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A UNIVERSIDADE NO SÉCULO XXI: EM BUSCA DE UMA EDUCAÇÃO PARA A AUTONOMIA E A SUPERAÇÃO DA CRISE DOS PARADIGMAS MODERNOS

Por:   •  4/6/2021  •  Projeto de pesquisa  •  774 Palavras (4 Páginas)  •  115 Visualizações

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A UNIVERSIDADE NO SÉCULO XXI: EM BUSCA DE UMA EDUCAÇÃO PARA A AUTONOMIA E A SUPERAÇÃO DA CRISE DOS PARADIGMAS MODERNOS1

TEXTO 3

Desde o seu surgimento oficial, ainda na Idade Média, a Universidade assumiu diversos papeis e funções no processo de construção da sociedade, sob a liderança da Igreja Católica, que detinha o poder religioso, político e econômico da época, porém estava vivendo uma crise, inserida em um contexto de grandes transformações sociais, mudança nos modos de produtividade econômica, que abalavam diretamente suas estruturas, questionando as verdades cristãs; e ao tomar “consciência do papel que elas (universidades) podiam desempenhar, ao colocar à disposição da Igreja e do Estado um pessoal intelectualmente qualificado" (VERGER, 1990, p. 43), utilizaram-na como instrumento de fortalecimento dos poderes, controle social e subordinação das massas menos favorecidas, e, portanto, seria a detentora única de um saber privilegiado, a serviço de formação de teólogos, que disseminariam os preceitos cristãos, e a Universidade, por fim, serviria como guardiã da fé.

Diante dessa situação, um dos grandes desafios para as instituições de ensino superior (universidades, faculdades, institutos) está na construção de um ensino de qualidade, que oportunize a todos, o crescimento intelectual individual e coletivo, partilhado através das pesquisas desenvolvidas em âmbito acadêmico; o exercício da cidadania e da consciência crítica; entre outras demandas da sociedade globalizada e informatizada, que rompe os limites do velho tradicionalismo e aponta para novas tecnologias de produção do saber humano.

As configurações de um tempo moderno e altamente capitalista e tecnológico trazem grandes desafios a todos os setores da sociedade, e principalmente a Universidade, como instituição mantenedora de um saber cultural historicamente consolidado. Neste panorama, dentro do próprio espaço acadêmico, muitas discussões cerceiam a questão da promoção de um ensino de qualidade, articulado entre toda a comunidade universitária, no compromisso de formar para o exercício da cidadania e da democracia.

A universidade não deve ser o lugar de respostas, mas o espaço de encontro de culturas, em que a partir deste envolvimento, sejam formuladas perguntas, que deverão ser levadas a cabo de uma discussão maior, envolvendo todas as esferas sociais. A produção, sistematização e socialização (ensino, pesquisa e extensão) do conhecimento só acontecerá mediante a adoção de um conceito de Universidade, como espaço de pertencimento, 11 libertação das amarras da ignorância e valorização da liberdade de pensamento autônomo e criativo, como respostas as mazelas da sociedade. Nessa perspectiva, a educação só será de qualidade, quando os detentores do poder (governantes, instituições), aliados aos detentores do saber (professores e alunos) trabalharem de maneira congruente, que se abandone a concepção docente de mera transmissora do conhecimento acadêmico; substitua o ensino que se limita a transmissão de conteúdos e informações (produto), por um ensino que se constitua em processo de investigação do conhecimento; mas enquanto isso não se efetivar na prática, prevalecerá à fragmentação e “hiperespecialização” (BEHRENS, 2005) do conhecimento, fator que fragiliza o trabalho docente de sala de aula e a qualidade do ensino como um todo.

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