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EAD EM MANDIRITUBA. O OLHAR DO ALUNO E A TEORIA

Por:   •  13/11/2018  •  Artigo  •  3.092 Palavras (13 Páginas)  •  166 Visualizações

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 EAD EM MANDIRITUBA: O OLHAR DO ALUNO E A TEORIA

LEMOS, Leila Aparecida Camargo[1]

VILHENA, Valéria Cristina[2]

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo traçar um histórico da implantação da Educação a Distância e das modificações que esta modalidade de ensino vem recebendo em nosso país, desde seu primeiro formato dos cursos por correspondência até os dias de hoje com a implantação das TIC´s[3]. Juntamente com o histórico da EaD no Brasil e os aspectos pedagógicos utilizados nesta modalidade de ensino. Apresenta a realidade da Educação à Distância no município de Mandirituba no Paraná com a aplicação de uma pesquisa qualitativa e quantitativa em alunos de cursos técnicos na modalidade EaD.

ABSTRACT
         This article aims to outline an Education deployment history Distance and the changes that this type of education has received in our country , since its first format of correspondence courses until today with the implementation of ICT . Along with the history of distance education in Brazil and the pedagogical aspects used in this type of education , it presents the Distance Education of reality in Mandirituba municipality in Parana with the application of qualitative and quantitative research on students of technical courses in distance education mode.

1 - INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas a EaD vem crescendo e estabelecendo sua fatia no mercado educacional público e privado; este setor da educação alargou suas fronteiras em 25 %[4] nos últimos anos e tende a alcançar 40 a 45% desse mercado, pois a nova geração de “nativos digitais”[5] consequentemente optará por esta modalidade de ensino por estar mais ambientado nesse formato (FONTE EXAME – 2014)[6].  De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Educação à Distância - Abed[7] (2014) a tendência é o número de alunos dobrar nos próximos 5 (cinco) anos, pois a EaD oferece flexibilidade. Soma-se a isso o fato de que oferta de banda larga no país está em expansão e, assim, a população dos grandes centros formados em essência pelas capitais e regiões metropolitanas do país tem acesso em um mundo digital. A cidade de Mandirituba faz parte desse grupo de municípios que pode ofertar a modalidade EaD. Atualmente são três polos de apoio presenciais – um de iniciativa privada e dois públicos. Diante dessa possibilidade, um grupo de estudantes vem conquistando o direito a uma educação de qualidade sem ter que enfrentar duas horas de trânsito – em média – para estudar na capital paranaense.

Considerando o contexto do município e desse público, este artigo analisa da percepção das condições de oferta da educação à distância no município de Mandirituba. Para atender esse objetivo, identificou-se como os aluno da EaD do município de Mandirituba compreendem o ensinar e aprender na modalidade EaD. Além disso, buscou-se o histórico da oferta de EaD no município e do próprio município, realizou-se uma pesquisa qualitativa para que se pudesse analisar a percepção dos alunos quanto a qualidade e expectativa em relação à modalidade pesquisada.

A metodologia adotada foi a revisão bibliográfica e a aplicação de um questionário a um grupo de alunos de EaD no  município de Mandirituba. Este trabalho se justifica por seu caráter exploratório e, assim, capaz de compreender as perspectivas de quem estuda à distância e busca a oferta de uma educação de qualidade na EaD.

2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Sobre o surgimento da EaD no Brasil encontramos algumas pesquisas realizadas por instituições como SENAC, autores como Litto e Formiga em seu livro Educação à Distância – O Estado da Arte (2009) que mostram que antes de 1900 já existiam alguns anúncios em jornais sobre cursos profissionalizantes por correspondência, como cursos de datilografia ofertados por professoras particulares em outros países, por exemplo. Em 1904 as Escolas Internacionais instalam-se no Brasil e oferecem cursos por correspondência para as pessoas que estavam em busca de emprego, neste período que durou cerca de vinte anos o material didático era encaminhado pelos Correios através das ferrovias, principalmente.

 Na década de 20 foi fundada no Rio de Janeiro a Rádio Sociedade, que tinha como sua principal função facilitar a educação popular, começava a era de EaD via rádio, a segunda fase da EaD no Brasil que em 1937 foi implantado o Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação. As instituições que obtiveram destaque foram: o Instituto Monitor (1939), o Instituto Monitor em 1939,  Escola Rádio-Postal do programa A Voz da Profecia, criada pela Igreja Adventista em 1943,  a Universidade do Ar, instituição formada por associações entre SENAC e SESC no Rio de Janeiro e São Paulo em 1946 e em 1950 já atingia 318 localidades. A 1959 a Igreja Católica em Natal /RN criou algumas escolas radiofônicas que deu origem ao Movimento de Educação de Base e no sul a Fundação Padre Landell de Moura também ofertava cursos via rádio no Rio Grande do Sul. Aparece também o Mobral com iniciativa do governo federal. Em 1969 devido ao sistema de censura perdemos muito nessa fase da rádio educação brasileira.

Entre 1960 e 1970 começa a aparecer televisão para fins educacionais , que foi bem vista, em 1967 o Código Brasileiro de Telecomunicações determina a transmissão de programas educativos pelas emissoras de radiodifusão e televisões educativas, em 1969 foi criado o Sistema Avançado de Tecnologias Educacionais e neste período foi determinado que as emissoras de TV deveriam ceder espaços para a transmissão de programas educativos. Em 1972 surge o Programa Nacional de Teleducação (PRONTEL) em seguida o Centro Brasileiro de TV Educativa (FUNTEVÊ); em 1990 as emissoras são desobrigadas a ceder horários para a transmissão diária de programas educacionais, a Fundação Roquete Pinto e a Fundação Roberto Marinho teceram um papel importante nesta fase televisiva da EaD. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional reconheceu a educação a distância e então a Universidade Aberta do Brasil em 2005 foi um marco da EaD em nosso país.

A EaD apresenta três perspectivas pedagógicas dominantes.  A perspectiva associacionista: a aprendizagem como mudança de comportamento. A perspectiva cognitiva: aprendizagem como alcance da compreensão. E a perspectiva situada: a aprendizagem como prática social. Na perspectiva associacionista tem sua fundamentação em Pavlov, Watson e Thorndike que observavam o aprendizado como uma relação entre estímulos externos e respostas, em meados de 1890 Thorndike começava suas primeiras investigações sobre a aprendizagem, utilizando seus métodos de pesquisa, em 1906 Pavlov demonstrou através de seus estudos, primeiro com animais e depois com seres humanos, observações sobre a generalização, extinção e discriminação de estímulos, bem como a recuperação espontânea e o condicionamento de ordem superior, que serviram de base para os estudos de Watson sobre o desenvolvimento de respostas emocionais a estímulos e a publicação do manifesto Behaviorist revolution, em 1913 – Filatro et al. (2009).

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