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Barbie: A Problemática Ofensora Do Extremo.

Por:   •  2/11/2023  •  Ensaio  •  731 Palavras (3 Páginas)  •  31 Visualizações

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O filme expõe como o feminismo e/ou o machismo extremo que muitas pessoas tem

como “ideal” sempre vai ser ofensivo para o outro lado. O extremo protagonismo, ego

e domínio de algum dos lados sempre vai resultar em algo ruim e desfuncional.

O filme já começa nos mostrando como muitas mulheres enxergam um mundo

perfeito e ideal sem a existência/presença do homem, na qual o homem não presta

para nada e é visto apenas como um objeto de escoro, e a mulher consegue tudo o

que deseja sozinha.

Percebe-se o tempo todo o ego extremamente elevado dessas mulheres, visto que

quando alguma delas elogia a outra, elas aceitam aquele elogio, agradecem, mas

sempre deixam claro que elas já sabiam disso, sem que fosse necessário outra pessoa

falar.

Assim, quando aquela boneca que é perfeita e estereotipada começa a enxergar as

suas próprias imperfeições e se vê sem saída a não ser recorrer a ajuda de outras

pessoas, ela entra em crise.

Nisso, Ken, a figura masculina que não tinha voz nenhuma no mundo da Barbie, vai

para o mundo real e começa a ter contato com o patriarcado, e, assim, leva essa ideia

para a BarbieLand e para os Ken ́s que habitam lá.

E é aí que os papeis são invertidos e tudo muda; todo aquele feminismo se torna um

machismo extremo, homens no poder e mulheres sem nenhum valor e sem nenhuma

função que não fosse servir aos homens.

O roteiro nos mostra mais uma vez o quanto é ofensivo para as mulheres que os

homens estejam no poder e no controle de tudo.

Durante o filme, Ken assume o comando do mundo da Barbie e cria a sua própria Dojo

Mojo Casa House, relembrando a Barbie que, por muitas vezes ele quis estar ao lado

dela em sua casa e ela sempre negou, dizendo que aquela era a Casa da Barbie.

Assim como citado no texto “Pesquisa de Antropologia Política” – Pierre Clastres: “[...]

O etnocida, em contrapartida, admite a relatividade do mal na diferença: os outros são

maus, mas pode-se melhorá-los obrigando-os a se transformar até que se tornem, se

possível, idênticos ao modelo que lhes é proposto, que lhes é imposto.”

Na visão das Barbies, o Ken só seria “melhor” se estivesse vivendo exatamente como

elas queriam que ele vivesse; praticamente sem existir, para que a imagem delas

estivesse em evidência o tempo todo.

O filme, num todo, nos faz entender que os dois bonecos, que são os personagens

principais do filme, os protagonistas que buscavam elevar toda essa ideia de

extremismos, na verdade estão perdendo ali a sua identidade; eles mal sabem quem

são. E torna-se perceptível que essa luta constante entre eles por poder, voz e

autoridade é apenas a expressão de pessoas perdidas.

No texto “Direitos humanos, educação e interculturalidade: “[...] No entanto, parece

que hoje o centro de interesse se deslocou. Quando digo que houve um deslocamento,

não estou querendo dizer que se

...

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