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A UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS CONCRETOS NA ABORDAGEM MATEMÁTICA DO ENSINO FUNDAMENTAL

Por:   •  2/12/2017  •  Projeto de pesquisa  •  2.895 Palavras (12 Páginas)  •  407 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA

CÂMPUS SANTA ROSA

UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS CONCRETOS NA ABORDAGEM MATEMÁTICA DO ENSINO FUNDAMENTAL

TRABALHO DE PRÁTICA DE ENSINO DA MATEMÁTICA II

COMPONENTES: ADEMIR STUMM, CHANAEL PISKE, PAULO HENRIQUE RÖPKE E VILMAR HENNEMANN

Santa Rosa

2017

1.Introdução

        O seguinte trabalho tem como objetivo observar os benefícios da inserção de aulas lúdicas na matéria matemática, bem como questionar a eficiência das aulas consideradas tradicionais, fazendo-nos pensar se estas são a melhor solução no ensino matemático, bem como explorar novas opções para um entendimento baseado na percepção dos sentidos, fazendo um contraponto às aulas puramente teóricas

  • O problema

        Os professores das escolas municipais utilizam materiais concretos no ensino da matemática durante as séries iniciais do ensino fundamental, esses materiais tem a capacidade de facilitar o entendimento do conteúdo pelo aluno e a escola disponibiliza tempo e espaço suficiente para a aplicação destas atividades diferenciadas?

1.2 Justificativa

        A matéria Matemática é tida por muitos alunos como sendo de “difícil entendimento” e que “apenas gênios conseguem decifrar seus códigos”, e isso cai na justificativa de que esta é abordada de maneira extremamente teórica, onde os alunos precisam “imaginar” certas situações para resolver os mais diversos problemas relacionados a esta área.

Nota-se, nos moldes de ensino matemático atuais, uma busca pelo conhecimento chamado empírico, o qual aproxima a forma de entendimento da matéria em si com a realidade, possibilitando uma palpabilidade e formulação de novas hipóteses a partir desta manipulação. Nesse sentido, a aplicação de jogos e brinquedos lúdicos pode aproximar a matéria matemática do estudante, facilitando o entendimento e ajudando a construir um senso crítico próprio.

2. Objetivo

        Analisar os efeitos da inserção de materiais concretos na aula de matemática, a fim de estabelecer um parâmetro ideal para esse modelo de ensino, verificando sua eficácia e até que ponto o aluno se apropriará do conteúdo através dele e tendo um outro ponto de vista aos métodos tidos como tradicionais.

2.1 Objetivos específicos

Conhecer os meios concretos utilizados pelos professores na explicação dos conteúdos matemáticos.

Verificar se por meios concretos de ensino os alunos tem um melhor aproveitamento do conteúdo explicado.

Descobrir se a escola fornece esse espaço e tempo necessários para a aplicação de aulas mais dinâmicas.

3. Hipótese

        Apenas alguns conteúdos específicos da matemática possibilitam a criação ou a utilização de materiais concretos.

A falta de tempo para a aplicação do conteúdo faz com que os professores não optem por aulas mais dinâmicas de explicação.

Ao utilizar materiais concretos os alunos aprendem muito mais facilmente os conteúdos que exigem um maior entendimento de formulas.

4. Referencial Teórico:

        4.1 Jean Piaget (1896 – 1980)

        Piaget foi um biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço, famoso por suas teorias sobre a aprendizagem infantil e considerado um dos maiores pensadores do século XX.

 Com o intuito de explicar como o homem é capaz de atingir patamares de conhecimento tão avançados, Piaget criou um campo de investigação voltado ao desenvolvimento infantil a fim de acompanhar sua evolução até a fase adulta, quando o pensamento adquire maior elaboração. Segundo ele, até atingir a capacidade plena de raciocínio no início da adolescência, o desenvolvimento infantil passa por quatro estágios:

•        ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR (0 a 2 ANOS) – O bebê começa a construir esquemas de ação a partir de reflexos neurológicos básicos. A inteligência é prática e as noções de tempo e espaço são construídas pela ação direta com o meio como, por exemplo, pegar objetos e levá-los a boca.

•        ESTÁGIO PRÉ-OPERATÓRIO (2 a 7 ANOS) – Estágio da inteligência simbólica, caracterizado pela interiorização dos esquemas de ação elaborados a partir do estágio sensório-motor e pela aquisição da linguagem como forma de expressão.

•        ESTÁGIO OPERATÓRIO CONCRETO (7 a 11 ANOS) - Desenvolvimento da noção de tempo e espaço e capacidade de abstração da realidade. A criança já não se limita a uma representação imediata, mas ainda depende muito do mundo concreto para chegar à abstração.

•        ESTÁGIO OPERATÓRIO FORMAL (12 ANOS EM DIANTE) – Nesta fase a criança amplia as capacidades conquistadas na fase anterior e é capaz de pensar em todas as relações possíveis a partir de hipóteses que não dependam necessariamente da observação da realidade. A representação permite, portanto, a abstração total e o organismo atinge assim seu equilíbrio.

Uma criança, quando nasce, apresenta poucas estruturas cognitivas, que da mesma forma pode ser chamado esquemas, e à medida que se desenvolve, seus esquemas tornam-se generalizados, mais diferenciados e mais numerosos. NITZKE et al (1997a) escreve que os esquemas cognitivos do adulto são derivados dos esquemas sensório-motores da criança. De fato, um adulto, por exemplo, possui um vasto arranjo de esquemas comparativamente complexos que permitem um grande número de diferenciações e conceitos.

Conforme Cunha (2002), Piaget considera que o processo de construção do conhecimento inicia-se com o desequilíbrio entre o sujeito e o objeto. Para ele, a origem do conhecimento por parte do sujeito envolve dois processos complementares e por vezes, simultâneos. O primeiro é chamado de “assimilação” e o segundo de “acomodação”.

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