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As Teorias psicológicas e o trabalho do professor

Por:   •  15/2/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.458 Palavras (6 Páginas)  •  926 Visualizações

Página 1 de 6

FICHAMENTO

Psicologia da Educação

Professora xxxx

Aluna xxxxx

Tipo: Artigo

Assunto: Teorias psicológicas e o trabalho do professor

Referência Bibliográfica: DA SILVA, Laíssa Muniz;  FACCI, Marilda Gonçalves Dias, DA SILVA, Rosane Gumiero Dias. Teorias psicológicas e o trabalho do professor: análise em periódicos a partir da psicologia histórico-cultural , revista do Programa de Pós-Graduação em Educação, Campo Grande, MS, v.13, n.27, p.79-93, jan./jun. 2008

Resumo:

      O artigo analisa algumas teorias psicológicas e como estas tornam viável compreender o trabalho do docente.

           A perspectiva do professor reflexivo é tratada por Schön, Zeichener e  Shulman  parte da teoria desenvolvimentista, pautada nos processos de desenvolvimento e aprendizagem com base construtivista, se fundamentando assim, na Epistemologia Genética de Piaget.

           A Pedagogia das Competências é outra tendência pedagógica a qual compreende que o ponto de partida e de chegada deve ser a atuação profissional do professor, desenvolvida pela aquisição de competências. Essa tendência baseia-se nas ideias de  Perrenoud, que afirma que somente com a transformação na prática docente será possível formar competências. É necessário que os professores percebam que “a meta é antes fazer aprender do que ensinar” e que haja uma ruptura com as didáticas tradicionais, passando a dar ênfase ao aluno, enquanto sujeito ativo da sua própria aprendizagem. 

          Vigotski é o mentor da Psicologia Histórico-Cultural ou Sócio-Histórica, que propõe uma visão crítica da educação. Essa teoria, cria possibilidades de refletir sobre o próprio significado do processo educativo na humanização do indivíduo e sobre a contribuição do professor nesse processo, destacando a mediação do professor na formação do indivíduo. A tarefa do professor é ensinar à criança aquilo que ela não é capaz de aprender por si só, fazendo a mediação entre os conhecimentos científicos e os alunos,  enfatizando que o professor provoca o desenvolvimento ao intervir na zona de desenvolvimento proximal (ZDP).

        O artigo também traz uma pesquisa bibliográfica realizada em periódicos de psicologia como o objetivo que averiguar quantos fala sobre o trabalho do professor e qual a perspectiva teórica adotada nestes. Como resultado da pesquisa os autores afirmam apenas 3% dos artigos tratam sobre o tema e menos de 6% abordam a psicologia histórico cultural, concluindo assim que existe a necessidade de se realizar mais estudos  que abordem a temática de psicologia na atuação do docente.

Citações:

página

1. (...)situações adversas nem sempre permitem que o professor tenha uma boa formação e condições objetivas para ensinar, tais como: maior incentivo financeiro por parte dos governantes, escolas mais equipadas e estruturadas fisicamente, entre outros fatores

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2. Fala-se tanto do conhecimento, mas esse não tem sido apropriado por todos os indivíduos, por todas as classes sociais, haja vista o elevado índice de fracasso escolar que assola o país.

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3. Eles chegaram à conclusão de que, nos resumos dos trabalhos, os pesquisadores “definiram como objeto de estudo preferencial a avaliação dos cursos ou processos de formação, e, na sua maioria, apresentam conclusões muito próximas, qual seja, a necessidade de reformulação dos cursos”

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4. (...) a Teoria do Professor Reflexivo, a Pedagogia das Competências, assim como o Construtivismo têm norteado o processo de formação e atividade docente.

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5. Zeichner (1993) entende o professor como pesquisador, cujo papel é muito mais auxiliar os alunos na construção do saber do que transmitir conhecimentos. Já Shulman (1986), pautando-se na abordagem cognitivista, enfatiza a questão dos conhecimentos que os professores têm do conteúdo e da forma como estes conteúdos transformam o ensino

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6. A Pedagogia das Competências (...) compreende que o ponto de partida e de chegada deve ser a atuação profissional do professor, desenvolvida pela aquisição de competências, superando a dicotomia teoria-prática. (…)  o sistema educacional só pode formar competências se houver uma considerável transformação na prática docente, de forma que os professores percebam que “a meta é antes fazer aprender do que ensinar”. (...)Tem que haver uma ruptura com as didáticas tradicionais, passando a dar ênfase ao aluno, enquanto sujeito ativo da sua própria aprendizagem. (...)Novas didáticas “enfraquecem o controle do professor e alargam o espaço de manobra dos alunos”. O aluno deve dirigir o seu ensino.

