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Alfabetização e Letramento

Por:   •  23/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  490 Palavras (2 Páginas)  •  142 Visualizações

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Alfabetização e Letramento

A alfabetização pode ser considerada como o ensino das habilidades de “codificação” e “decodificação”. No final do século XIX foi transposta para a sala de aula com a criação de diferentes métodos de alfabetização – métodos sintéticos (silábicos ou fônicos) x métodos analíticos (global) –, que padronizaram a aprendizagem da leitura e da escrita. As cartilhas relacionadas a esses métodos passaram a ser amplamente utilizadas como livro didático para o ensino nessa área.

Foram de muita importância as contribuições dos estudos desenvolvidos por Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1984) sobre a psicogênese da língua escrita.  Elas romperam com a concepção de língua escrita como código, que se aprenderia com atividades de memorização, e ainda defenderam uma concepção de língua escrita como um sistema de notação que, no nosso caso, é alfabético.

O discurso da importância de se considerar os usos e funções da língua escrita com base no desenvolvimento de atividades significativas de leitura e escrita na escola foi bastante difundido a partir da década de oitenta. No que diz respeito à alfabetização especificamente, surge o conceito de “analfabetismo funcional” para caracterizar aquelas pessoas que, tendo se apropriado das habilidades de “codificação” e “decodificação”, não conseguiam fazer uso da escrita em diferentes contextos sociais. Assim, o fenômeno do analfabetismo passou a envolver não só aqueles que não dominavam o sistema de escrita alfabética, mas também as pessoas com pouca escolarização. (ALBURQUERQUE, 2007, p. 16)

Em uma entrevista dada ao jornal “Diário na Escola” Magda Soares afirma que  “letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno”. Devemos considerar que a inserção do individuo no mundo da escrita se dá pela aprendizagem de toda a complexa tecnologia envolvida no aprendizado do ato de ler e escrever. Além disso, o aluno precisa saber fazer uso e envolver-se em atividades de leitura e escrita. Ou seja, para entrar no univeso do letramento, ele precisa apropriar-se do hábito de buscar um jornal para ler, de freqüentar revistarias, livrarias, e com esse convívio efetivo com a leitura, apropriar-se do sistema de escrita. Sendo assim, o letramento compreende tanto a apropriação das técnicas para a alfabetização quanto esse aspecto de convívio e hábito de utilização da leitura e da escrita.

No Brasil, o termo letramento aparece associado ao termo alfabetização. Podemos falar, ainda nos dias de hoje, de um alto índice de analfabetos, mas não de “iletrados”, pois sabemos que um sujeito que não domina a escrita alfabética, seja criança, seja adulto, envolve-se em práticas de leitura e escrita através da mediação de uma pessoa alfabetizada, e nessas práticas desenvolve uma série de conhecimentos sobre os gêneros que circulam na sociedade.

Referências:

ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia de. Conceituando Alfabetização e Letramento. In: SANTOS, Carmi Ferraz; SANTOS, Márcia Mendonça. Alfabetização e letramento: conceitos e relações. 1ed., 1reimp. –Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

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