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A INCLUSÃO DO DEFICIENTE AUDITIVO: UM DESAFIO À SOCIEDADE E AOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Por:   •  20/6/2018  •  Monografia  •  5.635 Palavras (23 Páginas)  •  329 Visualizações

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A INCLUSÃO DO DEFICIENTE AUDITIVO: UM DESAFIO À SOCIEDADE E AOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Teresa Cristina RODRIGUES[1]

RESUMO: A educação dos deficientes auditivos, por muitos anos, desenvolveu-se de forma preconceituosa, obedecendo a um padrão pré-estabelecido de evolução em que prevaleceu a desigualdade social e a exclusão. Ultimamente esse modelo de educação vem mudando e mostrando que o deficiente auditivo tem direitos garantidos por leis que garantem acesso igualitário à escola regular, oportunidades de trabalhar e de ser respeitado como pessoa. O objetivo principal dessa pesquisa é reconhecer os desafios existentes na inclusão dos alunos com deficiência auditiva na escola regular e na sociedade.

PALAVRAS-CHAVE: Inclusão; Deficiente Auditivo; Desafio; Sociedade; Escola.

Introdução

Ultimamente o meio educacional está voltado para a inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais, pois a escola precisa estar preparada para receber esses novos alunos.  Para que isso aconteça efetivamente é necessário que ocorra mudanças nos antigos modelos de ensino/aprendizagem e se abra espaço para uma educação realmente inclusiva. Dentro dessa nova postura da escola é primordial que se faça mudanças na parte física, na estrutura curricular, na formação de educadores preparados para sanar todas as dificuldades que o aluno incluído possa apresentar, na parceria entre todos que trabalham na educação, enfim possibilitar ao aluno receber ensino de qualidade, independente de sua deficiência.

O objetivo principal dessa pesquisa é reconhecer os desafios existentes na inclusão dos alunos com deficiência auditiva na escola regular. Com base nesse objetivo, que abrange todo o processo inclusivo, muitos outros poderão ser atingidos, como: contribuir na conscientização sobre a importância da escola inclusiva; conhecer ações pedagógicas necessárias ao processo inclusivo; identificar e analisar as adequações necessárias para que ocorra a inclusão; compreender o processo de inclusão escolar, independente da necessidade do aluno incluído e mostrar a importância da capacitação profissional para o processo ensino/aprendizagem.

A educação das pessoas surdas, por muitos anos, desenvolveu-se de forma preconceituosa, obedecendo a um padrão pré-estabelecido de evolução em que prevaleceu a desigualdade social. Ultimamente esse modelo de educação vem mudando e mostrando que o deficiente auditivo tem direitos garantidos por leis que permitem acesso igualitário na escola regular, oportunidades de trabalhar e de ser respeitado como pessoa.

        O trabalho baseou-se na pesquisa bibliográfica de obras de autores que conhecem e defendem a inclusão do deficiente auditivo, e está dividido em três capítulos que vão tratar respectivamente: O primeiro capítulo definirá o que é educação inclusiva? O segundo capítulo mostra que a inclusão é um desafio contínuo para todos, e o terceiro capítulo ressalta as mudanças necessárias para incluir o deficiente auditivo. Em cada capítulo serão discutidas as formas como cada autor pesquisado, defende a inclusão dos alunos com deficiência auditiva, mostrando que a inclusão muitas vezes pode ser um desafio, porém em muitos casos, torna-se a única solução para o desenvolvimento desses alunos, considerados “especiais” poderem se desenvolver integralmente, individualmente, socialmente e terem uma vida “normal” dentro de suas possibilidades e capacidades.

Portanto, a proposta desse trabalho é mostrar que os desafios existentes na inclusão do deficiente auditivo são muitos, porém podem ser superados desde que haja colaboração e união dos familiares, dos profissionais envolvidos no processo inclusivo e da sociedade.  Nesse sentido, torna-se fundamental destacar a importância de fazer valer as leis existentes, em que os indivíduos com necessidades especiais sejam respeitados, tenham dignidade e sejam considerados e vistos como cidadãos. E é por meio de uma educação de qualidade, que respeite as diferenças, é que isso vai ser tornar realidade.

Desenvolvimento

1 O que é educação inclusiva?

O termo educação inclusiva, para alguns professores é popular como um processo educacional que tem como objetivo inserir alunos que portam alguma deficiência, nas escolas regulares, desde que sejam considerados capazes de se integrar na rede regular de ensino e acompanhar os demais alunos, considerados “normais”. Porém, não é uma adequação fácil, pois é comum ouvir críticas relacionadas à prática da introdução de crianças com deficiência na escola regular, que apontam o fato de que, na maioria dos casos essas crianças são retiradas de escolas especiais e simplesmente deixadas numa sala de aula regular, sem professores preparados para ensiná-las, sem materiais pedagógicos apropriados, sem suportes terapêuticos ou tecnológicos. Para Sassaki (2002) o resultado dessa desastrosa prática é óbvio, pois:

Essas crianças aprendem muito pouco ou praticamente nada aprendem, além de às vezes prejudicarem os alunos sem deficiência. Nós sempre concordamos que essa situação realmente ocorre, porém deixamos claro que ela nada tem a ver com o processo de “inclusão escolar” (ou educação inclusiva) e com os procedimentos de uma escola inclusiva. (SASSAKI, 2002, p.16).

Observa-se que a situação citada envolve escolas que aceitaram receber alunos com deficiência sob a condição de que esses alunos se adaptem ao sistema escolar vigente, provando que esses alunos serão capazes de acompanhar o ritmo de aprendizagem de seus colegas e de contornar as barreiras arquitetônicas e de comunicação existentes, na maioria dos casos sem apoio ou atendimento educacional especializado. Desta forma, acredita-se que as escolas que assim agem poderiam ser chamadas de escolas integradoras, e não de escolas inclusivas. Pois essas escolas, no que se refere a alunos com deficiência, funcionam sob o modelo da integração social, segundo o qual elas recebem alunos com necessidades especiais desde que eles tenham sido preparados e considerados aptos para estudar com alunos não-deficientes. As escolas integradoras não esperam adequar seu sistema as necessidades educacionais especiais dos alunos com deficiência, e sim que os alunos deficientes se adaptem a escola. Sobre a integração escolar Carvalho (1999) comenta:

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