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A VIOLÊNCIA E O MEDO NAS ESCOLAS

Por:   •  10/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.438 Palavras (10 Páginas)  •  331 Visualizações

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A VIOLÊNCIA E O MEDO NAS ESCOLAS

Letícia Cristina França

        

Resumo: O presente artigo trata do clima vivido na maioria das escolas públicas com relação ao comportamento de alunos, o medo e sugestões para mudar este clima de terror vivido por alunos e professores.

Palavras Chave: Educação, Violência na Escola, Possíveis mudanças.

Introdução:

        Este artigo tem como objetivo entender o motivo de tanta violência nas escolas.

        Porque isso esta causando angustia  e desanimo nos professores. Não adianta tapar os olhos, fingir que não esta acontecendo, ou que vai  passar se não for tomada uma providência com punhos fortes esse problema só vai piorar.

        Será a falta de autoridade dos pais? Será a proteção em excesso dos pais, devido não ficar o tempo necessário com seus filhos, tentam suprir essa falta, sendo subordinados aos filhos?

        Ou será ainda a autoridade tirada dos professores em salas de aula?

        Esse problema da violência nas escolas é muito grave, e tem que ser tratado imediatamente, enquanto tem cura, se não em um futuro não muito longe não haverá mais professores, ou terão que dar aulas através de vidros a prova de balas sem qualquer contato com os alunos. E isso seria o fim da educação.

        Não podemos deixar que isso aconteça, vamos à luta, temos que nos unir para salvar nossos alunos, e a profissão mais importante do mundo, porque sem o professor não existiria nem um outro profissional.

        Os pais tem que dar autoridade aos professores, porque enquanto seus filhos estão nas escolas, são eles os responsáveis por suas vidas, fazendo assim papel de seus pais.(Francisco, Francisco, 2008)

Onde mora o medo?

Mora no aluno que tem de ir para a escola porque tem uma gangue lá nas redondezas esperando para atacar alguém, mora no professor que tem de ir para a escola dar aulas e lidar com um aluno rebelde usuário de drogas, mora no diretor que tem de dirigir a escola rodeada de insegurança, mora nos pais que temem os riscos da violência que podem sofrer seus filhos ao se dirigirem para as escolas.

Segundo o dicionário Aurélio (2006), o medo seria: “Sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real ou imaginário, de uma ameaça; susto, pavor, temor, terror”.

Ao falar em medo nas escolas fica evidente que o “perigo” causador do medo é a violência. A violência mostra-se cada dia mais presente na vida das pessoas. Seja por meio do jornal ou de desagradáveis experiências vivenciadas. Percebe-se que é impossível mostrar-se indiferente a esta triste realidade, mas o que fazer com relação ao medo que toma conta do meio escolar e quais ações podem ser tomadas para mudar esse quadro?

Primeiramente é preciso definir um conceito de violência. Esse é um ponto muito discutido na literatura nacional e internacional, visto que gera conflitos de idéias. Para alguns, violência é aquela que está na Legislação (Código Penal), ou aquela que é apresentada na mídia vestida principalmente pela face da morte. A violência que mata não é a principal presença na escola. Por isso se faz necessária a reflexão sobre outros tipos de violência como: a simbólica, a física e aquela praticada contra o patrimônio escolar dentre outras. Segundo Abramovay (2006):

“Violência são atos reais, muitas vezes de sangue, de órgãos arrancados, de gritos, de pessoas desfiguradas: é o que dói. Mas nem todas as dores são físicas e, não necessariamente, todos sentem a dor com a mesma intensidade e da mesma maneira, pois em cada época e em cada sociedade as representações  e os sentimentos em relação à violência variam.”

O objetivo deste artigo é promover a reflexão sobre o medo nas escolas e sua fonte geradora, ou seja, a violência. Espera-se que as reflexões feitas possam auxiliar a busca de alternativas para solucionar ou diminuir esse grave problema.

Medo de quê? Por quê?

Algumas escolas brasileiras têm sido atualmente áreas de diversos conflitos e tensões. O resultado disso é o fenômeno do medo presente em todos os atores do contexto escolar, ou seja, pais, alunos, funcionários, professores, gestores e comunidade sofrem com o medo de estar na escola ou próximo dela.

Mas a escola não é espaço para se educar?

Imagina-se que a escola é o lugar onde se formam cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, onde os valores de uma sociedade ética e justa são disseminados e onde o conhecimento é trabalhado na intenção de se desenvolver condições melhores de vida para a sociedade. Sendo assim não caberia na escola lugar para a violência. Estas afirmações nos remetem a alguns questionamentos como:

  • Escolas registrando ocorrências e mais ocorrências em delegacias, isto é normal?
  • Onde estão as famílias que deveriam educar melhor seus filhos e não deixá-los ir para as ruas e conseqüentemente se tornarem seres tão violentos?
  • A escola seria mais uma zona de conflitos dentro da nossa sociedade?
  • Escolta para professores saírem da escola, o que é isso?
  • Aluno que ameaça outros alunos e professores, onde ele aprendeu a fazer isso? (Lage, 2002)

Um fato ocorrido em uma escola pública de uma cidade do interior do Estado de São Paulo nos chamou atenção quanto a extensão do problema. A direção da escola, diante de atos violentos praticados por 14 alunos de 5ª. a 8ª. séries, como a cobrança de pedágio de outros alunos e cujo pagamento seria em dinheiro, lanches, canetas, etc, destruição do patrimônio da escola com a quebra de torneiras, pias, vasos sanitário dos banheiros, carteiras, vidros da janelas, ameaças a diretora e professores, decidiu suspende-los das aulas. Embora os pais já houvessem sido chamados na escola e tomado conhecimento dos atos de indisciplina que os filhos vinham praticando, procuraram a justiça e obtiveram liminar para que os filhos retornassem  às aluas porque não poderiam ser prejudicados. (Noticiado no Jornal Nacional da TV Globo em 06/05/2008)

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