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A RELAÇÃO EDUCADOR-EDUCANDO: INFLUÊNCIAS NA PERMANÊNCIA DOS ESTUDANTES NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Por:   •  10/11/2017  •  Projeto de pesquisa  •  3.088 Palavras (13 Páginas)  •  538 Visualizações

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RELAÇÃO EDUCADOR-EDUCANDO: INFLUÊNCIAS NA PERMANÊNCIA DOS ESTUDANTES NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Resumo: Este projeto propõe-se a observar a relação educador-educando na Educação de Jovens e Adultos e a verificar se esta relação possui um papel relevante na permanência dos estudantes na escola. Esta investigação será feita por meio de pesquisas bibliográficas, observação de aulas na escola Prof.ª Ione Gonçalves de Oliveira de Conti, localizada em Guarulhos, e entrevistas com educandos e educadoras. Com isso, a partir dos resultados obtidos nesta pesquisa, busca-se entender um pouco mais sobre as causas da evasão na EJA e pretende-se apontar propostas de intervenção a fim de superá-la.

Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos; EJA; relação educador-educando; permanência e evasão escolar

Sumário

Apresentação 4

Justificativa 6

Objetivos 9

Hipótese 10

Metodologia 10

Cronograma 11

Resultados esperados 11

Riscos e dificuldades 12

Referências 12

Apresentação

De acordo com a legislação, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino destinada àqueles que não tiveram oportunidade de concluir ou mesmo que não tiveram acesso à educação básica na idade própria.

Os movimentos sociais de cultura e de educação popular da década de 60 - assim como a atuação do educador Paulo Freire neste contexto - incitaram a implementação da EJA como um direito.

O texto da Constituição Federal de 1988, em seu artigo 205, diz que: a educação é um direito de todos e um dever do Estado e da família. Tendo como princípio que toda e qualquer educação:

será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (CF, art. 205)

Historicamente, muitos foram os pareceres, leis e resoluções que procuraram regulamentar o ensino “supletivo” e seus exames de certificação. Na década de 90, com a criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96), a EJA passa a ser considerada uma modalidade da Educação Básica nas etapas do Ensino Fundamental e Médio, com especificidade própria.

Segundo esta mesma lei, as aulas do Ensino Fundamental, bem como os exames que compreendem a base nacional comum do currículo, são abertas para alunos a partir de 15 anos. Já os interessados em concluir o Ensino Médio precisam ter, no mínimo, 18 anos. Além disto, os módulos de 6 meses cada são equivalentes aos anos e séries do ensino regular.

No que diz respeito ao “currículo” da EJA, sua concepção está fundada, predominantemente, no legado da educação popular e dos movimentos sociais, sobretudo a partir das perspectivas de Paulo Freire, que problematizava a educação tradicional, chamada de “bancária” e assumia a educação como um espaço de luta entre as classes sociais.

Deste modo, as experiências sociais dos educandos, os percursos e biografias, o mundo do trabalho e as suas representações, deveriam ser tomadas como base das escolhas sobre o que ensinar e como ensinar.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, elaboradas pela Câmara de Educação Básica (CEB) do Conselho Nacional de Educação (CNE) a partir do Parecer nº 11/2000, estabelecem as funções da EJA, das quais: a função reparadora (que é a garantia dos direitos civis e do direito a uma escola de qualidade e o reconhecimento dos princípios de igualdade e liberdade); a função equalizadora (que efetiva o caminho de desenvolvimento de todas as pessoas, de todas as idades, como trabalhadores, donas de casa, migrantes, aposentados, encarcerados, etc.); e a função permanente ou qualificadora (que é o próprio sentido da EJA: uma educação que permite o desenvolvimento do potencial humano, podendo se enquadrar em quadros escolares ou não escolares).

A respeito do princípio de igualdade a lei estabelece uma igualdade que não reconhece (ou que não deveria reconhecer) qualquer forma de discriminação e de preconceito com base em origem, raça, sexo, cor, idade, religião, entre outros.

Mas, infelizmente, em sua grande maioria, a realidade dos sujeitos que cursam esta modalidade de ensino é cercada por diversas espécies de preconceitos.

Muitas vezes, são indivíduos estigmatizados pela sociedade e que por si só não conseguem se identificar com a construção social de “escola”, ou seja, com a construção de uma identidade institucional de estudante. E que, por esse motivo, não conseguem se encaixar nesta cultura escolar que o modelo da educação formal apresenta.

As dificuldades de aprendizagem são julgadas como “falta de esforço” ou mesmo “incapacidade intelectual” e o tempo destinado aos estudos concorre com outras atividades imediatas, como o trabalho, a família, etc.

A incompatibilidade de horários, a frustação com os resultados da aprendizagem, somadas ao cansaço físico e ao desgaste psicológico e emocional são alguns dos fatores que fazem com que os jovens e adultos abandonem a escola, fenômeno descrito pela legislação como “evasão escolar”.

Segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , a taxa de evasão escolar entre jovens de 18 a 24 anos chega a quase 40%. Sendo que, entre os fatores responsáveis por esta evasão está a baixa qualidade do ensino e as altas taxas de reprovação.

Na EJA, os desafios enfrentados para a permanência dos estudantes na escola têm relação direta com a “não obrigatoriedade”, ou seja, os sujeitos que frequentam esta modalidade de ensino estão ali por sua livre e espontânea vontade, porque além de entenderem a importância da educação, estão ali porque desejam e/ou precisam.

E é justamente por este motivo que, ao se sentirem desmotivados e considerarem que a formação que estão recebendo não se dá de forma significativa em suas vidas, eles desistem dos estudos e deixam a escola.

Para Cesar Callegari, sociólogo

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