – HISTÓRIA DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

        Fui alfabetizada no ano de 1991, aos meus sete anos de idade, pois na época só podia ser matriculada na zona rural com essa idade. Fui matriculada na Escola Municipal José Ramos Teles que se localizava na zona rural, município de Hidrolândia chamado Bonito do Meio, a vinte e cinco anos atrás.

Eu andava a pé por dois km, até chegar à escola, era só uma sala de aula e uma professora para dar aula da pré-alfabetização à quarta série, formávamos quatro filas cada  uma, era uma série diferente por fila, me lembro como se fosse hoje de alguns fatos que me marcou muito.

        O nome da minha professora era Dª. Neusa Alves é era assim que tínhamos que chamá-la em questão de respeito, ela era muito brava. O fato que mais me marcou e que ela tinha uma varinha de madeira, bem comprida que apontava pro quadro e se algum dos colegas conversa-se ela batia com a vara para fazer silêncio, aqueles alunos mais custosos ela colocava de castigo, atrás da porta com o nariz na parede, todos a respeitavam muito. Era um método muito tradicionalista e diferente de hoje, mais acho que as crianças aprendiam mais, todos tinham que sair da pré-alfabetização lendo e escrevendo.

        Às vezes a merendeira como a gente chamava, a Dª. Julia faltava ai era a professora ou a mãe de algum aluno que se disponibilizava ajudar a preparar o lanche, os nossos lanches a maioria era doação dos pais dos alunos e da horta que nos mesmo plantávamos e cultivávamos.

        Há essa professora andava sete quilômetros até chegar à escola, estudei com ela só a pré-alfabetização, depois saiu à lei que tinha que ter o curso de Pedagogia para dar aula, ai a prefeitura disponibilizou uma professora e um veículo para levá-la para a escola, o nome dela era Cacilda, continuou no mesmo ritmo, mas ela logo pediu que os pais pedissem ajuda e outra professora para dividir a sala, pois ela só não conseguia dar aula para todos, foi ai que veio a professora Eleuza, não demorou muito a prefeitura fechou a escola, segundo eles eram mais viáveis, levar os alunos pra cidade do que os professores pra zona rural.

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