Centro Universitário da Grande Dourados

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ATIVIDADES DAS AULAS – 01 e 02:

UNIGRAN – Centro Universitário da Grande Dourados

Curso de Pedagogia a Distância

Disciplina de Didática I

Aluno(a): Analice Oliveira Lorensi             RGM:05317597

Polo: Santo Antônio da Patrulha

Professora: Elizabete Velter Borges

1. Descreva sobre o processo histórico de construção da didática e sua funcionalidade enquanto disciplina e método. (1.0)

Os primeiros resquícios do que seria a didática tiveram início através dos jesuítas, que foram os principais educadores de todo o período colonial, estes atuaram no Brasil de 1549 a 1759, onde catequisaram índios e negros e instruíram os descendentes dos colonizadores. Os jesuítas utilizavam um método chamado de Ratio Studiorum como procedimento metodológico, este por sua vez visava a formação do homem universal, humanista e cristão, tal procedimento era aplicado aos filhos da elite colonial.

A metodologia de ensino, como era conhecida a atual Didática pelos jesuítas era compreendida como um conjunto de regras e normas prescritivas que visava a orientação técnica do ensino e do estudo. Essa metodologia foi o alicerce de uma tradição didática, centrada no método e em regras de bem conduzir a aula e o estudo, supostamente neutros e desvinculados da nossa realidade.

Enquanto disciplina a didática está voltada para a formação docente, ficando evidente seu enfoque para habilitar o profissional a obter competências e habilidades de como organizar, desenvolver e avaliar o ensino. Como método, a didática tem por objetivo focar no “como ensinar” por parte dos professores, buscando novos procedimentos e novos meios de educar.

Referencias:

BORGES, Elizabete Velter. Didática I. Dourados: UNIGRAN, 2019.

        

2. As tendências pedagógicas estão associadas ao contexto histórico, econômico, social, político e educacional de uma sociedade, que envolvem o processo educacional nas relações entre professor (educador), aluno (criança) e o conteúdo (aprendizagens). Desta forma, apresente abaixo três características específicas para cada uma dessas tendências: (0.75)

Tradicional:

O método pedagógico mais empregado é o expositivo, em que na metodologia emprega-se também a demonstração, a chamada oral, a revisão da matéria com vistas à fixação. O relacionamento professor-aluno é hierárquico e autoritário. O professor se torna o centro do processo de aprendizagem, concebendo o aluno como um ser receptivo e relativamente passivo.

Renovadora Progressista:

O papel da escola é o de promover a satisfação dos alunos em relação aos interesses por eles apresentados. A relação professor-aluno é marcada pela horizontalidade. O professor, diferentemente da pedagogia tradicional, não é o protagonista, e sim o aluno. O aprendizado é marcado pela prática, pelo fazer para aprender, através de trabalhos em grupo, de desafios e de atividades motivadoras.

Renovadora não diretiva (Escola Nova):

Valorização da criança, vista como ser dotado de poderes individuais, cuja liberdade, iniciativa, autonomia e interesses devem ser respeitados. O professor passou a ser um auxiliar do desenvolvimento livre e espontâneo da criança. Os processos de transmissão-recepção são substituídos pelo processo de elaboração pessoal e o saber é centrado no sujeito cognoscente e não mais no objeto do conhecimento.

Tecnicista:

O professor é um técnico organizador das condições de transmissão da matéria e dos meios sofisticados de ensino. O aluno recebe, aprende e fixa as informações, mas não participa da elaboração da proposta pedagógica. A relação professor-aluno é estritamente técnica, ou seja, visa a garantir a eficácia na transmissão dos conhecimentos.

Libertária:

A escola propicia práticas democráticas, pois acredita que a consciência política resulta em conquistas sócias. O professor torna-se um orientador do grupo sem impor suas ideias e convicções. Os conteúdos são retirados da prática, da realidade dos alunos e possuem caráter político.

Libertadora:

O papel da educação é conscientizar para transformar a realidade e os conteúdos são extraídos da pratica social e cotidiana dos alunos. A metodologia é caracterizada pela problematizarão da experiência social em grupos de discussão. A relação entre ambos é horizontal, sendo assim, os dois são sujeitos do conhecimento, não há autoridade.

"Crítico-social dos conteúdos" ou "Histórico Crítica" :

O trabalho pedagógico não está centrado no professor ou no aluno, mas na questão central da formação do homem. O professor é valorizado no seu papel de autoridade que orienta e favorece o processo de ensinar e de aprender. O aluno é visto como um ser concreto situado historicamente, trazendo consigo um saber que lhe é próprio, e que precisa ser valorizado e reelaborado para que conscientemente, possa gerar mudanças na realidade.