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CAPITULO I. A EDUCAÇÃO NO ENCONTRO COM AS NOVAS TECNOLOGIAS

Por:   •  24/11/2017  •  Seminário  •  2.444 Palavras (10 Páginas)  •  254 Visualizações

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CAPITULO I. A EDUCAÇÃO NO ENCONTRO COM AS NOVAS TECNOLOGIAS

Não se pode compreender a educação do século XXI, sem ser atentar para o seu contexto no passado. No decorrer dos tempos, até os dias atuais, a educação sofreu inúmeras mudanças no cenário social, político e econômico. Antes considerada como um bem de consumo, em meados do século XXI, a educação, tornou-se a chave para o progresso em vários âmbitos. Foi somente no século XX, em grande parte do mundo, que a educação pública e gratuita, tornou-se um direito da sociedade.

A educação na sua totalidade não pode ser considerada somente como um direito fundamental do homem, mais também, segundo DELORS (2005), como um instrumento indispensável para o desenvolvimento social e econômico de uma sociedade. No entanto, para que a mesma, de fato, seja um instrumento de desenvolvimento social e econômico, a muito o que se fazer, trata-se de uma mudança profunda e fundamental, a uma imensa necessidade dos governantes dos países em desenvolvimento, investir e ampliar numa educação que seja de qualidade para todos.

DELORS (2005), nos mostra que há uma grande preocupação em melhorar a qualidade dos sistemas de ensino existente, mas que no século XXI, essa preocupação deverá ir muito além, ira na questão de estrutura, no conteúdo e também se as modalidades do esforço educacional são pertinentes para a população.

Dessa forma, o projeto de uma educação de qualidade para o século XXI, enfrenta grandes desafios, principalmente, quando se decorre da necessidade de dar a humanidade um sentido positivo para as grandes tendências que o crescimento da sociedade traz.  

Conforme DELORS (2005), a evolução da economia e da sociedade é orientada por três fortes tendências, as quais parecem acelerar-se, e que nenhum sistema parece capaz de regula-la: a demografia, a interdependência planetária dos atores públicos e privados e o progresso cientifico e tecnológico.

O crescimento demográfico populacional, principalmente nos países subdesenvolvidos, para as nações mais pobres, os custos com a alimentação, saúde e educação dessa população tornam-se cada vez mais insustentável. Com isso, diminui-se o PIB por habitante e cresce a relação de dependência, de modo que se torna inútil esperar que se disponha de recursos próprios para os investimentos necessários. A interdependências planetárias das ações públicas e privadas, tem todos os seus aspectos uma dupla face, por um lado, concorrência sem barreiras e rivalidade generalizada, e por outro, cooperação e compreensão mutua. Isso faz com que, os indivíduos se aproximem ao mesmo tempo para o confronto como para a solidariedade.

Já o progresso cientifico e tecnológico, para as sociedades industrias, trata-se de uma revolução,

As economias e as sociedades têm que inventar uma outra estrutura da vida humana e dar um outro sentido ao esforço individual; devem também valorizar outras formas de participação na comunidade que não se limitem ao aporte da força de trabalho. (DELORS, 2005, p. 15)

 As incertezas e as complexidades dessas três tendências fazem com que surja no século XXI, inúmeros riscos. A população dos países em desenvolvimento crescer e como consequência a educação se torna cada vez mais precária, isso reflete na marginalização dos grupos dos excluídos, tornando-os incapazes de participar da competição tecnológica internacional, pois os conhecimentos que chegam até essas nações são superficiais, ou seja, conhecimentos impostos pela ideologia dominante, para esses grupos nunca serão suficientes para que os mesmos possam usufruir de um progresso cientifico, tecnológico e intelectual.

Quando se coloca a ciência e a tecnologia a serviço da humanidade e do desenvolvimento, logo pensamos que será para construir uma civilização de tempo livre, que os problemas e os desafios impostos pela essa nova era tecnológica e mera bobagem. Mas se refletirmos, logo vermos que a evolução da ciência e da tecnologia no século XXI, trouxe inúmeros desafios tanto para a sociedade como para o meio ambiente.

O homem cada vez será substituído pelas maquinas, com isso aumentara o desemprego e mais uma vez a camada mais pobre da população é condenada a miséria e a fome. Nos países pobres, a população sofre com o crescimento demográfico e o crescimento do desemprego.

Com o aumento da população e a baixa do emprego, condenam a civilização a disputar e procurar lugares para sobreviver. Portanto em pleno século XXI, o desafio que os pensadores, governantes e os povos do futuro terão e segundo DELORS, 2005, p.17, adquirir a sabedoria que permita utilizar esse poder de maneira benéfica e equitativa, para todo o mundo, principalmente para os países em desenvolvimento.

Diante desses desafios, a capacidade de produzir ciência carece de fazer parte central o contexto educativo. Os educadores de forma alguma devem esconder-se, ocultar ou até mesmo isolar-se a ciência, pois a mesma deve estar a serviço do homem. Portanto ao educador cabe educar a ciência, não desfazê-la, ignorá-la ou teme-la.

Contudo a educação não deve temer o tempo moderno. A modernidade conforme DEMO (2004), significa os desafios que o futuro acena para as novas gerações, principalmente em relação aos traços científicos e tecnológicos. A aproximação entre a educação e a modernidade tecnológica, implica no desafio de que para ser moderno há a necessidade de comandar a modernidade.

A educação torna se o eixo entre a civilização e a modernidade. Nesse sentindo a modernidade passa pela a educação. Nesse contexto, DEMO, 2004, p. 22, afirma que a educação é componente substancial de qualquer política de desenvolvimento, não só como bem em si e como mais eficaz instrumentação da cidadania, mais igualmente como primeiro investimento tecnológico.

A qualidade educativa da população é a capacidade de garantir a todos condições de participar e produzir. Isso torna-se a base educativa, a formação básica, trata-se de habilitar metodologicamente o sujeito a manejar e produzir. Nesse sentindo a educação torna-se a instrumentação informativa quanto a finalidade de tudo.

1.2 A tecnologia e seus reflexos para a educação

  As mudanças atuais no mundo globalizado e as novas tecnologias, estão cada vez mais afetando as estruturas escolares e principalmente o papel do professor dentro dessas instituições.

Para pensar uma educação de qualidade, tendo em vista a tecnologia associada a educação, é essencial que se tenha um olhar reflexivo, voltado para a melhoria do ensino e a autonomia do aluno. Segundo Santos (2009, p. 51), “educar para a autonomia implica fazer um ensino reflexivo que, por sua vez, se baseia numa postura reflexiva do próprio professor”.

Compreende-se então, que o papel do professor em sala de aula vai além do ensinamento mecânico, é necessário ser reflexivos e crítico em relação a suas práticas pedagógicas e as tecnologias utilizadas em salas de aula. A tarefa docente não se limita a somente ensinar, mas também em aguçar a curiosidade do aluno em busca do conhecimento e da autonomia.

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