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As bases teóricas da educação lúdica

Por:   •  11/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.596 Palavras (7 Páginas)  •  562 Visualizações

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As bases teóricas da educação lúdica

Muitos profissionais na área da educação utilizam a ludicidade como um recurso pedagógico, pois o uso de jogos e brincadeiras auxiliam a transposição dos conteúdos. O olhar para essa abordagem deve ser de alguém que se insere no ato de brincar, procurando perceber, identificar e ampliar seus conhecimentos práticos, teóricos e táticos sobre o tema. Os professores não têm poupado esforços para buscar metodologias que sejam significativas e também envolver todos no processo de ensino-aprendizagem, mas ocorre problemas na formação desses professores.

A formação lúdica se assenta em pressupostos que valorizam a criatividade, o cultivo da sensibilidade, a busca da afetividade, a nutrição da alma, proporcionando aos futuros educadores vivencias lúdicas, experiências corporais, que se utilizam da ação, do pensamento e da linguagem, tendo no jogo sua forma dinamizadora. Alguns professores gostariam de encontrar metodologias que fossem explicitas como bulas de remédio, com indicações e contraindicações. A pratica pedagógica por meio da ludicidade não pode ser considerada uma ação pronta e acabada que ocorre apartir da escolha de um desenvolvimento de jogo retirado do livro.

Por sua vez, o jogo possibilita a aprendizagem do sujeito e o seu pleno desenvolvimento, o lúdico deve ser levado a sério na escola. A ludicidade se define pelas ações do brincar que são organizadas em três eixos: o jogo, o brinquedo e a brincadeira. Ensinar por meio da ludicidade é considerar que a brincadeira faz parte da vida do ser humano e que, por isso, traz transferência da própria vida do sujeito. O objetivo é formar seres criativos, críticos e aptos para tomar decisões, um dos requisitos é o enriquecimento do cotidiano infantil com a inserção de contos, lendas, brinquedos e brincadeira.

O educador deve buscar conhecimento sobre o que faz e sobre por que motivo se faz, visando ao domínio dos instrumentos pedagógicos para melhor adaptá-los ás exigências das novas situações educativas. O jogo só pode ser jogo quando escolhido livre e espontaneamente pela criança; caso contrário, é trabalho ou ensino. Os brinquedos nada mais são do que a imaginação colocada em pratica, pois atende á evolução histórica do sujeito em toda sua existência. A brincadeira é uma ponte entre a fantasia e a realidade.

Um dos aspectos que justifica a ludicidade na educação básica seria justamente a possibilidade de utilização de recursos pedagógicos que venham ao encontro dos diferentes estilos de aprendizagem encontrados em sala de aula. Na tentativa de revelar a aprendizagem do educando com os jogos, as brincadeiras e a exploração de brinquedos, e preciso ficar atento á observação do contexto que envolve a ação das crianças durante a prática pedagógica da ludicidade. A criança e mentalmente hiperestimulada pela agitação da era tecnológica, estabelece metas, constrói, estratégias, planeja, utilizando, assim, o raciocínio e o pensamento. Durante o jogo ocorrem estímulos, obstáculos e motivações, momento em que a criança antecipa resultados, simboliza ou faz de conta, analisa as possibilidades, cria hipóteses e com esse processo constrói o saber.

A ludicidade no desenvolvimento do ser humano e as ampliações para a prática educativa

As brincadeiras de faz de conta desenvolvem o controle emocional da criança, pois a criança vai adquirir autoconfiança e melhor conhecimento de suas possibilidades e limites, enquanto brincam imitam o cotidiano por meio da expressão das ralações familiares e escolares, pois ao brincar de faz de conta a criança aprende a criar símbolos. Na brincadeira a imaginação propicia a vivência e troca de papeis, assim a criança cria e recria sua vida á sua maneira. A maneira que a brincadeira se desenvolve, observamos um movimento em direção á realização consciente de seu propósito, estimulando a autonomia e a socialização, condições de uma boa relação com o mundo. A fim de ampliar as concepções sobre o lúdico e começar a compreendê-lo dentro de um contexto na aprendizagem, é fundamental pensarmos sobre o papel do educador na organização de situações de ensino que possibilitem ao aluno tomar consciência do significado do conhecimento a ser construído.

Piaget destaca através dos estudos sobre desenvolvimento e aprendizagem o cognitivo da criança, para ele existem quatro formas básicas de atividade lúdica que caracterizam a evolução do jogo para a criança, de acordo com a fase do desenvolvimento em que aparecem deste modo descreve que o jogo contribui para o desenvolvimento cognitivo da criança.

Os aspectos favorecidos pelo lúdico como recurso pedagógico vem ao encontro da necessidade de simbolização das vivencias cotidianas pela criança, facilitando que diferentes linguagens, verbais e não verbais, socializadas e ideologizadas, transforme-se em um instrumento do pensamento

Para Vygotsky,a criança necessita de tempo e espaço para identificar e construir sua própria realidade e o faz por meio da pratica da fantasia, o jogo é considerado um estimulo á criança no desenvolvimento de processo interno de construção do conhecimento e no âmbito das relações com os outros, acredita que a atividade lúdica possui regras e uma situação imaginaria, neste sentido o jogo e fundamental para o desenvolvimento cognitivo, pois o processo de vivenciar situações imaginaria leva a criança ao desenvolvimento do pensamento abstrato

Os estudiosos da área da ludicidade definem o lúdico como recurso que propicia o diagnostico do processo de aprendizagem infantil como uma maneira de o professor perceber o educando em uma perspectiva cognitiva, afetiva, psicomotora e social. Os conteúdos abordados no jogo estabelecem relações com o conteúdo. Trabalhar o lúdico como recurso pedagógico direcionado as áreas de desenvolvimento a aprendizagem desenvolve relações que fazem parte de todo o currículo escolar. As brincadeiras espontâneas trazem conteúdos significativos para o processo de ensino-aprendizagem, muitas vezes expressas a versão que o adulto passa á criança e, neste sentido, a vemos expressando gestos, falas, pensamentos do mundo adulto de forma indistinta, sem consciência.

Avaliar as observações de maneira diagnostica dos interesses, dificuldades e potencialidades dos educandos para a elaboração dos próximos planejamentos, considerando não apenas os alunos, mas todos

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