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A IMPORTÂNCIA DA CONTEXTUALIZAÇÃO NO ENSINO DA SOCIOLOGIA E FILOSOFIA NA ESCOLA MODERNA

Por:   •  27/4/2019  •  Artigo  •  3.220 Palavras (13 Páginas)  •  285 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DA CONTEXTUALIZAÇÃO NO ENSINO DA SOCIOLOGIA E FILOSOFIA NA ESCOLA MODERNA

Francisco Sergio Marcal Coelho

RESUMO

Buscaremos mostrar em nossa apresentação a importância da contextualização no Ensino da Sociologia e Filosofia, na Escola Moderna. A fim de alcançar tal objetivo trabalharemos com dados obtidos em pesquisa concretizada com alunos que realizaram, durante um ano, o estudo das disciplinas supracitadas. O alicerce teórico está fundamentado na obra de Vygotsky e Reuven Feuerstein. Neste estudo é focada a importância da mediação a fim de obtermos a transcendência no processo de ensino-aprendizagem. Nós concluímos nossa pesquisa, ressaltando a necessidade do discente aprender a utilizar, na vida prática e de relação, os resultados construídos e interiorizados, após a consolidação deste conhecimento.

Palavras-chave: Sociologia. Filosofia. Escola Moderna.

ABSTRACT

Try to show in our presentation the importance of contextualization in the teaching of Sociology and Philosophy in Modern School. To achieve this goal we will work with data obtained in research implemented with students who performed during one year, the study of the disciplines mentioned above. The theoretical foundation is based on the work of Vygotsky and Reuven Feuerstein. This study is focused on the importance of mediation in order to obtain transcendence in the process of teaching and learning. We conclude our research, emphasizing the need for students to learn to use in practical life and relationship, the results produced and internalized, after the consolidation of this knowledge.

Keywords: Sociology. Philosophy. Modern School

A obrigatoriedade do ensino da Filosofia e da Sociologia em todos os anos do Ensino Médio levanta um grande desafio: como contextualizar as situações problemas de sala de aula para a vida prática. Segundo podemos observar nos dados da pesquisa realizada com alunos do 2º Ano do Ensino Médio e do 9º Ano do Ensino Fundamental, de um Colégio da rede pública de Fortaleza, Ceará, após um ano de ensino da Disciplina de Sociologia, essa dificuldade se tornou evidente. Foram ouvidos 200 (duzentos) alunos, cem de cada ano letivo, que responderam as seguintes questões:

1ª Questão

- “Para você, durante o ano letivo de 2009, a disciplina de Sociologia foi”:

- Muito interessante, para 34% dos alunos.

- Interessante, para 40% dos alunos.

- Regular, para 21% dos alunos.

- Ruim, para 03% dos alunos.

- Péssima, para 02% dos alunos.

2ª Questão

– “Você considera que a Sociologia, em seu futuro, será”:

- Muito importante em minha vida, para 16% dos alunos.

- Importante em meu futuro, para 52% dos alunos.

- Indiferente no meu dia-a-dia, para 17% dos alunos.

- Não terá importância significativa, para 12% dos alunos.

- Totalmente fora de minha realidade, para 03% dos alunos.

3ª Questão:

“Coloque, no espaço, abaixo as razões pelas quais você julga que a Sociologia será um

Instrumento importante em sua vida, no futuro”:

- Em razão de cair no vestibular, para 28% dos alunos.

- Vai entender melhor o mundo, para 13% dos alunos.

- Por outras razões, para 8% dos alunos.

- Não souberam explicar as razões 61% dos alunos.

No quadro número um onde está inserido a primeira questão, 74% dos alunos pesquisados consideraram a Sociologia uma disciplina interessante (34%) ou muito interessante (40%), esta opinião é corroborada no quadro seguinte, na segunda questão apresentada, onde 68% dos alunos elegem a disciplina como muito importante em suas vidas futuras.

No entanto, no fechamento da pesquisa onde se pede que sejam explicita das as razões que os levaram às constatações anteriores, os dados obtidos deixam claro que há uma incoerência ou falha lógica, pois embora afirmem a importância da disciplina, não sabem onde situar ou vislumbrar, essa prioridade atribuída à Sociologia, nas ações futuras de suas vidas, pois 61% dos alunos pesquisados não souberam apresentar razões que eles confirmassem a expectativa de que o ensino de Sociologia seria importante em suas vidas em um futuro próximo.

Conforme podemos observar, há uma discrepância entre o percentual de aceitação e importância atribuída à Sociologia na vida dos alunos pesquisados, conforme explicitado nos quadros um e dois e a práxis diária, a ação efetiva a ser vivenciada por eles. Esta etapa, que seria a consolidação e a consequência lógica das respostas anteriores, sofre conforme se constata no quadro terceiro, uma ruptura. O aluno considera a disciplina interessante porém não saber situá-la em suas vidas de modo prático.

As pessoas, muitas vezes, necessitam de um mediador, que pode ser uma pessoa mais experiente, um colega, um professor, etc. É neste campo que deve agir aquele que pretende mediar à aprendizagem. Então a zona de desenvolvimento proximal é tudo o que o aluno pode vir a adquirir, em termos intelectuais, quando são criadas as condições favoráveis e o suporte educacional devido. Hoje este conceito está amplamente divulgado pelo termo geral de etapas de desenvolvimento da aprendizagem.

O professor ao estar ciente que não ensina no sentido clássico do termo e que mediar adquire aqui o significado de possibilitar, potencializar e facilitar a construção do conhecimento por parte do discente sente a necessidade de adquirir, ele próprio, outra postura, também além da clássica e formal de simplesmente tentar transmitir conteúdos programáticos. Assim a ideia de construir, implícita no conceito de mediar, necessita ser considerada em todos os aspectos relativos à aprendizagem e ao ensino. É fundamental essa compreensão a fim de inserir e integrar esta componente à ação eficaz de mediar.

Face este entendimento de Vygotsky sobre o termo mediação, podemos concluir, neste ponto, que a aprendizagem se dá em colaboração entre os discentes e entre eles e os adultos. O desenvolvimento do indivíduo não são apenas alterações quantitativas, ou seja, um amontoado de informações, mas mudanças qualitativas do pensamento. Uma construção de qualidade. Esta é o que pode chamar de visão sócio construtivista do desenvolvimento, ressaltando-se a importância do ambiente social nessa edificação.

No processo, os mediadores (agora usamos o termo na acepção restrita que construímos) usam ferramentas culturais necessárias, tais como, a linguagem e outros meios onde o que se busca é a internalização daquilo que se construiu e se apropriou. Nesta nova concepção a Escola tem que estar atenta de que a ação docente somente terá eficácia e sentido se for realizada, no que Vygotsky denominou de zona de desenvolvimento proximal. O professor deve ser a pessoa competente para auxiliar, desvendar conjuntamente caminhos, abrir portas a duas mãos, a fim de ser instrumento na resolução de problemas que estão ao seu alcance, mas ainda não atingidos pela ação intelectual do discente. A função primordial de professores e escolas será o de fazer com que os conceitos informais, espontâneos, assistemáticos que os alunos aprendem na convivência social, atinjam os níveis de conceitos científicos, sistemáticos e formais, para então dá o grande salto: a transcendência para o seu dia-a-dia, sua vida social, cultural e de relação.

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