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Capítulo Livro Medo e Ousadia

Por:   •  21/9/2020  •  Resenha  •  611 Palavras (3 Páginas)  •  822 Visualizações

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Título: Existe uma cultura do silêncio nos EUA? Os alunos norte americanos, vivendo numa democracia abastada, precisam de libertação?

Ira começa questionando se nos EUA seria necessária ou cabível a educação libertadora, ou se não se aplicaria lá por conta da realidade diferente entre os EUA e o Brasil. Porque no Brasil talvez se fale muito em libertação por causa dos governos autoritários e ditadores.

Ele conta como são as classes no seu país, diz que é muito presente a cultura do silêncio, assim como uma reação agressiva entre os alunos. A maior parte dos alunos são retraídos, alguns simplesmente passivos e outros podem ser raivosos em um silêncio reprimido. Essas respostas são variações da alienação produzida pela pedagogia da transferência de conhecimento. Esse silêncio funciona também como uma tolerância passiva à dominação. Existe também a resistência agressiva negativa.

Ele fala sobre a existência de uma violência simbólica na escola e na sociedade, que impõe silêncio aos alunos. A voz didática do professor é auto sabotadora, já que o modelo de aula já faz com que o aluno não tenha expectativa alta em relação às aulas. Então eles ouvem, anotam palavras chaves que geralmente os professores dão dicas mudando a entonação da voz, então enfatizam algumas frases, que depois provavelmente vão ser resposta de alguma questão de prova. Os mais agressivos gritam na aula, fazem piadas, jogam coisas, chegam tarde ou vão embora mais cedo, comem em sala, não fazem lição de casa.

De certa forma, está completamente ligada a questões sociais, de classes sociais especificamente. Principalmente porque as perspectivas de mudança de vida são baixas para alunos de escolas da classe trabalhadora e das faculdades municipais, então a maior parte dos alunos sentem que não adianta estudar, nada vai mudar, então seguir as regras não faz sentido. Paulo Freire inclusive diz que a educação libertadora pode não atingir todos os alunos, tamanha a resistência que eles já criaram. E lembra também que a educação libertadora não pode ser a única ferramenta para a mudança social, pois precisa estar aliada a um programa político muito bom para que isso ocorra. O que a educação libertadora pode fazer é ajudar os estudantes a questionem a realidade, passaren a saber ler e interpretar a realidade de forma crítica e a partir daí, se atingir um grande número pessoas, e essas se organizarem, aí sim juntas podem procurar mudar a realidade. O que ele quer dizer é que são muitas variáveis e complicações, mas a educação talvez seria um primeiro passo para a mudança.

Quando comparado ao Brasil, Paulo diz que não percebe essa agressividade aqui, que no geral as pessoas se organizavam para combater o autoritarismo, enquanto resistiam as aulas. Posso estar errada mas agora essa agressividade também é uma característica dos alunos no Brasil, estudei em escola pública e era realmente insuportável o comportamento dos alunos, praticamente não existia aula, os professores desistiam. Mas na verdade o Paulo fala que só ficou sabendo de casos de agressividade em São Paulo, tudo indica que era o começo de toda essa questão com os alunos aqui no Brasil.

Uma coisa que dificulta essa mudança no Brasil é a dicotomia de teoria e prática. Frequentemente temos teóricos, especialistas

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