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7. (…) O Construtivismo com base psicológica também na Epistemologia Genética de Jean Piaget (...) defende princípios como respeito à atividade do aluno, cooperação e solidariedade, autonomia, importância do trabalho em grupo.

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8. A tarefa do professor é ensinar à criança aquilo que ela não é capaz de aprender por si só, fazendo a mediação entre os conhecimentos científicos e os alunos. A prática docente implica em criar possibilidades para que o aluno se aproprie dos instrumentos cognitivos/ culturais para desenvolver os processos psicológicos superiores. (...) É na coletividade, portanto, que o indivíduo desenvolve as características humanas.

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 9. A escola, ao investir no desenvolvimento potencial, ajuda a criança naquilo que ela ainda não consegue fazer de modo independente. Vigotski (1991, 1993) enfatiza que é intervindo na ZDP que o professor provoca o desenvolvimento, porque ajuda o aluno a efetivar aprendizagens.

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10. Durante o desenvolvimento da pesquisa, pudemos perceber que os artigos que tratam da profissão docente a abordam segundo temáticas bastante variadas. O tema “criatividade” apareceu em um maior número de artigos, porém, em artigos dos mesmos autores. A questão clínica é a de maior predominância nos temas gerais das revistas, sendo que pouca ênfase é dada à educação.

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11. Para Silva Júnior (2003, p. 89) “as políticas de formação de professores através da educação à distância parecem seguir a mesma racionalidade da matriz teórica, ideológica e política da reforma do Estado e da educação no Brasil”, estabelecendo linhas de ação que “[...] fazem supor um processo educacional baseado predominantemente no cognitivo e no gnosiológico, sem a preocupação em ver a educação como uma prática social”.

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12. (...) a ação escolar (professor-aluno-conhecimento) deve pautar-se não mais pelo passado, pela etapa já superada, mas pelo futuro, por aquilo que a criança poderá aprender com a intervenção dos processos culturais.

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13. Pode-se constatar que está havendo um ecletismo em relação aos fundamentos filosóficos que guiam as várias correntes da Psicologia, provocando um descaso com fundamentos teóricos consistentes, um “recuo da teoria”, como explicita Moraes (2003), recuo que dá lugar a uma elevada valorização da experiência.

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14. Se não há uma explicitação de qual teoria tem guiado as pesquisas e o trabalho do professor, como se contrapor às tendências que estão na moda, nos meios educacionais, que primam pelo esvaziamento do trabalho docente, conforme explicita Facci (2004)?

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15.Não é possível desvincular a forma de compreender o trabalho e a formação do professor sem pensar que sociedade é essa e, se no contexto atual, deseja-se, realmente, um homem crítico que possa pensar sobre a sua condição de vida em uma sociedade estratificada em classes sociais antagônicas.

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17. O espírito que impera, na atualidade, prima pelo sentimento de individualidade e não coletividade. Esse é o mote: refletir sobre a experiência, destacar a vida cotidiana em detrimento de um devir, valorizar os conhecimentos espontâneos em detrimento do conhecimento científico, e isso, parece a nós, a literatura tem realizado com muita propriedade, conforme pudemos observar nos nossos estudos.

90

18. Se o conhecimento é ferramenta do docente, mister se faz que ele se aproprie do que melhor já foi produzido pela ciência para que possa levar o que de melhor existe para os seus alunos. Somente desta forma o professor poderá, realmente, contribuir para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores e, portanto, para o processo de humanização dos alunos.

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Comentários:

     O artigo deixou claro que o campo de pesquisa sobre psicologia da educação encontra-se carente de informações, pouco se pesquisa sobre o assunto.

     Para que o docente realize seu trabalho com qualidade é necessário que ele tenha o conhecimento adquirido nos bancos universitários mas também que busque estar se atualizando constantemente. Este profissional necessita de motivação para aprimorar seu trabalho, é preciso que se sinta valorizado, e a psicologia da educação pode contribuir muito para isso. Pesquisas na área de psicologia da educação auxiliariam processo de atualização dos docentes.

Ideações:

           Como é possível criar-se novas metodologias de ensino aprimorar as já existentes sem realizar-se pesquisas sobre o tema? Que resultados a atuação do psicólogo da educação tem alcançado em prol da melhoria do trabalho do docente e do processo ensino-aprendizagem? Só conseguiremos responder estas questões caso sejam realizadas pesquisas acadêmicas sobre tais temas. Valorização e aprimoramento o ensino está diretamente ligado ao investimento em pesquisas, fato que não é cultural no Brasil, tendo como resultado a situação caótica em que encontra-se o sistema de ensino brasileiro.

Local: Disponível em  PDF em : http://www.intermeio.ufms.br/revistas/27/InterMeio_v14_n27%20Laissa%20Muniz.pdf

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