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AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE UMA ESCOLA INCLUSIVA

Por:   •  22/5/2018  •  Projeto de pesquisa  •  4.361 Palavras (18 Páginas)  •  223 Visualizações

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AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE UMA ESCOLA INCLUSIVA

   

GRIGA, Jancieli¹

MARTELETO Flávio Miranda ²

  1. INTRODUÇÃO

A inclusão é algo que já está presente em nosso cotidiano. Diante disso, a escola tem que estar aberta à diversidade cultural existente, sem exclusão a qualquer raça, etnia, deficiência, etc.

A inclusão implica mudança no atual paradigma escolar para que a educação se abra realmente a todos os alunos e, em virtude ser um tema recente, ainda gera muitas polêmicas.

 A inclusão escolar é ainda um desafio para muitos educadores, o que faz que muitos a rejeitem. Percebemos essa rejeição não só nos educadores, mas a escola em si muitas vezes acaba se fechando, há também pais e alunos que não aceitam.

 Acredita-se que essa rejeição por parte das pessoas, muitas vezes acontece por falta de informação, consideram essas crianças/alunos como ameaça, como se a deficiência fosse uma doença contagiosa. Por parte dos educadores, a formação acaba deixando muito a desejar nesse contexto. Os professores sentem-se despreparados para receber essas crianças em suas salas de aula. E hoje, isso é fundamental, afinal, como trabalhar a inclusão sem conhecê-la?

 Segundo Mantoan (2006), a inclusão é uma mudança na perspectiva educacional para garantir o acesso de todos, sem exceções, ao ensino regular, sem discriminar as diferenças ou trabalhar com alguns alunos separadamente.

 Com a inclusão das crianças com necessidades educacionais especiais no ensino regular, as práticas pedagógicas devem estar abertas às mudanças necessárias para atendê-las. Porém, essas práticas devem ser aplicadas ao grupo, levando em consideração as diferenças.

¹ Graduanda do curso de Pedagogia do polo FAEL

²Orientador: Biólogo, Mestre em Zoologia e Doutor em Ecologia e Conservação pela Universidade Federal de Paraná.

Percebe-se que os alunos com necessidades educativas especiais não devem ser apenas acolhidos pela escola, mas sim devem ser incentivados e cobrados para que haja realmente um aprendizado, mesmo que esse aprendizado seja apenas de atitudes diárias para sua vida do dia a dia, os professores não devem ter “pena” ou superproteção, e sim exigir como qualquer outro aluno. Porque a Inclusão não é a proteção, inclusão é todos terem os mesmos direitos para estudar e estar em uma escola regular.

Com relação à prática pedagógica, Pacheco (2007) afirma que, no âmbito da educação inclusiva, tudo que é feito dentro de uma sala de aula pode ser definido como prática em sala de aula. Sendo uma relação em que na classe inclusiva devemos ter atitudes e visão, influenciadas pelo planejamento, porém deve haver uma relação entre os professores e alunos 7 ao contexto da sala de aula. Dessa forma, este trabalho analisou as condições das escolas para receber a inclusão e se as práticas pedagógicas são adequadas ao contexto. E também esclarecer questões relacionadas à temática.

 A fundamentação teórica requereu leituras sobre os dois principais temas abordados, ou seja, a inclusão e o desenvolvimento das práticas pedagógicas. Além disso, há um breve histórico da educação especial, as fases por que passou a inclusão, desde a segregação até os dias atuais, passando pelas práticas pedagógicas voltadas aos professores, pensamentos e conceitos.

  1. INCLUSÃO

Segundo Mantoan (2006), a inclusão escolar questiona as políticas e a organização das escolas, como também o conceito de integração, pois apesar de as semelhanças, seus significados fazem muita diferença quando usados nesta temática.

O objetivo da inclusão é não deixar ninguém fora do ensino regular desde o começo da vida escolar. Uma escola inclusiva é aquela que se organiza de um modo que considere as necessidades de todos os alunos e, assim, trabalhar nessa perspectiva.

 Mantoan (2006) é uma das defensoras da inclusão e segundo suas ideias, a escola deve evitar trabalhar com alunos separadamente e sem discriminação às diferenças. É direito de o aluno ter uma escola aberta a mudanças na perspectiva educacional, cuja estrutura da escola deve se adaptar aos alunos em aspectos físicos e curriculares e adequando-se às suas necessidades.

A educação inclusiva parte do pressuposto de que todas as crianças podem frequentar a escola e aprender, podendo assim, receber desafios que estimulem suas capacidades e propor oportunidades adequadas e que possam dar apoio para superar os limites.

.. a inclusão é produto de uma educação plural, democrática e transgressora. Ela provoca uma crise escolar, ou melhor, uma crise de identidade institucional, que por sua vez abala a identidade dos professores e faz com que seja ressignificada a identidade do aluno. O aluno da escola inclusiva é outro sujeito, que não tem uma identidade fixada em modelos ideais, permanentes, essenciais. (MANTOAN, 2006, p.24)

A inclusão, como já mencionamos, é trabalhar com a turma toda sem exceções, isso mostra que devemos partir do pressuposto de que os alunos já sabem alguma coisa e que cada um aprende de um jeito e no seu ritmo. Estamos assim, considerando as diferenças e quebrando os paradigmas escolares excludentes, cujos todos são iguais e por consequência aprendem da mesma forma.

Histórico da educação especial na idade antiga

Ao longo dos tempos, foi se modificando a constituição de Educação Especial.

No cenário da Educação Especial no mundo, podemos distinguir quatro etapas na história da educação especial: 1) A época das instituições; 2) A época da educação em centros específicos; 3) O período da integração escolar; 4) O período da escola inclusiva ou escola para todos. (SASSAKI, 1997, p.19)

Perante a educação especial, a sociedade sempre negou e discriminou com pouco crédito de ação aos portadores de necessidade especiais. Desde a sociedade antiga essas pessoas sofreram muito preconceito eram mortas, escondidas, mutiladas.

 Se pararmos para analisar, elas sempre foram consideradas incapazes e até hoje os mais antigos veem como castigo divino, como inúteis e antissociais. Na sociedade antiga, as pessoas com deficiência eram mutiladas, pois existiam muitas guerras e essas pessoas com deficiência não teriam condições de participarem, então era melhor matá-las. Se pararmos para pensar, ainda hoje vivemos em uma sociedade que o trabalho, o lucro, o dinheiro é o mais importante, e para a visão capitalista da sociedade essas pessoas com deficiência não produzem, não possuem lucros vistos para o mercado capitalista.

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