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A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO EDUCATIVO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL II

Por:   •  6/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.579 Palavras (11 Páginas)  •  2.022 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 DESENVOLVIMENTO 4

2.1 SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM INTERDISCIPLINARES..............................7

3 PLANO DE AULA................................................................................................9

4 CONCLUSÃO 12

5 REFERÊNCIAS 13

1 INTRODUÇÃO

O referido trabalho visa objetivar o conhecimento e a reflexão sobre as aplicações acadêmicas da Lei n. 11.645/08 no espaço educativo e também como construir atividades de cunho interdisciplinar referente a esta Lei, envolvendo as metodologias de ensino voltadas para o ensino fundamental.

A implementação da Lei supracitada, vem oportunizar que os estudantes problematizem a história de nosso país, ampliando-a no sentido de reconhecer e valorizar a nossa riqueza cultural.

É preciso além da publicação de materiais sobre tais temáticas, uma urgente política de formação continuada de capacitação para os professores.

2 DESENVOLVIMENTO

A inclusão da história e da cultura afro-brasileira e indígena nos currículos da Educação básica e Superior brasileira, através da promulgação das Leis 10.639, de 2003 e 11.645 de 2008 é um momento histórico ímpar, de crucial importância para o ensino da diversidade cultural no Brasil. Trata-se de um momento em que a educação brasileira busca valorizar devidamente a história e a cultura de seu povo afrodescendente e indígena, buscando assim reparar danos, que se repetem há cinco séculos, à sua identidade e a seus direitos. Esta inclusão nos currículos da educação básica amplia o foco dos currículos escolares para a diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira.

Verifica-se a importância de refletir sobre a teoria e a prática do ensino e aprendizagem de História, sendo necessário que [...] o aluno seja entendido como agente de sua formação, com ideias prévias e experiências diversas e o professor como investigador social e organizador de atividades problematizadas; o conhecimento histórico é visto a partir de sua natureza multiperspectivada e nos seus vários níveis: senso comum, ciência e epistemologia; as estratégias e recursos são múltiplos e intervenientes; a avaliação é feita a partir de todo o material produzido pelo aluno; e os efeitos sociais são focados nos agentes sociais. (SCHMIDT; GARCIA, 2006, p. 23).

É necessário levar em conta o que os alunos já sabem, como um dos elementos de referência para selecionar temas a serem trabalhados, realizar recortes e selecionar fontes, materiais e problematizações. A busca de fontes guardadas em arquivos familiares dos alunos leva-os a entender que a história não se restringe ao conhecimento veiculado pelos livros didáticos e o conteúdo de História pode ser encontrado em todo lugar (Schmidt e Garcia, 2006).

A metodologia também é valorizada na medida em que alunos e professor podem identificar os conteúdos na sua comunidade, como nas festas e comemorações locais, relações de poder local, na memória, como nos depoimentos e entrevistas (história oral).

Os conteúdos resignificados a partir da experiência dos sujeitos comuns podem passar a compor os currículos e materiais didáticos, de maneira a contribuir para a formação da consciência histórica crítico-genética. (SCHMIDT; GARCIA, 2006).

A Lei nº 11.645, de 10/03/2008 - Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

O que esta Lei altera no conteúdo programático da educação básica é a inclusão dos diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir dos dois grupos étnicos: africana e indígena. A lei enfatiza o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional. Resgata assim as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. Estes conteúdos não serão ministrados em forma de disciplina específica, todavia, será ministrado no âmbito de todo o currículo escolar, principalmente através das aulas de Educação Artística, de Literatura e História do Brasil (BORGES, 2010).

O conhecimento histórico vai além de medidas de tempo, o importante é que a criança compreenda mudanças e permanências existentes em diferentes sociedades humanas, construindo a narrativa ou explicação histórica, pois ao realizar esta narrativa a criança estará recuperando uma realidade (CABRINI, 1994).

Em relação às atividades de leitura, a escolha dos textos se dava pela necessidade de o educando entrar em contato com textos-modelo, reveladores do emprego adequado da linguagem, na arte de bem falar e, depois, do bem escrever. Além disso, o objetivo primeiro das atividades de leitura era exercitar a oratória e a interpretação é entendida como única, dada pelo mestre (hoje, certamente, substituída, em grande parte, pelas respostas, colocadas pelo autor dos livros didáticos, no Manual do Professor).

Esta concepção, linguagem como instrumento de comunicação, é constituída pelas ideias estruturalistas, as quais defendem ser a linguagem constituída por um sistema de códigos, conjunto de signos que se combinam conforme regras que permitem a transmissão de mensagens. Segundo Travaglia (2005), esses códigos devem ser dominados pelos falantes para que a comunicação aconteça.

Para essa concepção, a língua é um sistema articulado, ou seja, “estabelecemos comunicação porque conhecemos as regras da gramática de uma determinada língua” (COSTA, 2008, p. 115). Porém, deixamos claro que essas regras não são as instituídas pelos gramáticos, mas sim as internalizadas pelos falantes, manifestadas na fase de aquisição da linguagem, adquiridas por meio do contato social.

Os interlocutores e a situação de uso como determinante das unidades e regras que constituem a língua, não são considerados (TRAVAGLIA, 2005). Por esse motivo, nesta concepção, o indivíduo foi afastado do “processo de produção, do que é social e

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