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A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO ENSINO REGULAR 1 INTRODUÇÃO

Por:   •  13/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.166 Palavras (9 Páginas)  •  717 Visualizações

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A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO ENSINO REGULAR

1 INTRODUÇÃO

A inclusão escolar precisa ser assumida por todos, levando a repensar suas concepções para impulsionar novas possibilidades. Este trabalho apresenta os obstáculos encontrados no processo de inclusão de alunos surdos ou com deficiência múltipla no ensino regular. Os problemas que os professores enfrentam no dia a dia e toda equipe escolar, na busca de garantir ao aluno a socialização e construção de conhecimento buscando constantemente atingir a qualidade para todos os envolvidos: alunos com deficiência, seus familiares, professores, equipe escolar e a comunidade de modo geral. A inclusão dos alunos com necessidades especiais não se faz por uma resolução ou decreto, mas com mudanças de atitudes e compromissos do nosso papel transformador, considerando que a presença dessa criança com necessidade especial na classe comum seja proveitosa, e a meta principal é minimizar as dificuldades que impedem sua participação na sociedade. A inclusão é um motivo que implica no aprimoramento da formação dos professores para realizar propostas de ensino inclusivo e, também, um pretexto para que a escola se modernize, atendendo às exigências de uma sociedade que não admite preconceitos, discriminação, barreiras entre seres, povos e culturas. Assim se poderá vislumbrar um futuro diferente para pessoas portadoras de necessidades especiais e para as comuns, na escola. Esses fatos reforçam a percepção de que as políticas de inclusão devem ser adotadas, permitindo que uma parcela de alunos anteriormente excluída das demais, possa a partir daí fazer parte das escolas comuns ou regulares. Dentro deste contexto a escola deve rever a formação de seu corpo docente e os sistemas de ensino devem comprometer-se com a formação continuada dos mesmos. O professor deve estar apto a elaborar e implantar novas propostas de ensino de forma a atender as necessidades dos alunos, estimular a aprendizagem e assegurar sua permanência na escola.

2 DESENVOLVIMENTO

A educação inclusiva é um movimento que compreende a educação como um direito humano fundamental e base para uma sociedade mais justa e solidária, sabendo-se, no entanto, que a inclusão não acontece num passe de mágica sendo ela uma conquista que exige muito estudo, trabalho e dedicação de todos os envolvidos no processo. Ao analisar o material utilizado foi possível avaliar as dificuldades encontradas no processo de inclusão tanto por parte dos educadores como por parte da família. Os profissionais e familiares que estão envolvidos com alunos surdos precisam buscar conhecimentos e informações, para transformar tais concepções em posturas mais reflexivas, e assim perceber como ocorrem as múltiplas experiências visuais dos surdos no contexto sócio-cultural. Estes precisam ter a oportunidade de construir sua própria identidade, através de uma escola inclusiva com professores conscientes das diferenças, sabedores da LIBRAS, interessados, participativos, competentes, assim como as famílias conscientizadas dos seus deveres, a partir de seus direitos em busca da melhoria do ensino para os seus filhos surdos nas escolas. “Compreender a surdez como diferença significa reconhecer politicamente essa diferença.” (SKLIAR, 1997).

Para que haja um eficaz aprendizado escolar do aluno surdo ou com deficiência múltipla é necessário ainda, que o projeto político pedagógico e o currículo da escola estejam em consonância com as necessidades educativas dos alunos, tanto na metodologia de trabalho como nas formas de avaliação, pois essa inclusão no sistema comum de ensino requer não apenas a aceitação da diversidade humana, mas implica em transformação significativa de atitudes e posturas, principalmente em relação à prática pedagógica, à modificação do sistema de ensino e a organização das escolas para que se ajustem às especificidades de todos os educandos. “As adaptações curriculares devem ser entendidas como mais um instrumento que possibilita maiores níveis de individualização do processo de ensino aprendizagem escolares, particularmente importante para alunos que apresentam necessidades educacionais especiais”. (CARVALHO, 2010, p.105).

No caso da criança com deficiência múltipla, é preciso que o professor estabeleça alguma forma de comunicação, visando assim, o desenvolvimento de sua autonomia, respeitando seus limites e potencialidades, pois em ambos os casos o professor bem informado em relação ao aluno portador de deficiência terá mais autonomia para melhor relacionar com esse aluno. É preciso que o educador cumpra seu papel, e de sua contribuição para adaptar esse aluno à sociedade, integrando-o a um convívio escolar onde possam interagir com outras crianças e pessoas capacitadas para atendê-lo. Os alunos com deficiência múltipla podem apresentar alterações significativas no processo de desenvolvimento, aprendizagem e adaptação social. Possuem variadas potencialidades, possibilidades funcionais e necessidades concretas que necessitam ser compreendidas e consideradas. Apresentam, algumas vezes, interesses inusitados, diferentes níveis de motivação, formas incomuns de agir, comunicar e expressar suas necessidades, desejos e sentimentos. As crianças com deficiências múltiplas podem necessitar de mais tempo para adquirir mecanismos de adaptação às novas situações, mas com uma boa mediação de professores e pais poderão criar estratégias de ação e pensamento; assim, poderão desenvolver a autonomia pessoal, social e intelectual. As características específicas apresentadas pelas pessoas com deficiência múltipla lançam desafios à escola e aos profissionais que trabalham com elas, no sentido de promover situações de aprendizagem que alcancem resultados positivos ao longo do processo de inclusão constituindo um grupo de pessoas com necessidades únicas e particulares, por isso, é preciso estar atento a dois aspectos fundamentais: a comunicação e o posicionamento.

Segundo Schwartzman (apud SILVA, 2000, p.39), os professores do ensino regular não têm sido preparados para a tarefa de lidar com crianças com necessidades especiais e sem este preparo, por melhor que seja o método utilizado, as chances de sucesso são muito limitadas. Para que o processo de inclusão seja consolidado, deve-se criar um ambiente favorável, no qual, o aluno surdo ou com deficiência múltipla possa desenvolver suas potencialidades. Segundo Rodrigues (2010), educação inclusiva

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