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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENDIMENTO

Por:   •  24/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  5.946 Palavras (24 Páginas)  •  150 Visualizações

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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

ANA PAULA DE BARROS ALVES CUNHA

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

MARINGÁ

2018


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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

ANA PAULA DE BARROS ALVES CUNHA

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Trabalho de conclusão de curso de especialização apresentado como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Atendimento Educacional Especializado.

                                       

MARINGÁ

2018

RESUMO

O objetivo deste artigo foi apresentar um breve relato sobre o transtorno do espectro autista, sua história, suas características, diagnóstico, tratamento, políticas públicas e legislação destinadas às pessoas com esse transtorno. Acreditamos que o presente estudo possa contribuir na medida em que apresenta uma revisão da literatura, um referencial teórico, valioso para que professores e educadores possam desenvolver estratégias de ensino que contribuam para a aprendizagem deste aluno e, assim propiciem sua inclusão na sociedade. O autismo influência a vida de todos que convivem, com a pessoa com esse transtorno, assim é de extrema importância um trabalho coletivo entre escola e família. A revisão de literatura se realizou por meio de pesquisa bibliográfica em livros, artigos e sites. Primeiramente, buscamos situar historicamente o autismo ao longo do tempo, destacando as mudanças nas concepções até a concepção atual de autista. Depois o enfoque foi para as políticas públicas e legislação brasileira que amparam as pessoas com Transtorno do Espectro Autista e reflexão sobre técnicas educacionais e métodos para autistas. Ao final apresentamos considerações com registro dos pontos importantes do estudo, mas temos ciência de que este é apenas o início de pesquisas sobre o autismo, pois existem muitos questionamentos a serem desvendados.

Palavras-chave: Transtorno do espectro autista. Legislação. Técnicas Educacionais.

1 INTRODUÇÃO

 

O transtorno do espectro autista, o qual durante este estudo na grande maioria apresenta-se como autismo. O autismo é um transtorno que afeta diversos aspectos da comunicação, influenciando o comportamento individual humano. De acordo com os dados do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, apresentado por Oliveira (2015), existe hoje um caso de autismo a cada 110 pessoas. No Brasil, de 200 milhões de habitantes, estima-se ter cerca de dois milhões de autistas. Com isso, a importância da conscientização, de políticas que garantam pela legislação tratamentos e educação adequados aos mesmos.

A inclusão com o tempo tem se mostrado cada vez mais necessária, principalmente com o grande aumento de números de casos de alunos com transtorno do espectro autista. Sabe-se que para que a inclusão ocorra faz-se necessário, estudos, pesquisas que venham subsidiar os educadores em sala de aula e essa foi nossa principal motivação para presente pesquisa sobre o tema.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem história mais antiga, do que se imagina. O termo autismo não é novo, assim inicia-se o estudo com uma breve história sobre o autismo ressaltando os marcos principais. Nos ateremos, principalmente a legislação brasileira com relação a educação especial ressaltando os avanços a partir da Declaração de Salamanca (Salamanca, 1994) e as mudanças trazidas pela Constituição Federal (Brasil, 1988), Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) (Brasil, 1996) e a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Brasil, 2012).  

Assim o presente estudo pauta-se em pesquisa bibliográfica e apresenta uma revisão da literatura objetivando esclarecer e subsidiar a ação pedagógica e assim oportunizar a aprendizagem e a inclusão do autista.  

2 UMA BREVE HISTÓRIA DO AUTISMO

        Inicia-se esclarecendo que a palavra “autismo” é antiga e segundo Costa e Silva (2010) deriva do grego ‘autos’, que significa ‘voltar-se para si mesmo’. Os primeiros estudos, conforme ressalta Tarelho (2006), foi apresentado pelo psiquiatra Paul Eugen Bleuler em 1911, o qual descreve o autismo como fuga da realidade e retraimento para o mundo interior dos pacientes adultos analisados por ele e acometidos de esquizofrenia.

        Contudo, o autismo, foi descrito como síndrome infantil, pelo médico Leo Kanner, em 1942, identificando onze crianças estudadas por ele com características especiais que as distinguiam das crianças esquizofrênicas.  Grandin; Panek (2017) esclarecem que Kanner supõe que as crianças com autismo vieram ao mundo com uma incapacidade biologicamente inata de formar laços afetivos comuns com as pessoas.

 Teixeira (2017), em seus estudos, ressalta que das onze crianças estudadas por Kanner, havia características comuns entre si, diferentes dos demais da mesma idade.

 

[...] Havia desinteresse e inabilidade de se relacionar com outras pessoas; um desenvolvimento peculiar de linguagem verbal, marcada por ecolalia (repetição de movimentos corporais sem propósitos aparentes) e inversão pronominal (crianças que se chamavam na terceira pessoa), por exemplo, dizendo “Pedro quer água”, ou ainda, chamando a si próprio de “ele” ou “ela” (TEIXEIRA, 2017, p. 25).

        Pesquisadores como Ballone (2004) e Costa e Silva (2010) defendem que para Kanner o autismo tem origem a partir da expressão ‘Distúrbio Autístico do Contato Afetivo’ para se referir a estas crianças. Vale ressaltar que de início Kanner acreditava que as crianças autistas já nasciam com a síndrome, mas foi mudando de opinião a partir do contato com os pais.

Ballone (2004) esclarece que até a década de 60 do século XX, os autores norte-americanos não utilizaram a palavra psicose para crianças, denominando-as de crianças atípicas ou possuidoras de um desenvolvimento atípico ou excepcional. A partir desse momento, as psicoses infantis foram divididas em dois tipos: as psicoses da primeira infância (nesta foi colocado o Autismo infantil precoce) e as psicoses da segunda infância.

        Como adverte Gauderer (1993), foi preciso que as pesquisas científicas evoluíssem para se chegar à conclusão que o Autismo não é um distúrbio do contato afetivo, mas sim um distúrbio do desenvolvimento. Para esse autor, o autismo é uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida, mas surge nos três primeiros anos de vida.

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