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A VOZ DA EJA

Por:   •  15/11/2017  •  Projeto de pesquisa  •  3.028 Palavras (13 Páginas)  •  558 Visualizações

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 ESCOLA MUNICIPAL PANARO FIGUEIRA[pic 1][pic 2]

FASES: I – II

        

Projeto

A VOZ DA EJA

De dentro para fora

Que diz sim a vida

Professora Andresa Fagundes

Seropédica

2017

Introdução

O trabalho proposto envolve os alunos da EJA –Educação de Jovens e Adultos- da Escola Municipal Panaro Figueira, localizada no município de Seropédica, Estado do Rio de Janeiro. Sendo este uma iniciativa da professora Andresa Fagundes dos anos iniciais da 1ª e 2ª fase do Ensino Fundamental com 17 alunos frequentando ao todo. Os alunos das fases 3ª, 4ª e 5ª foram convidados a participarem da apresentação como convidados e participantes ativos.

A proposta realizada foi que cada aluno desse voz as suas vivências, trajetórias, angústias, dificuldades, alegrias, tristezas, seus medos, sonhos e principalmente o que pensam sobre o futuro escolar. Suas histórias foram contadas desde quando eles se reconheceram como alunos, recordando a sua primeira escola, primeira professora seu primeiro dia de aula.

Justificativa:

Entende-se por Educação de Jovens e Adultos uma modalidade de ensino que, contempla um determinado público alvo considerado na contemporaneidade uma classe de trabalhadores oprimida, excluída e marginalizada pela sociedade no que tange o processo de escolarização dentro dos padrões sociais. Historicamente no Brasil, essa práxis sempre foi vista como uma prática fragmentada, como um suplemento de programas PAIVA (1973). Nesse sentido, esse fato deve-se a não exigência de formação específica de seus docentes, ficando a cargo do próprio educador a busca por sua formação.

As concepções e práticas do educador da EJA (Educação de Jovens e Adultos) a respeito do trabalho com as histórias de vida dos educandos poderá ser objeto de estudo de um projeto que visa a formação docente prático- reflexivo. De acordo com Freire (1997) esclarece que a escolha pela profissão professor não se dá em um momento qualquer. Não é uma decisão tomada de uma hora para outra; ela é construída ao longo da trajetória daquele que deseja ser professor. No seu entender "Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão da prática". (FREIRE, 1997, p.58). Assim, o educador da EJA tende-se a redirecionar concepções e conceitos em sua organização pedagógica, considerando as especificidades dessa modalidade.

         O projeto de pesquisa em andamento, intitulado: A história de vida dos educandos: o que vê o educador? Dessa forma, estamos organizando a partir do propósito de investigação que contempla as concepções e práticas do educador da EJA a respeito do trabalho com as histórias de vida dos educandos. O interesse em investigar tal temática é saber como o educador enxerga as histórias de vida dos educandos.

           Diante do exposto, a pesquisa pretende revelar uma possível conscientização de reflexão sobre as ações docentes no que diz respeito o saber fazer nesse processo construtivo de ensino aprendizagem. Para tal dialogamos com os seguintes autores: FREIRE (2002); ARROYO (2005); AUSUBEL (1982); BOSI (2004); MOURA (1999); OLIVEIRA (2003); PAIVA (1973); PARREIRAS (2001); SILVA (2010); SOARES (2011). Os aportes teóricos discutem concepções e práticas dos professores, a realidade dos educandos e suas vivências, nos propõem realizar esse estudo, numa perspectiva inclusiva que possibilite o acolhimento de uma nova forma de aprendizado e de uma possível contribuição, tanto para o debate, quanto para a construção de outras perspectivas de ação.

         

Objetivo Geral:

O objetivo geral deste trabalho é investigar as concepções e práticas do educador da EJA (Educação de Jovens e Adultos) a respeito do trabalho com as histórias de vida dos educandos.

Objetivos Específicos:

- Identificar, pesquisar e analisar o trabalho educativo com as histórias de vida dos educandos na Eja;

- Contribuir para elaboração de princípios norteadores no trabalho com as histórias de vida dos educandos na Eja.

Referencial teórico:

Atualmente, apesar de todas as dificuldades, os alunos da EJA possuem experiência de vida que lhes permitem sobreviver em meio às dificuldades que para muitos seriam intransponíveis. De acordo com FREIRE (2002): “Procuro estar sempre perto dos meus alunos, aberto para o diálogo ou simplesmente para ouvi-los. A partir daí, começo a criar um elo de envolvimento com o que meus alunos me oferecem.”

A acolhida do aluno em sala de aula é de grande importância para o trabalho pedagógico do educador. Dar atenção com uma escuta qualificada gera temas e conteúdos que se torna, em sua maioria, objetos de ensino e aprendizagem. É o tempo em que se conhece o que se passa, mas nem tudo se transforma em conteúdo de aula, mas tudo será objeto de reflexão. FREIRE (2002) afirma:

Quando estou com meus alunos observo um por um e um com outro e um com todos. Procuro encontrar afinidades, sonhos, curiosidades, tristezas, fraquezas, esperanças, conhecimento entre eles e daí começo a planejar como vou dispor a minha sala e os meus materiais e principalmente os grupos, duplas ou não individual. (FREIRE, 2002)

Neste ambiente de escuta, se conhece os interesses dos alunos, o que os move. É o momento em que poderá, inclusive, identificar saberes, memórias e expectativas. Um momento em que se reconstrói afetivamente a situação grupal e se prepara o trabalho pedagógico que virá a seguir. Representa, portanto, uma situação de preparação do clima afetivo da aula.

        Para se potencializar o processo ensino-aprendizagem, as práticas pedagógicas devem tomar a vivência dos sujeitos como ponto de partida (PARREIRAS, 2001). No que diz respeito à EJA, é importante atentar para o fato de que a experiência de vida de seus educandos confere a essa modalidade educativa uma identidade que a diferencia da escolarização regular, com demandas educativas específicas, características diferenciadas de aprendizado, práticas adequadas de trabalho, representações também distintas acerca da idade cronológica e do tempo de formação (SOARES, 2011).

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