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A ORTOGRAFIA SE APRENDE NA ESCOLA

Por:   •  7/3/2018  •  Artigo  •  4.275 Palavras (18 Páginas)  •  202 Visualizações

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU[pic 1]

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

                            FAVENI

ORTOGRAFIA SE APRENDE NA ESCOLA

        ELAINE DOS ANJOS BITENCOURT

                                        PORTO ALEGRE

                                                   2016

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU[pic 2]

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

                           FAVENI

ORTOGRAFIA SE APRENDE NA ESCOLA

        ELAINE DOS ANJOS BITENCOURT

[pic 3]

                                        PORTO ALEGRE

                                                   2016

     ORTOGRAFIA SE APRENDE NA ESCOLA

                                            Elaine dos Anjos Bitencourt

RESUMO

    O presente trabalho é resultado de um estudo realizado sobre o ensino da Língua Portuguesa e mais especificamente à ortografia. Teve como objetivo principal desenvolver o prazer em produzir um texto e ampliar os conhecimentos ortográficos do grupo pesquisado.  Através de situações motivadoras criamos oportunidades para que os alunos pudessem elaborar seus textos. Com os textos produzidos realizamos três coletas em momentos distintos e analisamos.

    A partir de cada coleta e análise, atividades sistemáticas de reflexão foram planejadas no sentido de contemplar as dificuldades encontradas.

    Com os resultados obtidos podemos concluir que o grupo ampliou significativamente seus conhecimentos quanto as questões ortográficas assim como desenvolveu o prazer pela produção textual.

 

Palavras-chave: Língua Portuguesa, ortografia, produção textual, reflexão.


1-INTRODUÇÃO

  

    O ensino da língua materna vem apresentando grandes avanços. Em muitas escolas desenvolve-se projetos pedagógicos com a finalidade de propiciar aos alunos e alunas saberes significativos fugindo da gramática normativa, e de exercícios descontextualizados. Mesmo com este movimento, a pressão pela continuidade do ensino convencional, com suas regras e nomenclaturas, continua sendo presença constante em nossas escolas, cobrada por parte de pais, mães e muitos educadores e educadoras. No entanto, o ensino da ortografia continua sendo tratado como um saber à parte, visto com um olhar preconceituoso, distorcido e de profundo descaso.

    Justificamos este estudo, por acreditar que é necessário um olhar atento sobre as questões ortográficas, tendo a ortografia como um objeto de conhecimento e reflexão.           Despertou nossa atenção o fato dos estudantes apresentarem tantos erros ortográficos e um grande desprazer em escrever, demonstrando claramente o quanto era desconfortável a proposta de produzirem um texto. Várias justificativas surgiram como “minha mão dói”, “não tenho lápis”, era preciso muita argumentação para que realizassem a atividade.

    Segundo Joseth Jolibert (1994, p 16), “...é preciso que em cada criança o ato de escrever não seja sinônimo de trabalho enfadonho, bloqueio e fracasso mas que evoque, em vez disso, projetos realizados graças a escrita.” Embasadas nas palavras da autora, formulamos a hipótese de que o prazer de ler e escrever não haviam sido despertados neste grupo de estudantes.

    A partir dessas constatações surgiu a necessidade de organizar um trabalho que levasse este grupo à gostar de escrever, a dar importância para o que escrevem e como escrevem, utilizando-se da língua escrita segundo as convenções ortográficas.  Organizado este trabalho passamos a desenvolver as atividades com o grupo, para no próximo momento analisar os resultados obtidos.  

    O método de pesquisa por nós utilizado foi a análise das produções textuais dos alunos, identificando seus avanços, suas trocas e /ou omissões ortográficas. Nesse sentido, embasamos nossa analise em Artur Gomes de Morais, Daniel Alvarenga, Ivany e seus estudos sobre a ortografia.

    Em consonância com as ideias de Ivany Ávila (1999) quando diz que “...professores e professoras ensinam sim e tem o papel importante neste ato de ensinar bem”. Acreditamos que a escola ao não ensinar, contribui para as divisões sociais e fundamentamos nossos estudos em Michel Foucault e a complexa relação entre poder e conhecimento.

    Ao finalizar apresentamos os resultados obtidos com o trabalho proposto, que levou nosso grupo de alunos a superar suas queixas iniciais quanto à produção textual. Assim como, escrever segundo as normas ortográficas.

2. SITUANDO O LEITOR

    Esta pesquisa foi realizada em uma escola federal no município de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, com uma turma do 5º ano de escolarização. Este grupo era constituído por 29 crianças, na faixa etária de 10-11 anos. Eram crianças muito participativas que gostavam de pesquisar, desenhar, pintar e não apresentavam nenhuma resistência a exercícios matemáticos. Aceitavam com motivação as propostas de trabalho, desde que não incluísse a produção textual e principalmente a revisão ortográfica.

    Serviram como motivação e inspiração para a realização deste trabalho nossas convicções de que os alunos são seres ativos, dinâmicos, curiosos que emitem opiniões, sugerem, questionam, pensam e interagem com seu conhecimento.

    O trabalho pedagógico desenvolvido com essa turma é o tema deste texto.

2.1 DISCUTINDO O TRABALHO PEDAGÓGICO

    O trabalho pedagógico proposto foi dividido em três períodos. Sendo que, em cada período foram desenvolvidos uma sequência de atividades, com objetivos específicos e coletados um conjunto de textos de cada estudante em momentos distintos.

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