As Brincadeiras e Histórias Afro-Brasileiras e Indígenas
Por: Caua Pablo da Silva Almeida • 30/5/2025 • Projeto de pesquisa • 4.209 Palavras (17 Páginas) • 48 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
Projeto de iniciação científica: Brincadeiras e Histórias Afro-Brasileiras e Indígenas: Um Olhar para a Educação Infantil na Perspectiva Decolonial e Intercultural
SÃO CARLOS -SP
[2025]
RESUMO
Este projeto tem como objetivo promover o enriquecimento cultural na educação infantil por meio da inclusão de brincadeiras e histórias de matrizes africanas, afro-brasileiras e indígenas, em consonância com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que obrigam o ensino da história da África, das culturas afro-brasileiras e indígenas na educação básica. A iniciativa busca ampliar o repertório cultural das crianças, valorizando a diversidade e promovendo uma educação intercultural, interdisciplinar e decolonial, superando o modelo eurocêntrico ainda predominante no sistema educacional.
Reconhece-se que as brincadeiras presentes no ambiente escolar são, em sua maioria, de origem europeia e não refletem a pluralidade cultural do Brasil, que é fruto da mistura de diferentes povos e tradições. Portanto, o projeto propõe resgatar e implementar brincadeiras e histórias originárias dos povos africanos, afro-brasileiros e indígenas, contribuindo para a construção de uma infância culturalmente rica e para o fortalecimento da identidade étnico-cultural das crianças.
Baseado em referências teóricas sobre o desenvolvimento infantil e o papel da brincadeira na formação social e cognitiva da criança, o projeto destaca que a atividade lúdica é fundamental para o aprendizado e para a transmissão cultural. Além disso, enfatiza o papel da escola e dos professores na promoção de um ambiente educativo inclusivo, que respeite as diversidades culturais e combata o apagamento histórico das populações negras e indígenas.
A pesquisa adotará uma abordagem qualitativa, exploratória e interpretativa, com levantamento e análise de brincadeiras e histórias tradicionais dessas culturas, considerando suas origens e contextos históricos. O projeto também pretende propor formas de integrar esse conteúdo ao currículo escolar, de maneira interdisciplinar, respeitando o contexto sociocultural dos alunos.
Por meio dessa iniciativa, espera-se contribuir para a valorização e o reconhecimento das culturas afro-brasileiras e indígenas na educação infantil, preparando crianças para conviver em uma sociedade plural e mais justa, além de apoiar os educadores na inclusão dessas temáticas em suas práticas pedagógicas.
INTRODUÇÃO
Esse projeto via trazer enriquecimento cultural a educação infantil por meio de brincadeiras e histórias africanas, afro-brasileiras e indígenas conforme as mudanças curriculares nas propostas de leis 10.639/2003 e 11.645/2008 (Brasil, 2003; 2008) que determinaram o ensino de história da África, das culturas afro-brasileiras e indígenas no ensino básico, trazendo como potencial uso de material didático na educação básica.
Em vista trazer de páginas de internet e projetos de interesse na educação intercultural, interdisciplinar e decolonial trazer uma valorização das culturas afro-brasileiras e indígenas na Educação Básica.
Para pensar em infância temos de lembrar de brincadeiras em primeiro lugar essa interação nos molda como indivíduos pensantes e sociáveis.
Principalmente nos nossos primeiros anos escolares que são importantíssimos para nossa interação social com o mundo e outros indivíduos para um desenvolvimento próprio com brincadeiras e histórias infantis que nos ajudam.
Mas quais brincadeiras pensamos nesse momento de nostalgia? Nas mesmas muitas são de origem europeias trazidas para as escolas como se fosse de nosso país, mas como somos de uma mestiçagem de várias culturas deveríamos ter brincadeiras das mais diversas para o enriquecimento de tais histórias e brincadeiras para uma infância rica para que haja um maior conhecimento das origens dos povos que trouxeram as diversas culturas para nosso país e contando as histórias deles.
Histórias essas que mostram muito mais da realidade desses países e contando as diferentes visões da vida dessas pessoas não de histórias únicas com uma visão pejorativa como se povo sem cultura que só vivem na pobreza e na margem da sociedade.
A escola como ambiente de justiça social e acolhimento deveria ter mais entendimento de cultura com respeito. Como um país com várias histórias e multicultural percebe se que na própria educação vejo poucas histórias e brincadeiras que trazem essas culturas
OBJETIVO
-Contribuir com as leis 10.639/2003 e 11.645/2008 (Basil, 2003; 2008), que determinaram o ensino de história da África, das culturas afro-brasileiras e indígenas no ensino básico.
-Fazer levantamento de brincadeiras e histórias de matrizes africanas, afro-brasileiras e indígenas que possam ser implementadas na educação infantil.
-Apresentar a origem dessas brincadeiras e histórias a partir de seus países pertencentes.
JUSTIFICATIVA
Brincadeiras para a infância é importantíssimo para o desenvolvimento das crianças tanto no caráter social e cultural como traz o trabalho acadêmico “Brincadeira e desenvolvimento infantil: um olhar sociocultural construtivista (2006)”, vê a brincadeira com o advento de pesquisas sobre o desenvolvimento humano, observou-se que o ato de brincar conquistou mais espaço, tanto no âmbito familiar, quanto no educacional; no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998). Vemos que no texto trazer três aspectos: o primeiro conceito da atividade de brincar e a vêem como construída social e culturalmente, "A brincadeira é uma atividade que a criança começa desde seu nascimento no âmbito familiar" (Kishimoto, 2002, p. 139).
O segundo a importância do faz-de-conta para o desenvolvimento da criança pequena "está intimamente ligada ao símbolo, uma vez que por meio dele, a criança representa ações, pessoas ou objetos, pois estes trazem como temática para essa brincadeira o seu cotidiano (contexto familiar e escolar) de uma forma diferente de brincar com assuntos fictícios, contos de fadas ou personagens de televisão (Piaget, 1978. p.76). O terceiro vê a brincadeira no contexto pedagógico vivenciado por crianças em instituições de educação infantil “é estimular as crianças a proporem brincadeiras que realizam em sua comunidade. Isto possibilitará que entre em sala de aula todo o universo cultural próprio dela, permitindo ao professor melhor conhecer sua realidade, cabendo a ele enriquecer as experiências lúdicas das crianças, pois a escola tem um grande número de crianças da mesma faixa etária, adultos mais experientes, materiais e espaços pensados para permitir atividades de natureza lúdica.”
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