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DISLEXIA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Por:   •  8/6/2018  •  Artigo  •  7.912 Palavras (32 Páginas)  •  129 Visualizações

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RESUMO

O presente estudo aborda as Dificuldades de Leitura e Escrita, denominada  Dislexia, investigar a importância da família com trabalho em conjunto junto à escola. Para isso fizemos inicialmente a revisão da literatura sobre a temática, organizando essa fundamentação teórica em seis capítulos que apresentam respectivamente a caracterização, origem da dislexia, leis de amparo e as avaliações. Esse aporte teórico  foi buscado em diversos autores, dentre eles destacamos: Myklebust,(1962), Brooner (1917) e Hollingworth (1918, 1925), (Fagundes, 2002) e outros.  Consideramos que pouco  se tem discutido sobre a dificuldade de leitura e escrita  no Brasil, pois a evasão cresce gradativamente por tal motivo. As pessoas disléxicas  lêem com dificuldade, pois trocam  palavras, com isso se sentem inferiorizadas e mau interpretadas, entretanto, isso não significa que crianças disléxicas sejam menos inteligentes; ao contrário, muitas delas apresentam um grau de inteligência normal ou até superior ao da maioria da população. É necessário compreender que a dislexia tratada no inicio pode  obter  sucesso futuro e acreditar que muitas dificuldades pode ser superadas. Os dados coletados foram analisados a luz da fundamentação teórica aqui apresentada, indicando que os pais,  professores e escola  representam um papel importante para vida do aluno com dislexia, sendo assim é importante conhecer a forma adequada de trabalhar e lidar com o problema. Ressaltam também que é preciso assegurar a formação adequada de todos os professores, e viabilizar recursos para atender as necessidades educacionais especiais desses alunos de forma que possam ter igualdade de oportunidades para aprendizagem do que é proposto nas leis educacionais.

PALAVRAS-CHAVE: Dificuldades de Aprendizagem. Dislexia, Família e Escola

INTRODUÇÃO

A presente pesquisa tem como objetivo conhecer profundamente a origem da dislexia, investigar como é realizado o trabalho da família com a criança disléxica  junto a escola e o papel da escola para o desenvolvimento de aprendizado da criança com tal distúrbio.

Tanto a família como a escola tem que respeitar as capacidades e os limites das crianças, desenvolver um clima de paciência principalmente os pais e até os professores e manter uma relação de troca de experiência e evolução com os pais e o profissional que acompanha a criança. A família constitui um sistema, um conjunto de membros individuais, que funciona de acordo com regras e padrões de interação que transcendem as características particulares de cada membro. A família é, portanto, um complexo maior do que a simples soma das suas partes, reflete não apenas os modos individuais de ser, mas acima de tudo as maneiras como os diferentes membros e subsistemas interagem. Por outro lado, esse modo de funcionamento global da família influencia os padrões individuais da cada um.

 A dislexia se manifesta em crianças entre 2 e 3 anos de idade, quando esta em contato com a linguagem, podendo apresentar  um atraso de aquisição da linguagem ou defeitos na fala, por causa da influência de familiares que não falam corretamente. Mas é nas escolas que os disléxicos se deparam com uma alfabetização pesada que é feita rapidamente obrigando  a decorar conceitos, sem entendê-los.

                      Hoje a alfabetização é feita mais cedo, na pré-escola agradando os adultos que sem o conhecimento do processo aceleram o desenvolvimento infantil. Muitas vezes esse transtorno de aprendizagem nas escolas é confundido com déficit de atenção, problema psicológico, ou mesmo preguiça. Essas crianças apresentam uma baixa auto-estima e são estigmatizadas com crianças que não aprendem ou que não se esforçam.

                     Sendo a dislexia um problema de linguagem, vários profissionais, como psicopedagogos, psicólogos e educadores vêm intensificando as pesquisas a respeito das suas origens e comprometimento causado pelo transtorno no aluno. Por meio dessas pesquisas, são observadas as possibilidades de intervenção, no sentido de possibilitar ao disléxico uma aprendizagem de qualidade, uma vez que, em sala de aula, o ponto de partida para o ensino de tal aluno é a compreensão das quatro habilidades fundamentais da linguagem verbal: a leitura, a escrita, a fala e a escuta. Ainda que a dislexia seja um transtorno de leitura e escrita, essa dificuldade pode provocar problemas comportamentais no disléxico, necessitando, dessa forma, ser encaminhado para tratamento psicopedagógico.

Dislexia é um transtorno caracterizado por uma dificuldade específica em compreender palavras escritas, podendo-se considerar que se trata de uma dificuldade específica das habilidades de leitura, não se relacionando de forma alguma com a idade mental, problemas de acuidade visual ou baixo nível de escolaridade. Contudo, a dislexia afeta sobremaneira o comportamento da pessoa, em razão disso, é fundamental compreender que para o disléxico tudo é mais lento: ler, escrever, estudar e outras atividades. Tarefas simples podem se tornar complicadas, entretanto, o cérebro dele está trabalhando mais do que qualquer outro, somente leva mais tempo para obter as respostas, necessitando desta forma, de acompanhamento profissional, visto que somente se consegue diagnosticar a dislexia a partir de intervenções clínicas e psicopedagógicas.

Os dados coletados foram analisados a luz da fundamentação teórica aqui apresentada,        a proposta da presente pesquisa é atribuir a importância da família no processo de aprendizagem do aluno com dislexia, tratá-lo de forma satisfatória. Onde todos, começando pela família, professor, escola possam respeitá-lo mesmo com seu distúrbio de aprendizagem, pois o mesmo tem seus direitos como cidadão em nossa sociedade.

DISLEXIA

1.A Origem da Dislexia

Tal como o próprio conceito em si, a origem da dislexia ainda hoje não se afigura muito clara aos investigadores deste campo, sofrendo uma evolução ao longo dos tempos. Por um lado admitiu-se a tese da disfunção cerebral, associada a anomalias na estrutura do cérebro que indicam assimetria dos hemisférios, menor atividade cerebral no hemisfério esquerdo (onde reside o centro da linguagem), ou desequilíbrios químicos que comprometiam as áreas funcionais. Por outro lado, fala-se de atrasos de desenvolvimento, desencadeando uma imaturidade perceptiva e auditivo-visual, que se refletem na aprendizagem e no domínio afetivo-emocional.

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