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A INTERFERÊNCIA DAS REGRAS ESTABELECIDAS EM SALA DE AULA, NA DISCIPLINA DE UMA TURMA DE 5º ANO, SOB A ÓTICA DO PROFESSOR E ALUNOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE IPATINGA

Por:   •  12/11/2018  •  Monografia  •  2.104 Palavras (9 Páginas)  •  344 Visualizações

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A INTERFERÊNCIA DAS REGRAS ESTABELECIDAS EM SALA DE AULA, NA DISCIPLINA DE UMA TURMA DE 5º ANO, SOB A ÓTICA DO PROFESSOR E ALUNOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE IPATINGA.¹

Grasiele Gonçalves de Mesquita²

Jeferson Antonio Gonçalves de Mesquita

        RESUMO        

O presente artigo tem como objetivo analisar qual a influência que as regras podem ter na disciplina de uma turma, com intuito de prevenir as expressões de indisciplina no ambiente escolar. Os professores, frequentemente, comunicam as regras de conduta em sala de aula sem uma discussão prévia com os alunos. Esta atitude não contribui para motivar os alunos a cumprir tais regras. Cabe ressaltar que quando o aluno participa da construção das regras, utilizadas em sala de aula, ele percebe suas necessidades e as cumprem com maior facilidade. Para comprovar tais afirmações, foi realizada uma pesquisa de campo e bibliográfica de autores como Vasconcellos, França,Boarini e Estrella. Foi observada uma turma do 5º ano e para poder confrontar a teoria com a prática, foi solicitado que a professora da turma respondesse um questionário sobre o assunto abordado. Os resultaram apontaram que as regras influenciam na disciplina da turma.

Palavras-chaves: Disciplina, Regras, Construção.

INTRODUÇÃO:

A indisciplina é um fator que implica no desenvolvimento de um ambiente escolar, sendo uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos docentes em seu dia a dia. Existe uma grande diferença entre indisciplina e disciplina, o sujeito indisciplinado faz o que quer e porque quer. Já o disciplinado faz o que deve quando pode e precisa fazer. O sujeito disciplinado é autodisciplinado, ou seja, esta disciplina vem de dentro para fora, ele compreende o que deve fazer, por isto o faz.

As questões que envolvem a disciplina passaram por várias transformações ao longo dos anos, o que no passado era considerado como disciplina com o tempo passou a ser visto como autoritarismo. E os filhos da repressão, quando assumiram o lugar dos pais, agiram no extremo oposto, com a ausência de regras e limites.

Hoje nos deparamos com uma sociedade que está perdida entre o excesso e a falta de limites ao disciplinar as crianças. Sabe-se que os alunos chegam à escola, muitas vezes, sem noção nenhuma de disciplina, e este comportamento é percebido em todas as etapas da educação.

Percebemos que os alunos têm muitas dificuldades de cumprirem as regras e os professores nem sempre sabem como reagir perante uma indisciplina deles. A partir desta observação surgiu o interesse de pesquisar sobre o assunto, visando perceber qual o melhor caminho para a construção dos limites que colaborem com o desenvolvimento da autonomia moral da criança.

A pesquisa tem como objetivo investigar como as regras definidas em sala de aula podem influenciar na disciplina e de que forma o professor pode atuar para minimizar a ocorrência de atos de indisciplina em suas classes. Para isso, partimos da seguinte questão de investigação. De que forma as regras estabelecidas em sala de aula pode influenciar na disciplina de uma turma do 5º ano? E ainda foram realizadas pesquisas bibliográficas com autores referências sobre o assunto, bem como observação e pesquisa de campo, com a finalidade de comparar as ideias dos teóricos pesquisados e opinião de profissionais que atuam nessa modalidade de ensino.

DESENVOLVIMENTO:

Para entender a influência que as regras podem ter no comportamento de uma classe, primeiramente precisamos conhecer o significado das palavras disciplina e indisciplina.

Segundo o Dicionário Aurélio disciplina significa:

Regime de ordem imposta ou livremente consentida, ordem que convém ao funcionamento regular duma organização (militar, escolar, etc.), relações de subordinação do aluno ao mestre ou ao instrutor, observância de preceitos ou normas, submissão a um regulamento.

Como definição da palavra indisciplina, segundo também o dicionário Aurélio, tem: procedimento, ato ou dito contrário à disciplina, desobediência, desordem e rebelião.

Sabe-se que as regras são importantes para um bom convívio em sociedades, visto que elas que determinam onde começam seus deveres e terminam seus direitos. Mas, infelizmente, os pais, que são os primeiros que deveriam ser responsável por construir e cobrar estas regras das crianças estão sem saber como disciplinar seus filhos.

De algumas gerações para cá, verifica-se uma mudança radical e significativa na posição dos pais quanto à colocação dos limites e das regras disciplinares em seus filhos. Antigamente, a maneira de educar os filhos seguia uma direção vertical, onde os pais exerciam sua autoridade, de cima para baixo, sem maiores questionamentos. Algum tempo depois, aquela geração, massacrada pelo autoritarismo, quando assumiu o lugar dos pais, agiu no extremo oposto, sendo que ocorreu em alguns casos a ausência total de regras e limites.

Chegou-se, inclusive, em alguns casos, a afirmar que não se podia dizer ‘não’ à criança, pois isso poderia ocasionar traumas à mesma. As consequências disso puderam ser sentidas em comportamentos antissociais vistos atualmente. E esta falta de disciplina gera a (in) disciplina como afirma Estrela (1995) a (in) disciplina pode ser pensada como negação da disciplina, ou como “desordem proveniente da quebra das regras estabelecidas pelo grupo.

Por tudo isso, foi agregado à escola, mais uma função, não por escolha, mas por imposição da sociedade, que cada vez menos prepara as crianças para ingressar no ambiente escolar. Por sua vez, o professor também não está preparado para conduzir sua turma, como afirma Estrela (1995 p. 65).

O professor produz e comunica normas sociais que julga necessárias para exercer sua ação pedagógica, e assim prescreve determinadas posturas e regras a serem aceitas, muitas vezes sem a devida discussão com os alunos, e sem que aquelas atendam às suas expectativas e necessidades.

As regras só funcionarão efetivamente, caso sejam feitas em conjunto com os alunos. Como visto na literatura, autores como Vasconcellos (1995), França (1996), Boarini (1998) e Estrella (2002) asseveram que propiciar a participação dos alunos na elaboração de normas e regras é uma maneira de lidar com questões de indisciplina em sala de aula, incentivar a responsabilidade de cumprir as normas que foram construídas coletivamente.

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