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A Literatura e Infância

Por:   •  22/10/2019  •  Seminário  •  1.470 Palavras (6 Páginas)  •  132 Visualizações

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LITERATURA E INFÂNCIA

Profª Alessandra C. de Freitas

Objetivo

Refletir sobre aspectos históricos da trajetória da Literatura para a infância.

Estabelecer a relação entre infância e literatura é reconhecer a inserção da criança no tecido social.[pic 1]

(AMARILHA, 2002)

Na sociedade antiga, não havia infância: nenhum espaço separado do mundo. As crianças trabalhavam e viviam junto com os adultos, testemunhavam os processos naturais da existência (nascimento, doença, morte), participavam junto deles da vida pública (política), nas festas, guerras, audiências, execuções, etc... tendo assim seu lugar assegurado nas tradições comuns: na narração de histórias, nos cantos, nos jogos .

(Richter, apud Zilberman, 1982, p. 40).

1 A DESCOBERTA DA CATEGORIA “INFÂNCIA”

Infância: primeiras correntes de pensamento humanista        (Séc. XVIII)

Revolução industrial - geração de braços para a

indústria e cabeças para o comando.

Alto Índice de mortalidade infantil

Desdobramentos: sentimento de infância

Inserção da criança no tecido social

Descoberta da categoria infância -        XVIII

Criação de escolas urbanas

Conceito de infância

Significado etimológico

Infantia - incapacidade de falar, mudez.

As imagens ao longo do tempo são expressivas desse modo de pensar a criança.

Sentido contemporâneo de criança:

ser que tem necessidades, interesses, motivos e modos de pensar específicos.

(FONTANA, 1997)

2 O CONCEITO DE CRIANÇA NA PRODUÇÃO LITERÁRIA

Literatura - “socializa, antecipa e constrói representações da criança que circulam na sociedade” (Amarilha, 2000).

Primeiro repertório: tradição popular

Fábulas

Contos de fadas

1810 – Manuscrito: A filha do Rei foi para o bosque e sentou perto de um poço. Ela pegou sua bola dourada e começou a brincar até que, de repente, o brinquedo rolou e caiu no poço. Da beirada do poço, a princesa assistiu a sua bola cair e ficou muito triste. Inesperadamente, um sapo esticou sua cabeça para fora da água e disse: “Do que estás reclamando?”. Então o sapo disse: “Se você me levar para casa com você, eu pegarei a bola dourada”.

Edição de 1812: Era uma vez a filha do Rei, que, num dia, foi para o bosque e sentou perto de um poço. Ela possuía uma bola dourada que era seu brinquedo favorito. A princesa jogava o brinquedo para o alto e o pegava, adorando a brincadeira. Numa das vezes, a bola foi jogada com muita força para o ar. Ela já havia esticado seus dedos para alcançar a bola quando esta caiu ao seu lado e rolou direto para o poço.

A filha do Rei olhou a cena com horror. O poço era tão profundo que se fazia impossível ver o fundo. Ela começou a chorar miseravelmente e reclamou: “Oh, eu daria qualquer coisa se eu pudesse ter minha bola de volta. Minhas roupas, jóias, pérolas ou qualquer outra cousa do mundo. Enquanto ela choramingava, um sapo esticou sua cabeça para fora da água e disse: “Princesa, por que estás se lamentando tão copiosamente? “Oh”, ela respondeu, “seu sapo nojento, você não pode me ajudar! Minha bola dourada caiu dentro do poço.” O sapo falou: “Não irei reclamar suas pérolas, jóias ou roupas, mas, se você me aceitar como seu companheiro, me deixando sentar ao seu lado na mesa e comer do seu prato de ouro, bem como dormir na sua cama, se você me amar e apreciar, daí pegarei sua bola para você.”

Edição de 1857: Num tempo antigo quando desejos ainda se realizavam, viveu um rei cujas filhas eram todas bonitas, mas a caçula era tão bela que o próprio sol, que já viu tanto, ficava atônito pela sua formosura cada vez que lhe iluminava sua face. Perto do castelo real existia um grande bosque escuro, e dentro deste repousava um velho carvalho. E quando o dia ficava muito quente, a filha do rei ia ao bosque e sentava perto de um poço de águas frias. Ela ficava entediada, pegava sua bola dourada e a jogava para cima e a pegava de novo, sendo esse jogo o seu favorito.

        Aconteceu que, um dia, a bola dourada rolou para a água, ao invés de cair de volta às pequenas mãos da princesa. A filha do rei seguiu o brinquedo com seus olhos, mas ele desapareceu no poço. O poço era profundo, tão profundo que não se enxergava seu fundo. Ela começou a chorar, e chorou mais alto e mais alto, pois não conseguia consolar-se de modo algum. E, enquanto lamentava-se, alguém a chamou. “O que te perturba, Princesa? Suas lágrimas derreteriam um coração de pedra”. E quando ela olhou para ver de onde a voz vinha não encontrou nada além de um sapo esticando seu grosso e feio pescoço para fora da água. “Ah, é você, velho nojento?” Ela disse. “Estou chorando porque minha bola dourada caiu no poço”. “Fique quieta e pare de chorar”, o sapo respondeu. “Eu posso te ajudar, mas o que você me dará em troca se eu te devolver a bola?” “O que você desejar, querido sapo”, ela disse. “Minhas roupas, pérolas e jóias e, até mesmo, minha coroa de ouro”. “Eu não gosto das suas roupas, pérolas  e jóias, e mesmo sua coroa de ouro, mas se você me amar e me deixar ser seu companheiro, me permitir sentar na mesa com você, comer do seu prato dourado e beber da sua taça, dormir na sua cama, se isto você me prometer, então mergulharei no poço e te devolverei a sua preciosa bola dourada”.

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