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ANÁLISE CRITICA DO FILME E SEU NOME É JONAS

Por:   •  1/11/2017  •  Resenha  •  1.067 Palavras (5 Páginas)  •  10.877 Visualizações

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FACULDADE HÉLIO ROCHA EM PSICOPEDAGOGIA - FHR

PÓS – GRADUAÇÃO LATO SENSU

PARAMIRIM – BAHIA

MODULO: PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL (PDI)

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL

Paramirim – Bahia

Julho/2017

CLEONICE DA CRUZ JARDIM E SILVA

NILTA SOUZA SANTOS

ZEUZA LOPES MARQUES SOUZA

PLANO  DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL (PDI)

Trabalho apresentado com requisito parcial para a conclusão do curso de especialização lato sensu em  Psicopedagogia, solicitado pela professora Esp. Juliana Vilas Boas. Modulo: 4

Orientada: profa.Esp Juliana Vilas Boas

Paramirim – Bahia

Julho/2017

ANÁLISE CRITICA DO FILME E SEU NOME É JONAS

O filme “E seu nome é Jonas” relata a história de um menino surdo que após ser avaliado por um médico amigo da família, que deu seu diagnóstico de retardado mental, foi levado pela família para um hospital psiquiátrico que permaneceu por três anos e quatro meses, por uma falha médica. Ao perceber que o garoto era portador de uma deficiência de surdez e não um retardado mental. Deixa a instituição e passa a conviver em casa com a família.  

Jonas passou a conviver em sua casa com seu irmão, seu pai e sua mãe. Porém a falta de informação e de conhecimento dos mesmos sobre a deficiência de Jonas foi um dos principais obstáculos, as barreiras na comunicação eram fortes.  Logo na primeira tentativa de inserção social de Jonas pelos pais já demonstrava o inicio das dificuldades que terão de enfrentar em virtude de suas diferenças. Na cena em que Jonas começa a dançar todo alegre e animado ao ver os outros dançarem, e mesmo quando o som da música é interrompido ele continua dançando, onde atrai a atenção e causa certo constrangimento nas pessoas presentes. Jonas não sabia como se comunicar, como pensar e agir, na hora da refeição por não saber como expressar, descarta as ervilhas, jogando no chão, retrata a tristeza e o isolamento por não ser compreendido pela família. Os sentimentos afetivos eram novos para ele.

Quando Jonas avista um carrinho de cachorro-quente, logo ele insiste em levar a mãe até lá, porém ela não compreende o desejo do filho. Isso mostra que ela é incapaz de se comunicar de maneira afetiva com o filho, e por  não conseguir expressar-se , Jonas torna-se agressivo com ela, que se sente impotente e culpada por não conseguir ajudar o filho e corresponder às suas necessidades.

 Quando perdeu seu avô, seu melhor amigo, na feira vendendo frutas, momentos em que ele se divertia e sorria muito, não compreendendo o que havia ocorrido, simplesmente observou e guardou em se uma angústia inexplicável. Depois desse ocorrido o garoto sai de sua casa sozinho pela primeira vez com o objetivo de reencontrar seu avô, quando viu que ele não estava mais ali naquele local, a frustração o deixa transtornado. A partir daí o garoto enxerga-se um mundo triste, não entende o que está acontecendo e não sabe como expressa suas angústias, afinal ninguém o compreende.

De inicio a família tentava lidar com a situação, mas em pouco tempo foi demonstrando impacientes, principalmente pelo pai, que por muitas vezes mostrava interesse em defender o filho e lutar por ele, porém, o preconceito, a discriminação, a pressão social e a descrença na capacidade do filho, os levaram a abandonar sua casa e sua família, deixando a responsabilidade com a esposa. Foi então que Jonas passou a freqüentar uma instituição muito rígida que insistia em se comunicar através da fala, e teria que obedecê-lo, ao contrário era punido. Achava que o surdo não pensava que só aprendia através da repetição, porém para Jonas esse método não estava tendo resposta, era um grande sofrimento e constrangimento por não entender a linguagem das pessoas. Pois nessa instituição para surdos, que tem como política a oralidade, não é permitido o uso de sinais e gestos. Segundo os funcionários da mesma ao utilizarem o uso de sinais, os surdos se tornam preguiçosos para ler os lábios e tentar usar a língua, além disso, quando crescer ele só poderá falar com surdos. Tudo isso é um absurdo da instituição, como se não bastasse o sofrimento por não possuir um dos órgãos, que é a audição, sem contar que ainda tem que enfrentar o preconceito e a ignorância de pessoas que não sabem lidar com as diferenças. Algo interessante é quando a mãe de Jonas em uma conversa com a diretora, comunica que aprenderá linguagem de sinais e ensinará seu filho. Em seguida a diretora responde que não gosta de saber que perdeu uma criança para surdez. Pois o método era falho desde sua base, não se orientava nas demandas reais de seus indivíduos. Era uma visão equivocada da instituição, tentando trabalhar para tornar seus alunos surdos normais através da repetição de palavras, proibindo gestos e sinais, causando assim, revolta, tristeza, incompreensão e sensação de fracasso. A mãe percebendo que o filho não estava tendo nenhum desenvolvimento na instituição, em algumas situações até insistiu para que a direção mudasse de postura, mas nada adiantou. Depois de passar por muitas dificuldades, resolveu buscar ajuda entre os espaços sociais que surdos também freqüentavam, onde acaba conhecendo uma família de surdos que se comunicava por sinais. Ela observa que todos eram alegres e bem comunicativos, e decide se socializar na intenção de que pudesse ter alguma solução para seu filho Jonas, ajuda ou conhecimento que acrescentasse na lida com essa deficiência. Através do contato com essa família, Jonas começa a aprender a língua de sinais e logo se mostra bem interessado. Com as descobertas que fazia começou a compreender e expressar situações e sentimentos. Como por exemplo, ao caminhar nos espaços em volta do mar juntamente com sua mãe, seu irmão e o professor de língua de sinais, Jonas se emociona ao encontrar uma tartaruga e percebe que a mesma está morta, logo ele lembra e compreende tudo que havia acontecido com seu avô. É então que começa a afirmar a sua diferença e a ser, nesse sentido, como todos os outros, inclusive percebe que é possível amar, que finalmente sua diferença é aceita e passa a levar uma vida normal. A partir disso um novo mundo se abriu para Jonas e sua família.  

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