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A INDISCIPLINA E O PROCESSO EDUCATIVO

Por:   •  1/10/2015  •  Monografia  •  3.620 Palavras (15 Páginas)  •  454 Visualizações

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INDISCIPLINA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

INTRODUÇÃO:

Segundo Teresa Cristina R. Rego, no artigo A INDISCIPLINA E O PROCESSO EDUCATIVO: uma análise na perspectiva vygostskiana, [pic 1][pic 2]

Somos todos seres complexos dotados de diferentes habilidades e com um mundo de possibilidades a nossa frente. É preciso explorar este novo ambiente que se apresenta e unir o dever ao prazer dentro da escola.

Com este estudo, pretendemos:

- refletir sobre o tema e identificar os fatores externos e internos que possam gerar a indisciplina em sala de aula;

-buscar estratégias que possibilitem amenizar as questões de indisciplina em sala de aula;

-estabelecer relação entre prática docente e teorias a cerca do tema;

- buscar possíveis soluções que possam ser aplicadas em nossas futuras atuações docentes;

- refletir e questionar sobre o excesso de diagnósticos clínicos traçados para justificar a indisciplina;

- refletir sobre a existência real da indisciplina em sala de aula. Os alunos são indisciplinados ou pouco envolvidos/ motivados?

Acreditamos que o aprofundamento do estudo deste tema, poderá beneficiar muitas pessoas e a nós mesmas, pois ele apontará novas possibilidades de atuação, mostrando que o papel do professor hoje, vai muito ale de simplesmente transmitir conteúdos e que ser aluno é muito mais do que meramente ser o receptor de conteúdos muitas vezes sem significado.

Toda a estruturação do trabalho terá como base a bibliografia básica estudada durante o curso de Pedagogia, nossa vivência durante os estágios, e experiências iniciais na área de docência.

CAPÍTULO I :

IDENTIFICAR FATORES EXTERNOS E INTERNOS QUE POSSAM GERAR A INDISCIPLINA EM SALA DE AULA.

1.1- fatores externos

1.2- fatores internos

Segundo Luciana Afonso Soares Santos, no artigo INDISCIPLINA ESCOLAR: POSSÍVEIS CAUSAS E SOLUÇÕES, a indisciplina pode estar ligada a fatores internos e externos à própria escola. Respeitando a realidade e a individualidade de cada aluno, é necessário que compreendamos que ele faz parte da sociedade, e como cidadão, têm direitos, mas, sobretudo, deve ter responsabilidades e deve-se comprometer aos deveres do meio social em que vive. Portanto, para trabalhar com o conceito de indisciplina em sala de aula, se faz necessário um trabalho que englobe toda a comunidade escolar (alunos, professores, pais e funcionários), a formação contínua dos professores para a atualização de sua didática, dos temas e conteúdos propostos em sala de aula.

Sabe-se que para viver em sociedade precisamos seguir regras sociais, e estas estão de acordo com o meio cultural em que vivemos, notamos que, as regras que se concentram no âmbito escolar vão de encontro com uma realidade demasiadamente modificada pelas relações sociais.

Historicamente, segundo Damke (2006, p.1), “o conceito de disciplina vai estar fortemente associado à noção de controle sobre a conduta, contado com diversos aparatos tais como avaliação educacional”. Vem a ser quesito necessário para um bom desempenho escolar, pois esta se encontra atrelado a regras de convivências que mais tarde se apresenta em outros campos de convivências, como por exemplo,o trabalho profissional e a faculdade. A respeito de que momento se deve iniciar a conscientização quanto à disciplina escolar Souza afirma que:

[...] é bem cedo, na escola, que têm origem os problemas observados no ensino superior. A criança vai se auto-regulando nesse espaço conturbado,internalizando (segundo Vigotski) as atitudes sociais, sem que haja uma intervenção efetiva no processo de formação de valores. Como as atitudes não são discutidas, nem os valores, as crianças crescem entendendo que é possível se comportar de determinada forma, mesmo porque convivem com modelos de comportamento semelhantes. (SOUZA, 2004, p.2).

1.1 – Indisciplina: Fatores Externos

A escola sofre reflexos do meio em que está inserida. O problema disciplinar é freqüentemente, repercutidos nos conflitos da família e do meio social envolvente.As pessoas que rodeiam o aluno, mais propriamente as pessoas de família, influem muito no seu comportamento, portanto os pais são os primeiros educadores. A extraordinária influencia dos que quotidianamente tratam com os alunos reflete-se em muitos dos atos praticados por eles. A ação da família começa desde o berço, muito antes da ação da escola. Tendo uma grande importância à ação familiar na tarefa educativa, reconhecida pela escola, nela impõe-se uma intima colaboração, que deverá significar a ajuda mútua na consecução do ideal educativo.

Hoje, a posição do aluno é muito diferente da que conheceram o seu pai e o seu avô. Estes viveram entre a família e a escola. Em meios homogêneos, com toda a gente admitia os modos de vida aceitos pela maioria e rejeitava quaisquer outros. Com o efeito da evolução das condições gerais de vida, em todos os meios, as crianças tornaram-se mais independentes, menos dispostas a obedecer à autoridade dos adultos.

Hoje, vive-se numa sociedade onde crianças e jovens em alguns casos não têm limites, nem tão pouco, regras.

(...) as crianças de hoje em dia não tem limites, não reconhecem a autoridade, não respeitam as regras, a responsabilidade por isso é dos pais, que teriam se tornado muitos permissivos. (AQUINO, 1998, p.7).

Podemos observar que atualmente algumas crianças, tornaram-se indisciplinadas, sem limites, sem regras, ou seja, desconhecem uma boa educação; acham que são donos de si, e que não precisam receber ou respeitar ordem de ninguém.

As crianças indisciplinadas não admitem receber ordens e não aceitam regras, nem tão pouco, limites impostos pelo professor ou pela escola. Assim podemos ver que a indisciplina lamentavelmente gera graves transtornos, em sala de aula e até mesmo na escola, demonstrados através do descumprimento de regras como também pela falta de limites que os alunos evidenciam desafiando aos professores por meio de atividades agressivas.

Esse tipo de criança chega à escola, quer fazer o mesmo na sala de aula, grita e dá ordens nos colegas, e quer até mesmo mandar a professora calar a boca. (Julio Groppa Aquino, 2003).

(...) a indisciplina se trata de um fenômeno escolar que ultrapassa

fronteiras socioculturais e também econômicas.

Segundo Aquino, a indisciplina realmente não existe somente atrás do meio sociocultural, ou econômico, ela nasce também através da falta de afetividade, do resgate de valores. Em um ambiente onde não há compreensão, dialogo amor e socialização familiar; com certeza tem-se um sentimento de revolta, e desgosto e uma criança que nasce em um lar desequilibrado; onde não existe a afetividade familiar, logicamente, sentirá rejeitado pela vida, o desanimado, e a tendência será descontar, em tudo e todos a sua revolta.

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