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A IMPLICAÇÕES NA APRENDIZAGEM AOS PORTADORES DE DÉFICIT DE ATENÇÃO

Por:   •  1/2/2018  •  Relatório de pesquisa  •  3.714 Palavras (15 Páginas)  •  190 Visualizações

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FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA

PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL

IMPLICAÇÕES NA APRENDIZAGEM AOS PORTADORES

 DE DÉFICIT DE ATENÇÃO

MARÇO

 2013

MAIRA PACHECO DOS SANTOS[pic 1]

IMPLICAÇÕES NA APRENDIZAGEM AOS PORTADORES

 DE DÉFICIT DE ATENÇÃO

Projeto de pesquisa apresentado à Faculdade Educacional da Lapa, como requisito obrigatório para obtenção de título de especialista em Psicopedagogia Institucional.[pic 2]

Orientador: Valter Zotto de Andrade

IBIRAPUITÃ

      2013

RESUMO

O principal objetivo deste projeto de pesquisa é analisar a relação que existe entre aprendizagem e os portadores do transtorno do déficit de atenção.  Sabe-se que a maioria das pesquisas existentes nesta área é de caráter experimental que resgata a observação no comportamento escrito, verbal e de atenção dos alunos. A investigação de como os transtornos de atenção alteram na aprendizagem as informações colhidas deste universo permitirá de forma compreensível fornecer informações científicas básicas que fundamentem a prática pedagógica e conscientizem da responsabilidade do ato de educar. A partir desse referencial, identificar e potencializar um aluno com déficit de atenção é base de estudo deste trabalho. Sabe-se que em geral as dificuldades nem sempre são diagnosticadas de forma correta, implicando assim um comprometimento maior no desenvolvimento das habilidades cerebrais e psicossociais do educando. Existe muito preconceito, estigma sobre este tema. É provável também que muitos pais não compreendam esse transtorno, por isso da importância do estudo dos próprios educadores para melhor se aperfeiçoarem no cuidado ao conhecer as particularidades e explorar as diferenças, permitindo assim uma adaptação social produtiva. O problema de pesquisa será: O transtorno do déficit de atenção compromete o indivíduo quanto à construção de conhecimento e implicações na aprendizagem? Os objetivos específicos são: Desenvolver referencial teórico científico sobre os portadores de déficit de atenção que fundamentem o estudo objetivado. Identificar as principais características, causas, consequências do déficit de atenção em relação ao ensino-aprendizagem. Relacionar com os portadores de déficit de atenção as possíveis dificuldades de aprendizagem.

Palavras chave: Déficit de atenção, aprendizagem, família, escola.

1 O PROCESSO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO

Do mesmo modo que em inumeráveis outros problemas médicos não existe uma causa específica definida, isso não significa, entretanto, que não se pode afirmar um grande número de episódios acerca do transtorno e de seu tratamento (MATTOS,2006).

Em um número recente da revista americana Attention, comenta Silva (2003), foi sugerido que se utilize a sigla DA/HI quando se estiver discutindo sobre o Distúrbio do Déficit de Atenção com hiperatividade-impulsividade, enquanto DDA deve ser usado para o distúrbio com características predominantemente desatentivas.

Numa definição mais científica, tem-se distúrbio do déficit de atenção como

 

[...] resultado de uma disfunção neurológica no córtex pré-frontal. Quando pessoas que têm DDA tentam se concentrar, a atividade do córtex pré-frontal diminui, ao invés de aumentar (como nos sujeitos do grupo de controle de cérebros normais). Assim sendo, pessoas que sofrem de DDA mostram [...] sintomas [...] como fraca supervisão interna, pequeno âmbito de atenção, distração, desorganização, hiperatividade (apesar de que só metade das pessoas com DDA sejam hiperativas), problemas de controle de impulso, dificuldade de aprender com erros passados, falta de previsão e adiamento (AMEN, 2006).

O córtex pré-frontal manda sinais inibitórios para outras áreas do cérebro, sossegando os dados advindos do meio, de modo que a pessoa possa se concentrar. Quando o córtex pré-frontal está com hipoatividade, ele não desencoraja adequadamente as partes sensoriais do cérebro e, como resultado, estímulos em demasia bombardeiam o cérebro (AMEN, 2006).

De acordo com Cláudia M. S. G. Ronchi (2007), talvez mais importante do que uma “área de aprendizagem” seja a noção de que o cérebro é um órgão que funciona tendo como substrato ou elemento fundamental a integração de diversas áreas cerebrais.

Quando se pensa em déficit de atenção, deve-se olhar sob um foco diferenciado, pois o cérebro do portador do transtorno apresenta um funcionamento bastante peculiar, que acaba por trazer-lhe um comportamento típico, que pode ser responsável tanto por suas melhores características, como por suas maiores angústias e desacertos vitais.

Atente-se para o fato de que muitas vezes os educadores são mal interpretados quando recomendam à família que faça uma investigação acerca do comportamento da criança. Alguns pais sugerem ser o transtorno do déficit de atenção uma invenção da área médica como mais um motivo de venda de medicamentos.

A respeito posiciona-se Mattos (2006), citando a Associação Médica Americana, uma das mais influentes e rigorosas do mundo, quando levantada a mesma questão em 1998: O TDA é um dos transtornos mais bem estudados na medicina e os dados gerais sobre sua validade são muito mais convincentes que a maioria dos transtornos mentais e até mesmo que muitas condições médicas.

1.2 Causas do Distúrbio do Déficit de Atenção

De acordo o Smith (2001), as crianças que sofrem de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDA/H)[1] formam, aproximadamente, 3 a 5% da população escolar, mas geram uma preocupação desproporcional.

Diante disso, convém elencar algumas causas mais prováveis do TDA a fim de que se possa compreender melhor o indivíduo portador deste transtorno.

É importante destacar ainda que, durante a pesquisa para elaboração deste estudo, existe a prevalência, na literatura, da relação entre TDA e hiperatividade. Por isso, o que segue em relação às causas do TDA vem acompanhado dos sintomas também de hiperatividade, ao que se deve atentar mais especificamente para as características da desatenção.

Já existem inúmeros estudos em todo o mundo – inclusive no Brasil – demonstrando que a prevalência do TDA/H é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais (as práticas de determinada sociedade, etc.), o modo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos (AMEN, 2006).

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